Carta do Gestor

Doces ou travessuras?

George Wachsmann

1 nov 2021, 8:00 (Atualizado em 1 nov 2021, 8:00)

Outubro foi o mês do Halloween e, pelo visto, o Brasil não tinha doces e ficou com as travessuras do Saci-Pererê e do Curupira, já que o Ibovespa andou na direção inversa das Bolsas globais e do Bitcoin. Além disso, as moedas fortes se valorizaram frente ao real, e a única coisa que sobe no mercado local são os juros.

Com esse cenário, o mês foi positivo para os nossos produtos internacionais e de criptomoedas. Já os fundos de ações brasileiras seguiram a tendência da Bolsa local.

Esta é nossa Carta do Gestor. Nela, você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos. No final da carta, você encontra uma tabela com os resultados de todos eles.

Lembre-se de que, por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de seis meses de histórico.

Como foram os mercados em outubro

A Bolsa brasileira chegou ao quatro mês consecutivo de queda. Em meio a uma inflação altíssima e problemas políticos e fiscais, o Ibovespa fechou outubro com queda de 6,74%, se aproximando dos 100 mil pontos e apresentando um recuo de 13,04% no ano.

Ao mesmo tempo, as moedas fortes se valorizaram frente ao real, sendo que o dólar comercial e o euro tiveram valorização de 3,88% e 3,51%, respectivamente.

Em contraposição ao cenário local, as Bolsas americanas seguem batendo recordes. O S&P 500 chegou à alta de 22,61% em 2021 após valorização de 6,91% no mês. Já o Nasdaq 100 subiu 7,9% em outubro, apresentando resultado positivo de 22,98% no ano. O Euro Stoxx 50 e o MSCI World também subiram, tendo resultados de 5% e 5,59%, respectivamente.

Além das Bolsas globais, as criptomoedas se destacaram, sendo que o Bitcoin atingiu sua máxima história ao quebrar a marca de US$ 64.863. O ativo em dólar teve alta de 42,10% no mês, totalizando 114,57% no ano. O ouro se valorizou 4,77% em outubro.

Na política brasileira, outubro começou com manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro. O mês ainda contou com a saída de alguns secretários do Ministério da Economia. Inclusive, houve o rumor de que Paulo Guedes deixaria a pasta, o que não aconteceu. Também houve a discussão da PEC dos Precatórios e de programas sociais, que podem fazer o governo furar o teto de gastos.

Além disso, os caminhoneiros ameaçaram realizar greve no início de novembro devido à alta do combustível, e a CPI da Pandemia foi finalizada após seis meses com o relatório final pedindo o indiciamento do presidente e de mais 77 pessoas.

Depois de um IPCA-15, prévia do índice de inflação, acima do esperado, com taxa de 1,2% (8,3% no ano e 10,34% no ano), o Comitê de Política Monetária (Copom), alterou o seu plano de voo e elevou a Selic em 1,5% para 7,75% ao ano e ainda indicou outro aumento da mesma magnitude na última reunião do ano. O preço dos combustíveis e da energia elétrica são os principais fatores que afetam a inflação.

A questão energética não é exclusividade brasileira. A Europa vem sofrendo com a falta de gás, e a China com a alteração de sua matriz energética, que conta com a redução da utilização do carvão.

Em termos de Covid, o país segue avançando na vacinação, e as cidades seguem reduzindo as restrições. Apesar disso, alguns países europeus vêm sofrendo reveses na reabertura.

Nos Estados Unidos, segue a expectativa para a redução da compra de ativos por parte do banco central. Jerome Powell, presidente do Fed, ainda destacou que seria prematura a elevação da taxa de juros americana e admitiu o risco de a inflação local subir ainda mais.

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Como foram os nossos fundos

Você já deve saber, mas não custa lembrar. Só podemos comentar sobre a performance dos fundos que têm mais de seis meses de histórico.

