Diário de Bordo

O Kiki da Vitreo, antes da Vitreo

Kiki Knudsen

15 jul 2021, 16:48 (Atualizado em 15 jul 2021, 16:48)

Estava conversando com a equipe, e eles me convenceram a contar um pouco da minha trajetória para você. Não me tornei um astro do rock, mas vou fazer aqui, hoje, a minha minibiografia.

Para dar o start, preciso te contar como eu conheci as melhores bandas do mundo, em uma época que não existia internet como a conhecemos hoje.

Todas as bandas eram conhecidas por meio de revistas, ou, então, em shows ou lojas de discos. Quando eu tinha 9 anos, meu pai foi transferido para trabalhar no Banco Banespa em Londres, em meados de 1983.

Ao chegar lá, pude ver de perto o auge do rock, na terra da Rainha. Todos da minha escola ouviam Iron Maiden e Metallica. A banda de rock mais “light” que escutavam era o U2. Bons tempos. Meus primeiros discos foram “Powerslave”, do Iron Maiden e “Holydiver”, do Dio.

Fiquei em Londres dos 9 até aos quase 16 anos. Tive o privilégio de viver em uma sociedade mais segura, na qual eu podia transitar por diferentes áreas da cidade e conhecer de perto algumas bandas antes de estourarem na mídia tradicional. Me lembro de um show do Red Hot Chili Peppers, em 1989. Foi um pouco antes da explosão da banda, em 1991, com o álbum “Blood Sugar Sex Magik”.

O show dos Peppers ocorreu em uma famosa casa de shows, chamada The Marquee Club, na época, situada na Charing Cross Road. Por ali, transitavam as bandas que estavam no underground. A área de Camden Town, mundialmente conhecida pela sua cena alternativa, fazia parte das minhas andanças. Nessa época, influenciado pelas bandas e pelos meus amigos do colégio, eu tinha esse visual mais transgressor do que o de hoje em dia…

Foto de uma época em que não existia câmeras digitais

Em 1990, voltei para o Brasil e tive aquele choque cultural. Eu com o Brasil e o Brasil comigo! Fui estudar no Bandeirantes, um colégio tradicional daqui de São Paulo. Era completamente diferente ao que eu estava acostumado até então. A cultura era outra. Eu cheguei com o cabelo todo espetado e desenhado, usava brincos, e por aqui, não tinha nada disso no colégio. Mal sabia eu que esse cabelo mudaria drasticamente pelos próximos anos…

Ao sair do colegial, passei no vestibular de Engenharia Eletrônica, na Politécnica da USP. Naquele tempo, os trotes não eram muito saudáveis. Consegui escapar do pior e os meus maiores “castigos” foram ter raspado o meu cabelo e ter que arrumar dinheiro para os meus veteranos beberem. Bom, iniciei o curso na Poli e lá pelo terceiro ano, eu vi que não queria trabalhar com Engenharia. Na época, o mercado de capitais brasileiro estava começando a tomar forma, muito por conta da estabilização trazida pelo Plano Real. Os bancos estavam aceitando muitos engenheiros, por conta dos cálculos, e também pelo “perfil” de resolver problemas.

Porém, uma curiosidade dessa época de universidade é que, ao longo do curso, após aquele trote, nunca mais cortei o meu cabelo. Sai de um visual punk no colegial para de um “metaleiro” na universidade. Rsrs

No fim do quarto ano, entrei como estagiário no Unibanco, em 1997. Obviamente, tive que cortar o meu cabelo e colocar um terno para dar esse passo no mercado de trabalho formal da época. Entrei na área de Análise, na parte de pesquisa quantitativa e risco. E foi ali, no Unibanco, que eu encontrei o Jojo pela primeira vez – ele já era um trader na mesa de bonds.

