Diário de Bordo

O que Tim Harford me ensinou com o seu conceito de “bagunça”

George Wachsmann

30 jul 2020, 12:45 (Atualizado em 30 jul 2020, 12:45)

O último final de semana foi especial. Finalmente no meio destas férias pandêmicas, consegui reunir nossa família (eu, Silvia, Naomi, Michel, Manoela* e Mirela), além do Xande (namorado da minha filha) e do Marquinho (amigo-irmão do meu filho), numa casa que alugamos no interior. Verdade que faltaram nossos pais (e sogros e vice-versa), mas acho que ainda é cedo para colocá-los em risco.

Passei a semana toda lá, mas fiquei “trancado” em um quarto trabalhando durante o dia inteiro. Mas, no fim de semana, pude aproveitar. Sol, céu azul, piscina, churrasco, beach tennis, truco, pizza no forno à lenha, primeiras aulas de direção com a minha filha, música, bagunça e muitas risadas.

Quem poderia imaginar, no começo do ano, o que estaria por acontecer nos meses seguintes. Crise, medo, desinformação, isolamento, novas rotinas, planos desfeitos, planos prorrogados, improviso e aprendizado. Nossa bagunça era a celebração de uma etapa vencida. Dura, mas vencida.

No meio dessa farra, li um artigo sobre o livro “Messy”, do Tim Harford (Desorganizado, em tradução livre). Ele é economista, escritor e jornalista, e tem, entre algumas facetas do seu trabalho, uma coluna no Financial Times. Interessei-me e fui saber mais do livro.

Bom, quem me conhece, mesmo que ainda não tão profundamente, no mínimo estranharia o interesse. Organização, planejamento e controle são características que estão praticamente escritas na minha testa – posso ser tudo, menos desorganizado…

Tenho aprendido algumas lições muito importantes nestes tempos, não só na vida pessoal, mas também na profissional. E quando digo nestes tempos, não me refiro só à pandemia do Coronavírus e tudo o que ela nos trouxe de consequências, mas também ao ritmo aceleradíssimo e crescimento exponencial que estamos experimentando aqui na Vitreo.

Não tem planejamento e organização que resistam – por melhores que sejam.

Não se pode eliminar a presença do caos em situações como estas, devemos não apenas aprender a lidar com ele, mas também a usar suas características em nosso próprio benefício.

E o livro já começa com um belo exemplo.

Harford conta como tudo estava “nos conformes” para o concerto do Keith Jarrett, no Ópera de Colônia. Mas o dia 27 de janeiro de 1975, que até aquele momento estava sendo o dia mais especial da vida da produtora Vera Brandes, jovem alemã de apenas dezessete anos, de repente começou a se tornar seu pior pesadelo.

Pouco antes do concerto começar, Keith foi ao palco analisar o piano que havia pedido para sua apresentação, que seria em freestyle (ou por improvisação).

Keith tocou algumas notas. Levantou-se.

Em silêncio, andou ao redor do piano.

Sentou-se, tocou mais algumas notas… e após um tempo, seu manager e produtor se aproximou de Vera e disse: “Se você não arranjar outro piano, Keith não vai poder tocar hoje à noite”.

Aquele não era o piano que Keith havia solicitado para o concerto. E o pior, estava completamente desafinado, algumas teclas simplesmente não funcionavam e os pedais estavam emperrados. Era impossível tocar naquilo.

Desesperadamente, Vera tentou convencer o artista a se apresentar e evitar que ela fosse obrigada a cancelar o evento com mil e quatrocentos pagantes.

Keith se sensibilizou com a situação da jovem alemã e resolveu tocar. E logo nas primeiras notas… a mágica aconteceu…

No início de 2020, estávamos todos bastante animados com o ano da Vitreo. Todo o planejamento tinha sido feito ao final de 2019. Previsão do número de clientes, valor sob gestão, tamanho das equipes, produtos lançados… tudo estava muito bem planejado.

Mas também aconteceu algo que a gente não esperava. Ninguém se preparou para uma pandemia mundial. No início também foi desesperador para muita gente. E assim como Vera Brandes não tinha como cancelar o espetáculo, assim como Keith resolveu tocar, também nós, na Vitreo, seguimos com nosso objetivo de crescer e de fazer uma revolução neste ano de 2020.

Em março de 2020, nossa mágica também começou a acontecer.

Naquele dia, Keith Jarrett teve o que foi a performance da sua vida e os defeitos do piano acabaram colaborando para isso.

Daqui a dez anos, certamente vamos nos lembrar de 2020 se não como o melhor ano, como um dos anos mais importantes na vida da Vitreo e na de muitos de seus #vidrados.