FoF

FoF SuperPrevidência e o FoF SuperPrevidência 2 apresentaram mais um mês no negativo, com quedas de -2,17% e -2,26%, respectivamente. A Bolsa brasileira, como mencionado anteriormente, encerrou o quarto mês consecutivo em queda, e isso pressiona ambos os portfólios, que carregam uma posição estrutural de cerca de 30% em Bolsa. Dos fundos com exposição à Bolsa, todos os classificados como Long Only tiveram perdas superiores a 10%. Ainda em renda variável, os fundos Long Biased também sofreram, com uma média de desempenho próximo ao recuo registrado pelo Ibovespa.

As posições com exposição ao dólar foram novamente beneficiadas, tanto pela alta da moeda, quanto pela alta registrada pelos ativos investidos. Nesse sentido, as máximas históricas do S&P500 e do Bitcoin favoreceram bastante o portfólio, que se expõe a esses ativos por meio da alocação nos ETF’s SPXI11 e HASH11, com retornos de 10,46% no 45,6% respectivamente.

Ainda considerando a exposição cambial, as posições em ouro e diretamente alocadas em dólar também contribuíram positivamente para o portfólio.

Em renda fixa, a exposição que o fundo Pimco Income Dólar IE FICFIM tem sobre a moeda também foi beneficiada. Os gestores do fundo estão com uma postura mais defensiva, seguem bem criteriosos na seleção dos ativos e por isso mantém um percentual em caixa para aproveitar as oportunidades que venham a surgir.

Os fundos multimercados tiveram desempenhos mistos, com destaque negativo para as estratégias sistemáticas, que não conseguiram navegar neste ambiente volátil, enquanto os fundos tipo carregamento contribuíram positivamente para o portfólio.

FoF Prev Conservador fechou praticamente no zero a zero, com 0,01% positivo no mês de outubro. O grande detrator no mês foi o fundo Icatu Vanguarda Inflação Curta IMA-B, que recuou 1,9% no mês, fruto da marcação a mercado dos títulos de inflação mais curtas, reflexo da percepção do mercado sobre a curva de juros e da inflação.

FoF Prev Arrojado apresentou retorno negativo de -8,78%, enquanto seu irmão 100% ações, o FoF SuperPrevidência Ações, teve queda de -10,48%. Nenhum dos fundos presentes em ambos os portfólios apresentaram retornos positivos no mês, e muitos deles apresentaram quedas superiores ao Ibovespa. Um dos detratores do fundo foi o fundo Equitas Prev Icatu IV FICFIA, que sofreu uma queda de -15,94%, derivado principalmente dos ativos ligados à tese de crescimento, que são prejudicados em um cenário de alta de juros e redução do poder de compra da população, como o caso de via varejo (queda superior a 20% no mês e mercado livre (queda de 8,8%). Os títulos de inflação com prazos mais longos apresentaram quedas menos acentuadas em relação aos ativos de renda variável, o que sustentou a queda do fundo 70% alocado em Bolsa.

FoF Melhores Fundos fechou outubro em queda de –1,54%. O portfólio não sofreu alterações ao longo do mês e apresenta um desenho semelhante ao Superprevidência em termos de diversificação. O fundo “raiz” tem cerca de 21% de posição estrutural em Bolsa, representando novamente o maior detrator de performance do fundo.

As contribuições positivas que amorteceram a queda do portfólio vieram dos fundos de crédito privado, que representam 12,5% do portfólio; e dos investimentos em proteções e criptoativos cuja soma totaliza 10%.

Quanto aos fundos multimercados, os caracterizados como sistemáticos e carregamentos foram os que mais contribuíram para o retorno. Destaque para o Ibiuna Hedge STH FICFIM (carregamento) e Giant Zarathustra Vitreo FICFIM (sistemático).

FoF Melhores Fundos Ações, que consiste em um derivado do Melhores Fundos “raiz” dedicado à renda variável, apresentou uma queda de –8,67%. De forma semelhante à sua versão prev, o fundo da Equitas Selection FICFIA atuou como uma das maiores atribuições negativas de performance da carteira. Junto a ele, temos também o Pátria PIPE FICFIA, que vem apresentando resultados negativos por suas alocações em Qualicorp, Locamerica e CVC.