A partir dessa entrada no mercado financeiro, pisei fundo no acelerador, atrás de mais conhecimentos e títulos para o meu currículo. Fiz um MBA na tradicional FEA-USP. Tirei o certificado do CFA, raríssimo na época. Fui uns dos primeiros 50 brasileiros que conseguiram obter o certificado, sendo um dos pioneiros aqui no Brasil. E, logo na sequência, fui trabalhar diretamente com o Jojo, na área de Fundo de Fundos do Unibanco, que ficou conhecida como a maior área de Fundo de Fundos do Brasil. Trabalhei lá até 2004 quando me transferi para a área de investimentos do Private do Unibanco.

Antes que você pense que assim terminou a minha vida rock and roll, saiba que está enganado. Após sair do Unibanco, tive a chance de trabalhar no Family Office da família Safra e logo fui transferido para Mônaco. E aqui vem a parte rock and roll…

Cheguei todo alegre e saltitante para aproveitar Mônaco, e o que eu tive? A crise de 2008. Era porradaria, estava trabalhando mais de 15 horas diariamente. Era como um show intenso do Slayer, enfrentando um mosh pit impiedoso. Fiquei nesse ritmo alucinado de trabalho até o ano de 2012, assim, voltei para o Brasil, querendo tirar um período sabático. (Merecidamente!)

Após um tempo de descanso, entrei como sócio em um pequeno Family Office, permanecendo até junho de 2019. Mas estava querendo mais. Estava sentindo falta de emoção e de mais mosh pits impiedosos. E, neste momento, o Jojo quis abrir o primeiro fundo de ativos diretos da casa e me convidou para ajudá-lo na gestão, então, aceitei a oferta de vir para a Vitreo.

Muito provavelmente, foi neste momento que o seu caminho cruzou com o do “Kiki da Vitreo”. Você, como investidor em alguns dos fundos da Vitreo, e eu, como gestor, trabalhando incansavelmente para que seus investimentos obtenham uma boa performance, principalmente, visando o longo prazo.

Uma curiosidade legal é que eu entrei em junho de 2019 na Vitreo, exatamente na cota número um do Carteira Universa.

E, mesmo entrando em junho de 2019, em setembro do mesmo ano, tive que tirar umas miniférias, pois, quando aceitei o convite do Jojo, eu já estava com as aéreas compradas para viajar para Orlando, nos Estados Unidos. Mas saiba que foi por um bom motivo…

Sou fã da banda Alter Bridge, e toda vez que lançam um álbum novo, eles organizam uma festa. A ideia é eles mostrarem as músicas inéditas e, logo na sequência, tocarem ao vivo para nós.

É uma experiência única

Mark Tremonti, minha esposa Ana, Myles Kennedy, eu, Brian Marshall e Scott Philips

A jornada até eu me tornar o Kiki da Vitreo foi realmente longa, mas muito emocionante, assim como um show de rock ou uma boa partida de futebol. Aliás, em alguns momentos, eu sonhei em ser um astro do rock ou então um jogador de futebol (influenciado pelo Liverpool do atacante galês Ian Rush e pelo São Paulo, dirigido pelo Telê Santana).

Eu sempre brinco que, para ser um músico ou um jogador de futebol de sucesso, você precisa ser realmente fora de série. Mas, com a Matemática e muito esforço, você já consegue ter uma boa vida. E foi isso que eu escolhi, por afinidade e dedicação, ao longo da minha vida.

Espero que a jornada do Kiki da Vitreo, seja ainda muito longa e que eu possa te ajudar cada vez mais com seus investimentos.

Muito obrigado até aqui.

O próximo Diário de Bordo será com o Jojo, totalmente descansado, após merecidas férias. Já eu te espero nos plantões de dúvidas e nas lives dos fundos.

Ah, e para os fãs de Star Wars, deixei a melhor foto para o final:

Eu, fantasiado de Darth Maul, e minha esposa de Padmé Amidala, em uma festa à fantasia organizada por funcionários da IBM, empresa que ela trabalhava

Vitreo Ao Vivo | Melhores Fundos

Ontem à noite (14), estive com o Bruno Mérola e a Lais Costa, para falarmos sobre tudo o que movimentou o mercado de FoFs e Previdência e sobre como isso impactou os resultados dos cotistas.