Em outras edições do Diário, tenho falado bastante sobre tudo o que estamos fazendo, mas dentre essas atividades em pleno caos, certamente estão os nossos lançamentos. Já foram mais de 20 desde março e, sem dúvida, nem tudo foi como planejado. Nem mesmo como o novo planejamento, aquele que fizemos em plena pandemia.

Não foi nem uma, nem duas, nem três vezes que estava tudo planejado para o lançamento de um produto e, em cima da hora, tivemos que adiar ou substituir o lançamento…. Mas, em meio ao caos do momento, conseguimos nos adaptar e também criar.

No fim do dia, o crescimento aceleradíssimo segue a todo vapor, com praticamente um produto novo por dia, sem falar nas revoluções causadas pelas carteiras administradas e fundos de terceiros com cashback feito de forma inédita.

E nosso show continua… estamos numa verdadeira turnê. Um grande espetáculo por semana.

Esta semana quem subiu ao palco foi a família Double Income.

A série com 140 mil assinantes na Empiricus, e que nos serviu de inspiração para nossas novas soluções de investimento, já está seguindo os mesmos passos dos lançamentos anteriores.

E a frase que mais gosto de usar para traduzir isso é “está voando!”.

Disponibilizamos duas formas de investimento para você escolher aquela que melhor se encaixa no seu momento: a carteira administrada Double Income – se você tem R$ 50 mil para começar ou o fundo Vitreo Renda Extra FIM, se você prefere começar com R$ 5.000. Se você quer saber mais sobre a diferença entre um fundo e uma carteira administrada, o Guilherme Cooke, nosso Diretor de Compliance, gravou um vídeo muito legal que explica tudo, e sem juridiquês. Veja aqui.

E com isso, tenho aprendido que nem sempre ter tudo na exata ordem é sinônimo de sucesso e que não faz mal ter um pouco de desordem ou caos, desde que você entenda que isso também faz parte do processo. Ou melhor, que caos e desordem, muitas vezes, têm uma parcela importante para se ter sucesso.

Como diz o próprio Tim Harford:

“Nós frequentemente sucumbimos à tentação de fazer uma abordagem certinha, mas nos daríamos melhor se assumíssemos um certo grau de bagunça”.

Para ser ainda mais sincero, o que este início de leitura me mostra é que, de forma inconsciente, eu já tinha me adaptado a este tipo de comportamento, mas sem perceber que estava “rendido” ao conceito.

* Manoela, minha enteada querida, não se aguentava que ainda não tinha falado dela em um Diário de Bordo. Queria até que eu contasse que já tem 1 ano que ela quebrou a clavícula. Ainda vou escrever um DB inteiro sobre ela, mas agora ela, pelo menos, sossega.

Prata, porque nem tudo que reluz é Ouro

A Prata é uma reserva de valor que serve de proteção, assim como o Ouro. E, por conta da crise econômica do Coronavírus, a procura por este metal precioso tem aumentado consideravelmente.

O interesse em comprar metais preciosos ocorre quando os investidores buscam reservas confiáveis de valor devido a temores de uma recessão global.

O expansionismo da política monetária e dos gastos fiscais também tem como “efeito colateral” a procura por este tipo de metal. Sendo assim, seu portfólio de proteções e reservas de valor merece contar com a prata, até como uma diversificação do próprio Ouro.

Como se não bastasse, a prata tem uma ampla variedade de usos industriais, incluindo eletrônicos e painéis solares, que têm total ligação com a agenda “verde” de industrialização sustentável.

E o Vitreo Prata já está disponível para você, com a facilidade de um clique, como sempre.

Spoiler da semana

Você conhece as ideias do Henrique Florentino, na série “Ações Exponenciais” da Empiricus?

Sua abordagem é encontrar ações que, “no mínimo, dobrem de valor”, com foco em sua exponencialidade. Muitas vezes são ações ilíquidas, aquelas menorzinhas, fora do radar do mercado.

Segundo ele, o momento atual é especial: “Quando, no ano passado, estávamos comprando a esses patamares de preço, nossa carteira subiu 64,7% em 2019, contra os 17% da Bolsa”.

Fonte: Bloomberg e Empiricus

Olhe só o gráfico acima.

Ele representa o resultado acumulado justamente dessas Ações Exponenciais, desde o seu início, presentes na série liderada pelo Florentino.

Na linha vermelha você consegue ver o retorno gerado por essas ações, que, para ser sincero, dá um banho no Ibovespa.

Enquanto o retorno das ações é de 65,77%, o Ibovespa rende 7,13%.

Interessante não? Eu também achei. Então aguarde a próxima semana!

VitreoAoVivo da próxima semana

É sempre muito bom bater um papo com o Felipe Miranda.

Quando o assunto é o Carteira Universa, melhor ainda. O fundo segue se recuperando e certamente teremos muito o que falar, assim como surgirão muitas dúvidas.

Já anote na agenda. Próxima quarta-feira, dia 5 de agosto, às 19h.