Ainda sobre o fundo voltado para ações, no penúltimo dia útil do mês houve alteração do portfólio, com adição de dois novos nomes: Forpus Ações FICFIA e Neo Future FICFIA. O primeiro nome vem de uma abertura pontual, aproveitando um período de queda dos ativos para atrair recursos em busca de bons ativos descontados; enquanto o segundo nome tem um percentual pequeno (2%) devido à possibilidade de concentração da gestora. Ele combina a profundidade na análise, experiência da equipe e uma dinâmica gestão dos ativos.

FoF Melhores Fundos Multimercados fechou outubro com resultado positivo de 0,52%. Resultados positivos dentro do leque de fundos multimercados classificados como carregamento, além de um destaque para o Giant Zarathustra Vitreo FICFIM, que obteve retorno de 4,87% no mês. Na mesma publicação comentada anteriormente, algumas mudanças também foram realizadas na carteira de fundos multimercados. O racional por trás da mudança é trazer duas novas classes de ativos para o portfólio, com a adição de um fundo event-driven (Absolute Alpha Global FICFIM) e outro long & short (RPS Total Return D60 FICFIM), além de incluir estratégias descorrelacionadas do restante da carteira (Vista Hedge FICFIM e Claritas Total Return FICFIM). Para isso, saem da carteira o Absolute Vertex II FICFIM e Adam Macro II FICFIM).

FoF Retorno Absoluto obteve desempenho negativo de -2,11% no mês. Os maiores detratores do mês foram novamente os fundos Long Biased presentes no portfólio: VTR Miles Acer Long Bias FICFIM e Navi Fender FICFIA. Na ponta oposta, resultados positivos para o Giant Zarathustra Vitreo FICFIM e Vinland Macro Plus FICFIM, este último estava com o book macro tomado em inflação no Brasil e nos Estados unidos, além de em empresas de tecnologia americanas.

FoF Novas Ideias, encerrou o mês com -2,31% de queda. As posições em fundos Long Biased novamente foram os maiores detratores da carteira, com o fundo da Encore caindo -12,36%, enquanto o fundo da Alpha Key apresentou queda de -15,00%.

FoF Melhores Fundos Global fechou outubro positivo, com retorno 5,76% e conta com uma alta de 14,72% no ano de 2021. Realizamos uma mudança neste mês, incluímos o ETF de bonds SCHWAB US TIPS. Já a versão Vitreo FoF Melhores Fundos Blend teve um retorno negativo, com recuo de -0,06% no mês. Ele mantém acumulado de 3,47% no ano. O fundo conta com 80% alocado no mercado nacional, que teve um mês de outubro difícil puxando o fundo para baixo e 20% no mercado global.

Global Equities, fundo que surgiu com objetivo viabilizar 100% de investimentos em fundos de ações no exterior, fechou outubro positivo com alta de 6,52% e segue com um acumulado de 8,55% no ano de 2021. Podemos considerar como destaques para esse mês nossas alocações em MAM GLG PAN EURO e Franklin US Opportunities com mais de 10% de alta cada.

Apesar de ter o FoF ESG ter fechado outubro com queda de -10,51%. De forma análoga ao mês de setembro, todos os ativos do portfólio tiveram retornos negativos, derivados de uma piora no quadro político e econômico do país, o que afetou significativamente as teses de crescimento presentes nos fundos investidos, como Totvs e Méliuz.

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Multiestratégias

Carteira Universa teve mais um mês difícil por ter uma posição estrutural em Bolsa de Valores. O fundo foi mais uma vez impactado pelos efeitos negativos da política fiscal brasileira e pelos aumentos sucessivos das taxas de juros em virtude do descontrole inflacionário. Seguimos construtivos com a tese de que a Bolsa brasileira está muito barata e por isso optamos por manter a nossa posição. Dito isso, o rendimento do fundo em outubro foi de –4,55%. No ano, o fundo rende -8,33% ficando abaixo do CDI, que segue o seu movimento de alta. No mês, fizemos diversas mudanças na estrutura do fundo: encerramos uma posição antiga em moedas como Libra, Iene, Euro e Franco-Suíço, mantendo apenas o Dólar e as Criptomoedas em nosso book. Inserimos algumas posições vendidas à carteira, sendo elas em B2W Digital, e Via Varejo, que entendemos dever servir de hedge para nossas posições compradas em Magazine Luiza e Mercado Livre.

