Diário de Bordo

Leonardo da Vitreo

George Wachsmann

6 fev 2020, 11:17 (Atualizado em 6 fev 2020, 11:17)

O lugar era meio escuro. As pessoas estavam em silêncio, embora interagissem com as obras, na distância educada, para não interferir no campo visual de quem estava ao lado. Pais e filhos apontavam para os protótipos enquanto algumas pessoas transitavam sozinhas, seguindo a cronologia da exibição em fones de ouvido. (Dica: a exposição vai até o dia 01/03/2020! Não deixe de levar seu celular com fone de ouvido e baixar o áudio guia!).

Alguns minutos na exposição “Leonardo da Vinci: 500 anos de um gênio” são suficientes para entender que ele era um curioso inconformado acerca de absolutamente todas as coisas do mundo à sua volta. Suas observações científicas e técnicas podem ser encontradas em suas anotações e esboços, dos quais cerca de 6 mil páginas ainda existem. Seu legado foi perpetuado em códices – os manuscritos em forma de livros – que ainda inspiram milhares de pessoas.

Geometria, pesos e cálculos, máquinas hidráulicas, anatomia, astronomia e física. Mas o que mais me impressionou foi uma frase curta, logo à entrada, na parede preta: “A simplicidade é último grau de sofisticação”.

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Simplificar o entendimento, facilitar a entrada, reduzir os passos desnecessários para que o processo seja menos trabalhoso. Um dos principais propósitos da Vitreo é o de simplificar algumas operações no mínimo traumáticas para o investidor. Dar alternativas, reduzir o tempo de espera, o grau de complexidade.

Nossos FoFs (fundos de fundos) nada mais são do que fundos abreviados em um só instrumento.

Nosso aplicativo, uma simplificação de todos os seus investimentos na palma da sua mão.

Os mínimos para investir, um facilitador para que mais gente consiga investir em produtos bons.

E esse prazo de resgate aí, hein Jojo? Por que não dá para diminuir?

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A primeira coisa que você precisa entender antes de prosseguir é: o prazo de resgate é para o seu bem, investidor. Não contra você.

Os fundos da Vitreo têm prazos de resgate definidos de acordo com a liquidez dos ativos que eles compram.

No caso dos FoFs, eles respeitam os prazos de resgate dos fundos investidos. Nos demais fundos, levamos em consideração a liquidez e volume de negociação de cada ativo investido.

É um erro achar que o prazo de resgate pune o cotista. É justamente o contrário. Ele protege o cotista, pois dá ao gestor tempo para se desfazer das posições, no caso de resgates, sem pressionar os preços dos ativos durante a venda.

Lembra do que aconteceu no mercado de crédito privado, no final do ano passado?

Muitos cotistas começaram a pedir resgates dos fundos por conta da queda na rentabilidade. Os gestores tiveram que vender seus ativos na “pressa” e acabaram forçando o preço dos ativos para baixo. Em um mercado com poucos compradores, a consequência foi um círculo vicioso negativo. E os mais prejudicados foram justamente os fundos com prazos de resgates mais curtos. Muita gente tentando sair do cinema e a porta de fuga muito estreita.

Eu entendo que alguns investidores gostariam de ter a sensação de controle, de poder resgatar seus investimentos instantaneamente, sabendo o preço dos ativos que está vendendo. Especialmente em períodos de sustos e soluções, como está sendo esse início de ano. Esse controle, contudo, não funciona quando você investe em fundos. Esse tipo de controle você só tem quando compra os ativos diretamente e os negocia em Bolsa, como quando investe em ações através de um home broker.

Mas, atenção! Mesmo nesses casos não é prudente pensar que existem oportunidades de investimento de curtíssimo prazo. Ainda mais quando se investe em um fundo. Salvo algumas raras exceções, isso são só expectativas, ou hipóteses erradas.

Sempre “sentei neste convés” deste Diário de Bordo pedindo que você prestasse bem atenção no mar à frente e olhasse para o horizonte encarando nossa viagem como duradoura. Investimentos em fundos, especialmente em estratégias mais animadas, exigem um horizonte de investimento mais longo. Não deixe de analisar isso antes de investir, em qualquer coisa.

Se você não está confortável com o prazo de resgate de um fundo, talvez isso indique que o tamanho do seu investimento pretendido nesse fundo está maior do que deveria ser.

De janeiro a janeiro: o que aconteceu e como foram os mercados

con·tá·gio (sm)

  1. Transmissão ou disseminação de doença por contato mediato ou imediato.
  2. Imitação involuntária de reações alheias: contágio de riso.

Falando em soluços e sustos…

Dois eventos dominaram todas as outras notícias do mês de janeiro. Entre eles, apenas uma neblina cinzenta que deixou as demais notícias esquecidas.