Você assistiu à Live sobre o Double Income?

Ontem conversei com o Alexandre Mastrocinque, da Empiricus. E preciso dizer, é sempre um grande prazer e aprendizado conversar com ele.

A conversa do VitreoAoVivo foi, obviamente, para falarmos da família Double Income. E muito foi dito.

Explicamos e tiramos dúvidas sobre os dois produtos lançados, o fundo e a carteira administrada, falamos também sobre… Bom, se você não viu, melhor do que eu resumir aqui para você, é dar um clique neste link e assistir. Vale muito a pena.

E para conhecer mais sobre as novas soluções de investimento nas estratégias do Double Income, você tem logo baixo as duas opções:

Quero conhecer o fundo Quero conhecer a carteira administrada

#1 fundo por dia + Cashback sem conflitos!

Esta semana começamos a subir os fundos de gestores parceiros em nossa plataforma de fundos.

Na semana passada estreamos com o Occam Retorno Absoluto (que fechará para captação no dia 14/08…).

Esta semana foi a vez destes fundos:

E amanhã ainda sobe o Alaska Black Institucional, fundo de ações “raiz”, liderado pelo estimado trio: Luiz Alves, Henrique Bredda e Ney Miyamoto.

Você viu que eu disse que estávamos só começando? Pois é! Nosso plano é trazer um gestor novo por dia, até completarmos a primeira fase da oferta de fundos em nossa prateleira.

E junto com os fundos, virão também novas funcionalidades, que vão ajudá-lo a encontrar o fundo que procura, analisá-lo e compará-lo com outras opções. Espere um pouco porque termos muitas novidades para as próximas semanas.

E o melhor de tudo, todos esses fundos fazem parte do nosso programa de Cashback sem conflitos, onde a Vitreo é remunerada de forma igual, independentemente do fundo. (Quer conhecer mais? Leia o regulamento do programa aqui).

E de forma transparente! Quando você acessar as informações de qualquer um desses fundos em nosso app ou site, você saberá, na hora, quais as taxas originais do fundo e qual a condição especial que preparamos para você!

Fique ligado porque na próxima semana tem muito mais!

Pergunte ao Jojo

Abri este espaço para responder algumas das várias perguntas que tenho recebido por e-mail. Ah, só lembrando que o espaço aqui é destinado para dúvidas gerais de produtos, críticas e sugestões dos produtos Vitreo. Para as demais perguntas, criamos uma Central de Atendimento onde é possível encontrar os diversos caminhos para tirar dúvidas ou resolver problemas: clique aqui.

Olá Daniel

Nosso fundo de Ouro não tem “hedge”, isto é, ele é afetado também pela variação cambial. Em julho, até o dia 28, o Dólar perdeu 5,7% frente ao Real. Isso acaba afetando negativamente a rentabilidade do fundo no mês. Já no ano, com a forte valorização do Dólar, o fundo foi beneficiado. Enquanto a cotação do Ouro valorizou 29% no ano (até o dia 28), chegando ao seu recorde, o fundo Vitreo Ouro rendeu mais de 50%…

Olá Bernardo

Esses 4 fundos mencionados, apesar de diferentes em sua diversificação e geografia, são fundos que aplicam em várias classes de ativos, inclusive em ativos de proteção, como o Ouro. Logo, a princípio, não seriam necessárias proteções adicionais. Já para os fundos de ações seria interessante dimensionar algum tipo de proteção. Mas é claro que tudo depende de seu apetite ao risco e horizonte de investimento.

Recado do Hara

Fábio Hara é o nosso head de desenvolvimento de sistemas. Toda semana ele manda um e-mail para a empresa toda contando das novas funcionalidades que “subiram” para o app e para o site.

Nessa semana nosso pessoal de desenvolvimento ficou focado em fazer alguns ajustes e pequenas correções em processos internos, como o processo de alteração de senha; download para nota de corretagem; ajuste nos campos de Cashback da ficha técnica de fundos; abertura e atualização de chamados no Zendesk para clientes autenticados no canal do Voicebot e ordenação decrescente pela data de movimentação no extrato financeiro.

Mais do que isso a turma está focada em trazer algumas funcionalidades muito aguardadas, que devem estrear na semana que vem, como a programação do que fazer com os pagamentos de proventos nas carteiras administradas. Você vai poder escolher se quer deixar os recursos caírem da sua conta da Vitreo, se você quer reinvesti-los ou ainda, se você quer reinvestir e agendar retiradas recorrentes, como uma mesada todo início de mês!

Outra coisa legal que está chegando é a transferência de ativos de outras corretoras direto para as carteiras administradas da Vitreo. Vamos te ajudar a preencher a STVM e você vai poder investir aqui usando seus ativos sem precisar vendê-los!

Um abraço,

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