Encerramos as posições em Natura, Alupar e Rumo, que deram origem a novas posições, como British Petroleum e Locamerica. Também fizemos algumas reduções pontuais em ativos da carteira, como Eneva, Oi e Grupo SBF, o que nos deu margem para aumentar posições em Cosan, Metalúrgica Gerdau, 3R Petroleum e Goldman Sachs.

Por fim, os eventos mais relevantes do fundo ficam para o spin-off de Santander, em que optamos por vender as ações de Getnet e permanecer alocados nas ações do Banco, e a montagem de nosso complexo short em Traders Club.

A partir da realização das mudanças acima, encerramos o mês com uma alocação em renda fixa de 21,90%. Já alocação foi mantida em 8,50%, assim como as alocações em commodities que permaneceram em 2,4% e nos fundos imobiliários em 7,6%; por outro lado, subimos a alocação em ativos internacionais para 17,6% e reduzimos a exposição às ações brasileiras para 42%.

Carteira Universa Prev rendeu -4,09% em outubro, rendendo -8,86% no ano. Fizemos as mesmas alterações do Carteira Universa no fundo previdenciário, dado que todas as movimentações foram em Bolsa brasileira. Também aproveitamos a oferta do ETF da Investo, o ALUG11, para encerrar a nossa alocação no iShares Core US Reit, no book internacional.

Money Rider Hedge Fund também teve um mês com diversas mudanças. O fundo rendeu 10,50% em outubro, beneficiando-se dos recordes incessantes do S&P e da alta do dólar frente ao real. No ano, o fundo rende 20,39%, e, como mencionado acima, fizemos algumas alterações em nossa carteira, encerrando algumas alocações como o ETF Invesco QQQ Trust, e as ações da Vimeo e CVS Health. Por outro lado, introduzimos novos papéis à carteira, como a American Financial TRS, a Tekla World Healthcare, a Mariott Vacations e a Flagship Communities. Por fim, aumentamos o peso de nossa alocação em algumas velhas conhecidas, que foi o caso das posições em BioNTech, SimilarWeb e no Ark Genomic Revolution ETF.

Universa Rider Blend entregou um retorno de 1,01% em outubro, num cenário em que 80% do retorno é explicado pelo retorno negativo do Carteira Universa e 20% da rentabilidade é explicada pelo impacto positivo do Money Rider Hedge Fund. No ano, o fundo rende -0,73%, sendo que a performance anual é decorrente do mesmo cenário que aconteceu no mês de outubro.

Renda Extra, por sua vez, teve uma rentabilidade de -3,45% em outubro. Neste mês, o fundo foi duramente impactado pela queda do mercado de ações brasileiro. A rentabilidade do fundo segue sofrendo com os impactos negativos da reforma tributária e, para complementar, os incessantes aumentos das taxas de juros impactam negativamente a marcação a mercado dos títulos de inflação e renda fixa pré-fixada, que temos em carteira. Com esse cenário, o fundo rende no ano -11,01%. No mês, não fizemos nenhuma movimentação.

PRP fechou o mês de outubro com resultado bem negativo de –8,12% e segue acumulado em -12,88% no ano de 2021. Mês muito difícil para o Ibovespa que recuou -6,7% refletindo bastante em nosso fundo. Seguimos alocados em mais de 80% em renda variável, sendo 10% dessas ações globais, os outros 20% divididos igualmente em Renda Fixa e Fundos Imobiliários.

Essencial Moderado, fundo que reúne uma combinação de perfil de risco moderado entre os fundos da Vitreo, fechou o mês em -1,02%. Dentre as maiores posições do portfólio, o Best Ideas Ações representou o maior detrator do fundo, enquanto o Universa Rider Blend e o FoF Tech contribuíram positivamente.

Seu irmão de maior volatilidade, o Essencial Arrojado, encerrou o mês com queda de -3,09%. Apesar de o fundo ter obtido ótimos retornos derivados das posições em criptoativos e commodities, o percentual alocado não fez frente às quedas das maiores posições, que são o Carteira Universa FIM e o PRP FIM.