O ano começou pegando fogo (literalmente), com Trump ordenando o ataque que, além de outras pessoas, matou o general Qasem Soleimani do Irã. Soleimani é acusado de ser o responsável por financiar e comandar inúmeras operações terroristas, inclusive as mais recentes, como a invasão à embaixada norte-americana no Iraque, o ataque aos petroleiros e à refinaria saudita, e outros mais antigos como o atentado à AMIA, na Argentina que causou a morte de quase 100 pessoas. Esse ato foi significativo: Soleimani não era um terrorista declarado, como Osama bin Laden, do Al-Qaeda, ou Bakr al-Baghdadi, do ISIS, mas um dos homens mais importantes na hierarquia do governo do Irã.

Após uma pequena retaliação, o assunto “desapareceu”, do radar e dos noticiários, quando o Irã abateu um avião comercial, por engano, matando 176 pessoas (sendo 8 iranianos). Depois de uma breve queda, quando chegou a flertar com a histeria de uma Terceira Guerra Mundial, os mercados se recuperaram, apostando que a tensão não se estenderia e continuaram fortes quase até o final do mês, quando surgiu a notícia do coronavírus.

Este vírus aparentemente se espalha mais rapidamente, mas é menos mortal que o SARS, também originário na China, que, entre 2002 e 2003 matou mais de 800 pessoas causando um dano estimado de US$ 40 bilhões à economia mundial. Além de Wuhan (ponto zero), outras 16 cidades da província de Hubei estão em quarentena por tempo indeterminado. Mais de 50 milhões de pessoas estão impedidas de sair de suas cidades.

A mortalidade do vírus pode ser menor, mas o efeito econômico, dependendo da duração e extensão das limitações impostas pelo governo, pode ser muito maior. E os efeitos nos mercados podem ser muito maiores do que os econômicos. A histeria é contagiante. Se o número de casos continuar crescendo exponencialmente, os mercados podem passar por uma longa correção, principalmente após as altas dos últimos anos.

Vamos manter nossa cabeça no lugar, monitorando a evolução da epidemia. Não podemos deixar o medo nos contagiar, mas também não podemos ignorar o possível impacto nos mercados. A palavra-chave para lidar com doenças infecciosas é “controle” – ou seja, como interromper o ciclo de contágio. Contágio da doença e da histeria coletiva. Infelizmente, qualquer análise fria sobre os efeitos do vírus na economia mundial ainda é pura especulação, até vislumbrarmos o quão forte será a disseminação. E quão demorada. E quão mortal.

Certeza mesmo, só de que isso traz enorme volatilidade para o mercado. Os últimos dias têm mostrado isso. Mercados saltando da histeria para o otimismo, com as notícias da injeção de liquidez na economia (mais de US$ 175 bilhões) feita pela China, além da possível descoberta da vacina para enfrentar o vírus.

Completando (e complicando) o cenário, o Congresso brasileiro retornou ao trabalho e todos monitoram o andamento das reformas administrativa e tributária. Nos EUA, a eleição para Presidente volta ao radar, com o começo das primárias que definirão os candidatos Republicano e Democrata.

Nesse cenário turbulento, a Bolsa brasileira, medida pelo Ibovespa, sofreu uma queda de 1,63% puxado principalmente pelos bancos (mas já sobe quase 2% nos 3 primeiros dias de fevereiro). Já o índice Small Caps rendeu 0,45%. O Dólar se fortaleceu quase 6% frente ao Real, levando sua cotação para o máximo histórico.

Títulos públicos pré-fixados, medidos pelo índice IRF-M, subiram 0,88% (taxa de juros caiu), enquanto o IMA-B (índice que mede a rentabilidade dos títulos públicos indexados à inflação), perdeu do CDI, rendendo apenas 0,26%. Os fundos multimercados, em geral, performaram bem.

Entrando em fevereiro (foram só 3 dias antes de eu escrever esse texto), como falei acima, mercados animados com a reação do governo chinês e da ciência contra a epidemia. Bolsa em alta, real se valorizando, e o Banco Central, ontem, cortando os juros básicos para 4,25%. Provavelmente esse foi o último corte desse longo ciclo de queda (foram 10 pontos percentuais desde 2016 quando a Selic estava em 14,25%!).

E os nossos fundos?

Os nossos fundos multiestratégia foram muito bem, em janeiro. Graças à diversificação entre classes de ativos e a presença das proteções.

Os FoF SuperPrevidência e FoF SuperPrevidência 2 renderam 1,20% (318% do CDI) e 1,02% (270% do CDI), respectivamente. Pois é, já podemos falar da rentabilidade do FoF SuperPrevidência 2, agora que ele completou 6 meses. Desde o seu início, em meados de 2019, o fundo rendeu o equivalente a 246% do CDI, com uma volatilidade abaixo de 3% anualizada.