Este encontro mensal vai além de uma prestação de contas, ele acaba sendo um bate-papo entre nós que estamos por de trás da família dos Melhores Fundos com você, cotista dos fundos. As lives acabam se tornando um veículo para trocarmos ideias e para você saber o que estamos pensando e esperando para os fundos da casa.

Carteira Universa no All-Time High

Não são só as Bolsas que estão atingindo novos recordes.

Carteira Universa atingiu sua cota máxima no dia 14/07: 1,1902.

Isso significa que todos os cotistas estão com rentabilidade positiva, independente de quando entraram no fundo.

Que boa notícia!

RadioCash – Henrique Bredda, Alaska Asset

No episódio #24 do RadioCash, o Jojo e o Felipe Miranda receberam o gestor de investimentos Henrique Bredda, da Alaska Asset – uma das principais gestoras de fundos do país.

Bredda deu uma verdadeira aula de gestão de ações, abordando também a história recente de mercado e falando sobre a economia real.

Após um 2020 difícil por conta da pandemia, desde os meados da última eleição americana, a Alaska Asset vem para uma guinada em direção às empresas tradicionais e de commodities, saindo de posições de empresas de crescimento.

Em determinado momento, o fundo chegou a ter 20% de Magazine Luíza, hoje em dia está com apenas 1% alocado. Outros 19% foram divididos em empresas, como Petrobras, Brasken, Rumo, Suzano, Vale e Cosan.

Bredda falou sobre o atual momento do mercado e também sobre sua fama nas redes sociais, incluindo os cuidados que toma para não ser visto como um “guru” dos investimentos.

Resumindo, este bate-papo está imperdível!

Lembrando que você encontra, na plataforma da Vitreo, esses três excelentes fundos da Alaska Asset e com direito ao cashback sem conflitos:

Não se esqueça de ler os regulamentos dos fundos antes de investir, em especial os fatores de risco.

#umfundopordia

A prateleira de fundos ganhou mais seis integrantes nesta semana, e a gestora estreante foi a Fram Capital.

Seu nome é inspirado na embarcação de madeira considerada a mais resistente já construída e, em norueguês, significa avante. Assim como seu nome, o Fram Capital Hanssen ESG pensa nas tendências futuras e adota filtros para evitar empresas que não sigam o ESG. Inclusive, por regulamento, é vetado o investimento em Vale, Petrobrás e Taurus.

Também em renda variável, o Leste Ações Selection tem como foco a análise de desequilíbrios de mercado para encontrar tendências. A casa é liderada por Emmanuel Hermann, que foi co-fundador da BTG Asset Management, e o fundo é gerido por André Cardoso e Paulo Bernardo, ambos com longa passagem pelo BTG Pactual.

Para quem quer evoluir o portfólio e diversificar em termos geográficos, duas novas opções são o Galapagos Dragon e o Galapagos Darwin. O primeiro é focado em renda fixa e o segundo é um multimercado global.

Por sua vez, o Trópico SF2 Cash chega à prateleira como uma opção em renda fixa com liquidez. Gerido por Sergio Machado, ex-sócio da Jive e diretor de tesouraria do Banco Fator, o fundo da antiga Orbe Investimentos possui tanto crédito de qualidade como operações estruturadas sem risco direcional.

Ainda lançamos o Angá Total Return, que investe em crédito privado e fundos imobiliários, tendo posições de longo e curto prazo e de arbitragem. Henrique Levy Benzecry, ex-Polo Capital, é o responsável pela estratégia.

Vale lembrar que a Vitreo possui o programa Cashback sem conflitos. Caso você já possua algum desses e outros produtos custodiados em outras casas, você pode pedir a portabilidade para a Vitreo. Assim, você investe nos seus fundos favoritos e ainda aproveita o benefício do cashback.

Não deixe de ler os regulamentos dos fundos e seus fatores de risco antes de investir. Também é sempre importante verificar se o apetite de risco do fundo está em linha com o seu perfil de investidor.

Muito obrigado por estar com a gente.

Cada atualização é feita especialmente para facilitar sua vida nos investimentos na Vitreo.

Um abraço,

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