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Ações

O fundo Oportunidades de Uma Vida teve mais um mês difícil, rendendo -14,89 em outubro, enquanto o índice Ibovespa rendeu -6,74% no mesmo período. No ano o fundo rende -15,63% e o Ibovespa -13,03%. Neste mês, optamos por reduzir a nossa exposição à tese de Méliuz e aumentamos o peso de nossas alocações em Banco BTG e 3R Petroleum. Por fim, também montamos a posição vendida nas ações de Traders Club, com o mesmo racional da operação do Carteira Universa.

Microcap Alert também foi afetado pelo mau humor do mercado, rendendo -16,47% em outubro. No ano, o fundo rende -30,35% contra uma rentabilidade de -17,37% do índice Small Cap. Apesar das dificuldades, o fundo passou por algumas mudanças e estamos animados e construtivos com as teses dos papéis que temos em carteira. No mês, tivemos que recomprar as ações da Ambipar após a empresa cancelar o seu spin-off e encerramos as posições em Neogrid e LOG. Além disso, reduzimos o peso de nossa alocação nas ações da ClearSale e aumentamos o peso de alguns papéis como LiveTech, Brasil Agro, 3R Petroleum e Priner, em nosso portfólio.

MAB Plus também passa por mudanças em sua estrutura, mas isso não evitou que o fundo tivesse uma performance em linha com o mercado, e em outubro o fundo rende -13,32%. No ano, o fundo rende -25,70%. A atribuição do resultado inferior ao seu benchmark é decorrente de ambas as estratégias, que tiveram uma performance bastante inferior em relação ao Ibovespa, sendo que 30% foram resultantes da estratégia Plus e 70% da estratégia MAB. Fizemos as mesmas alterações relativas à estratégia Plus na carteira. Já na carteira MAB, optamos por reduzir o peso alocado nas ações de Vale, Banco Santander, TOTVS, Rede D’or, B3, Lojas Renner, Aliansce Sonae, Brisanet, Cielo e Americanas. Por outro lado, aumentamos a alocação em papéis, como Cosan, Weg, Natura, Grupo NotreDame, Grupo SBF e Petrobrás. Por fim, introduzimos as ações da Localiza à nossa carteira.

Dividendos, por sua vez, também foi impactado pelo momento negativo da Bolsa brasileira e pelo cenário caótico da política local. Em outubro, o fundo rendeu -3,19. No ano, o fundo acumula uma rentabilidade de -9,67%. Como o fundo investe em ações de empresas consolidadas e boas pagadoras de dividendos, não fizemos nenhuma alteração na composição de ativos e nem de seus respectivos pesos na carteira.

Mês muito difícil para o Special Situations, o fundo inspirado na publicação “Ações Exponenciais” da Empiricus. Como o próprio nome diz, são selecionadas ações com grandes potenciais de crescimento no longo prazo, devido às mudanças estruturais nas empresas. Assim ficamos sujeitos a grandes oscilações em alguns períodos de estresse de mercado. Fechando o mês de outubro, nosso fundo teve forte recuo de -7,74% e segue acumulado negativo de -29,20% no ano.

Long Biased também teve mais um mês negativo, rendendo -10,6%. No ano o fundo acumula um resultado de -25,49%. Em outubro fizemos apenas seis movimentações e encerramos o mês com uma exposição líquida comprada em Bolsa de 97,3%. Essa exposição é similar à do mês anterior, pois seguimos construtivos com a recuperação do mercado acionário brasileiro.

Deep Value encerra o mês de outubro negativo com retorno de -5,87% frente ao Ibovespa com queda de -6,7% no mesmo período. O fundo surgiu com objetivo de investimento em empresas de valor, buscando forte retorno da economia tradicional.

O fundo MAM está perto de completar um ano de vida e vem cumprindo o seu objetivo de alocar dinheiro nas ações que consideramos como as melhores do mundo. Em outubro, o fundo sobe 9%, e no ano entrega uma rentabilidade de 19,18%. Neste mês, fizemos poucas alterações na carteira, em que zeramos a nossa posição na varejista Target, reduzimos nossa exposição às ações da Disney e compramos as ações da HCA Healthcare e aumentamos o peso de nossa alocação nas ações da Alphabet.