FoF Melhores Fundos fechou o mês de janeiro com 0,86% de ganho (228% do CDI). Apenas 7 dos 23 fundos no nosso portfólio renderam abaixo do CDI, um belo resultado se levarmos em consideração a dificuldade do mês. Nos últimos 6 meses, até o fim de janeiro, ele já acumula mais de 285% do CDI.

E o grande destaque ficou com o Carteira Universa. Apesar da volatilidade do mercado, o fundo rendeu no mês 2,74% (727% do CDI) e acumula, desde o seu início, em 28/06/2019, quase 17% de alta (530% do CDI). O fundo superou a marca de R$ 1 bilhão de patrimônio exatamente no último dia do mês!

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Não podemos falar diretamente sobre a performance dos demais fundos por conta da regra da CVM, que só permite essa divulgação para fundos com mais de 6 meses de histórico.

Os fundos com exposição cambial (Canabidiol, Money Rider Hedge Fund e suas versões Light) foram beneficiados com a alta do dólar. Já falamos bastante da alta dos fundos Exponencial e sua versão Light. A tese do Ouro como proteção funcionou muito bem, em janeiro, e o nosso fundo se beneficiou com isso. Merecem destaque, também, os recém-lançados FoF Melhores Fundos Ações e Oportunidades de uma Vida, que, além de superarem o Ibovespa, ainda renderam acima do CDI!

Você sabia que pode acompanhar a rentabilidade de todos os nossos fundos em nosso site? Confira aqui

Como as eleições americanas podem afetar seu portfólio?

Os 100 dias de Bernie Sanders

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Fonte: Revista Fórum

A ideia do senador de Vermont é ousada: ele quer descriminalizar o uso da planta em todo o território estadunidense e mudar completamente a forma como o Estado lida com a questão das drogas.

Independentemente das chances de ele ser o candidato que vai disputar as eleições com o presidente Trump e de vencê-lo, espera-se que suas ideias forcem o atual presidente a apresentar propostas um pouco mais alinhadas com as do Senador.

Ou seja, nunca foi tão importante estar posicionado nisso.

Vitreo Canabidiol e o Vitreo Canabidiol Light são formas inteligentes de se estar exposto a um mercado aquecido que, dependendo do resultado das eleições americanas, pode ficar ainda mais.

Pergunte ao Jojo

Abri este espaço para responder algumas das várias perguntas que tenho recebido por e-mail. Ah, só lembrando que o espaço aqui é destinado para dúvidas gerais de produtos, críticas e sugestões dos produtos Vitreo. Para as demais perguntas, criamos uma central de atendimento onde é possível encontrar os diversos caminhos para tirar dúvidas ou resolver problemas: clique aqui.

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Recebi este comentário no vídeo da Live que fiz junto ao Patrick, no começo deste ano, onde falamos sobre os projetos para 2020 e respondemos diversas dúvidas sobre os nossos produtos. Ah, e se você ainda não a viu, a Live já está disponível em nosso Youtube. Vou deixar aqui o link direto.

Respondendo à pergunta do Rawlinson, no penúltimo Diário de Bordo (link aqui), montei uma tabela bem didática com todos os nossos produtos e níveis esperados de risco.

Ressalto que todo portfólio de investimento deve ser devidamente balanceado com os ativos certos e que, ao montar a sua carteira, ela deve estar de acordo com o seu apetite de risco, seus objetivos e de quantos recursos você dispõe.

Vou deixá-la aqui de novo, para você a ter sempre à mão.

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Espero que tenha ajudado!

Cartas semestrais já estão no ar

Tardaram um pouco, mas chegaram.

Já começamos a publicar as cartas semestrais dos fundos, referentes ao 2º semestre do de 2019. Clique aqui para ver

Nelas fizemos um resumo do que aconteceu nos mercados durante o semestre passado e como nossos fundos se comportaram.

É uma leitura um pouco mais profunda e bem detalhada.

Espero que você goste!

Lado a Lado com o Gestor: Trígono Capital

Prometo que eu volto, no Lado a Lado da próxima semana.

No desta semana, o Kiki entrevistou o Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital, responsável pelo Trígono Flagship Small Caps FICFIA, que está na carteira do nosso FoF Melhores Fundos Ações.

Werner é considerado uma das referências do mercado financeiro brasileiro quando se trata de ações Small Caps.

O nome da casa, Trígono, foi escolhido para representar o perfeito alinhamento entre investidores, gestora e empresas investidas e é representada pela nossa logomarca e pelo nome – Trígono Capita, segundo ele.

Mais uma aula. Confira!

Um abraço,

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