O fundo inspirado nas ideias de Warren Buffett, o WB90, segue entregando resultados positivos e no mês rendeu 7,27%. No ano, o fundo está muito bem, rendendo incríveis 28,03%. O fundo inspirado nas ideias de investimento do oráculo de Omaha, não passou por nenhuma modificação, e segue entregando bons retornos de forma consistente.

Franklin W-ESG fechou o mês de outubro com retorno positivo de 10,14% e um acumulado de 34,12% no ano de 2021. Fundo criado com o viés de investimento em empresas com pelo menos três mulheres no Board, e que incorporaram à sua essência os critérios W-ESG (diversidade de gênero, questões ambientais, sociais e de governança.

Emerging Markets Equities fecha o mês de outubro positivo. Diante de toda turbulência de acontecimentos na Ásia, as mudanças executadas no mês passado estão mostrando resultado. O fundo criado com objetivo de investir nos mercados emergentes obteve um retorno de 2,51%, porém segue com acumulado de –16,74% desde seu início.

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Temáticos

Tech Select teve uma boa performance em outubro, rendendo 12,90%. No ano, a performance do fundo é de 34,45%. A estratégia de aumentar o peso alocado nas FAANGs se mostra um sucesso até o momento, dado que os resultados dessas empresas vieram, em grande maioria, muito acima do esperado pelo mercado. Tal estratégia foi adotada devido ao cenário inflacionário e ao aumento da percepção de risco sobre a inclinação da curva de juros nos EUA. No mês, não fizemos nenhuma mudança em nossa alocação.

A versão tupiniquim de nossos fundos de tecnologia, o Tech Brasil, sofreu de forma contundente com o mau humor da Bolsa brasileira. O fundo rendeu de -19,35% no mês. No ano, o fundo reverteu a sua rentabilidade positiva e rende -17,13%, consolidando o movimento de correção. O resultado de outubro teve como principais detratores as ações do Banco Inter, Méliuz e ClearSale.

O terceiro fundo de tecnologia lançado, o Tech Asia, vem esboçando uma recuperação após um longo período navegando em mar revolto. Em outubro, o fundo rendeu 9,05%, revertendo a sua rentabilidade negativa, entregando um retorno de 4,32% no ano. Dos nossos fundos de tecnologia, o Tech Asia é o fundo que tem a maior volatilidade, pois as incertezas do continente seguem fazendo uma pressão negativa na cotação das ações, mas como elas chegaram num patamar extremamente barato, o fundo voltou a apresentar rentabilidade positiva. Neste mês, tivemos algumas reviravoltas, sendo a principal o caso da construtora Evergrande, que evitou defaults de seus títulos de dívida no final do prazo adicional de pagamento. Neste cenário, optamos por fazer a manutenção de nossa carteira que atualmente tem uma alocação de 17% em Japão, 22,3% em Taiwan, 15,8% em Singapura, 9,5% em Coreia e 34% em China.

Tech Games fecha o mês de outubro positivo em 8,34% e conta com um acumulado de 2,16% no ano de 2021. Com muita turbulência no mercado asiático, o fundo continuou realizando algumas mudanças em seu portifólio, diminuindo alocação principalmente no mercado chinês mitigando parte das perdas desse mercado. O fundo é voltado para o investidor que acredita no potencial da indústria de games. Apesar de sua principal alocação ser voltada para grandes empresas desenvolvedoras de jogos, o fundo também conta com investimento em fornecedores de equipamentos, semi-condutores e plataformas de streaming, todos voltados para o mercado de games.

MoneyBets, também se beneficiou da valorização das ações americanas e da alta do dólar em outubro. No mês, o fundo que investe em empresas inovadoras teve um resultado muito positivo rendendo 12,20%. No ano, o fundo rende incríveis 29,80%. Em outubro tivemos algumas mudanças na carteira, que consistiram na redução de nossa posição em Lithium & Battery. Utilizamos o caixa gerado pela redução para comprar uma opção de compra de Plug Power e rebalancear o nosso portfólio.

FoF Tech, carteira que combina todas as teses tech, encerrou o mês de outubro com uma alta de 4,55%. As empresas de tecnologia brasileiras sofreram no mês, revertendo a rentabilidade do ano para patamares negativos. Por outro lado, as empresas de tecnologia americanas e asiáticas performaram bem, o que possibilitou sustentar a queda das techs brasileiras.

Canabidiol, teve outro mês negativo, e segue sofrendo um movimento de correção que parece não ter fim. Em outubro, o fundo mais uma vez teve rentabilidade negativa, mesmo com a ajuda do dólar, no mês o fundo rende -6,75%. No ano, o fundo rende -10,19%, revertendo um retorno que no início do ano parecia ser muito promissor, após a eleição de Joe Biden. Seguimos otimistas com os avanços em relação a legalização da cannabis nos EUA e a perspectiva do setor. Aguardamos a maturação de nossa tese de que as empresas canadenses irão enfrentar certa dificuldade para entrar no mercado americano e por isso, não promovemos nenhum ajuste em nossa carteira.

Já o Cannabis Ativo rendeu –6,39% em seu quinto mês com a carteira 100% exposta ao setor. No ano, o fundo rende -16,79%, porém devemos lembrar que antes do dia 21/05 o fundo mantinha 80% de alocação em LFTs. Atualmente o fundo está com uma alocação de 80% em dois ETFs do setor e 20% investidos no fundo CBD, com 100% de exposição cambial e disponível para o público geral.

Outubro definitivamente marcou o retorno do ciclo de alta dos criptoativos. A expectativa da aprovação e o início das negociações do primeiro ETF de Bitcoin nos EUA trouxe o otimismo de volta aos investidores, criando o cenário perfeito para o Bitcoin renovar a máxima histórica que perdurava desde abril. A alta que se iniciou no Bitcoin também fluiu para os demais criptoativos, com a capitalização total do mercado ultrapassando a máxima histórica registrada em maio. Diante desse cenário, optamos por diminuir nossa posição em Bitcoin, reforçando-a em Ethereum e adicionando dois novos ativos no portfólio, sendo DYDX um representante da classe de finanças descentralizadas, e SOL do segmento de contratos inteligentes. Dessa forma, o Vitreo Criptomoedas encerrou o mês de outubro com uma performance de 43,75%, totalizando uma alta de 170,32% no ano. Volto a lembrar que o BTC ainda representa a parcela dominante na composição da carteira, mas que dinamicamente também é turbinada com diferentes Altcoins, tais como Ethereum (ETH) e Chainlink (LINK).

Outubro também foi um mês excepcional para o Cripto Metals Blend, com a performance dos metais seguindo na mesma direção dos criptoativos, proporcionando uma alta de 13,21% no mês e acumulando 25,38% no ano. O fundo conta alocação nas Criptomoedas que representa 20% de sua alocação, e com 80% diversificado em metais como Ouro, Prata, Urânio e Cobre, que também tiveram um mês negativo.

O segmento de finanças descentralizadas também se beneficiou da retomada do ciclo de alta dos criptoativos. Além disso, a aprovação do ETF nos EUA coloca panos quentes na apreensão que existia quanto a um embate regulatório das autoridades americanas com essa classe de criptoativos. Durante o mês, o ativo DYDX passou a fazer parte da nossa carteira, contribuindo para a performance de 14,88% do fundo Cripto DeFi no mês de outubro, ajudando a recuperar a queda acumulada de -27,62% desde a abertura do fundo, em abril.

Como essa retomada foi puxada principalmente pelo Bitcoin, a grande posição do ativo no Bitcoin DeFi contribuiu para a excelente performance de 35,78% no mês, com acumulado de 15,22% desde a abertura.

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Indexados

Vitreo Selic é o fundo ideal para reserva de emergência. Sempre com objetivo de trazer resultados acima do CDI por meio da diversificação da alocação em títulos públicos. Em outubro conseguimos bater novamente o benchmark, sendo o nosso fundo o mais rentável do mercado desde o início dentro de sua categoria. O fundo fechou o mês 117% do CDI.

Com a volatilidade da política brasileira e a desvalorização do real tivemos um mês positivo para o Vitreo Dólar, o fundo teve um retorno 3,17% no mês e segue um acumulado no ano de 8,88% positivo.

Vitreo Moedas Life, por sua vez, é um fundo que aposta na valorização da Libra, Iene, Franco-suíço e Euro frente ao Real. Como o Real se desvalorizou ainda mais frente às moedas mais fortes da economia mundial, o fundo rendeu 0,99% em outubro. No ano, o fundo entrega um retorno de 2,47%.

Vitreo Inflação Longa, fundo que concentra seus investimentos nas NTN-Bs, fechou negativo em -4,74% no mês de outubro. E aparece com um acumulado negativo de -12,62% em 2021.

A performance do Vitreo Ouro também foi afetada pelo dólar e em outubro o fundo rendeu 5,14%. O fundo que havia ficado com a rentabilidade anual negativa no mês passado, recuperou os rendimentos e no ano rende 1,11%. Neste momento em que o ouro se valoriza, ele segue sendo uma das mais importantes classes de ativos para proteger um portfólio com posições em Bolsa, dando tranquilidade para se navegar pelas águas turbulentas do Brasil.

O fundo Vitreo Prata teve um mês positivo, com ganhos de 11,90%. Isso em momentos de incertezas de mercado. O fundo conta com resultado negativo de -4,65% no ano de 2021.

Vitreo Urânio teve mais um mês extraordinário de retorno, rendendo 15,79% no período. O resultado foi influenciado principalmente pela alta internacional da commodity com as crises energéticas mundo afora, empurrado também pela alta geral em todas as commodities. Além disso, desde o início, o fundo rende 62,82%.

O fundo Vitreo Petróleo, que combina ações brasileiras e BDRs de empresas petrolíferas, ETFs no exterior e contratos futuros de petróleo, com uma alocação dinâmica, se mostrou um sucesso, num período em que o mundo passa por uma crise energética e os preços das commodities explodiram. Em outubro, o fundo teve uma excelente performance rendendo 8,05% e, no ano, a rentabilidade é de 27,78%.

O Fundo Vitreo Carbono, que completou seis meses em outubro, já estreia na lista com uma rentabilidade excepcional desde o início de 16,06% impulsionado pelo destaque que a pauta de neutralização de carbono tem tido. No mês o fundo rendeu -1,43%.

A família dos fundos de Bonds chegaram ao fim do mês de outubro. O Vitreo Bonds USD fechou o mês com resultado positivo de 2,54% puxado principalmente pelo avanço do Dólar frente ao Real nesse período. E conta com um retorno anual de 8,54%. Já as versões para investidor geral o Bonds BRL Light contou com um retorno de 0,07% no mês e 2,74% no ano e o Bonds Light contou com 2,91% no mês e 8,68% no ano

Exponencial (fundo que investe somente nas ações da XP Inc.) teve uma performance de -15,43% no mês. No ano, o fundo entrega uma rentabilidade de -10,24%. Já versão para investidores em geral, o Exponencial Light, rende -2,46% em outubro, e no ano acumula 2,15%.

AWP, veículo constituído em parceria com Itajubá e Gama Investimentos e que investe em cotas do fundo AllWeather Portfolio, o fundo do Ray Dalio da Bridgewater Associates, fechou o mês positivo com 4,81%. Conta com um acumulado de 17,38% em 2021.

RBR RE Global, fundo em parceria com a gestora RBR, é o primeiro fundo de REITs do Brasil oferecendo ao investidor a oportunidade de aplicar no setor imobiliário americano. O Fundo fechou o mês de outubro com retorno positivo de 5,64% e conta com retorno de 35,52% no ano de 2021.

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As informações apresentadas são de caráter meramente informativo, não constituindo e nem devendo ser interpretadas como análise, oferta ou recomendação de qualquer investimento, ou sugestão por parte da Vitreo. Os ativos apresentados podem não ser adequados para todos os investidores. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base nas suas característica e objetivos pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. Recomendamos que você conheça as características e riscos dos ativos e mercados antes de investir. Lembrando que retornos passados não garantem retornos futuros e não há nenhuma garantia de retorno. As rentabilidades apresentadas não são líquidas de impostos. A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo. Para consultar informações e riscos do seu investimento, acesse www.empiricusinvestimentos.com.br.

Um abraço,

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