Carta do Gestor
Janeiro e o Zeitgeist Moderno
Janeiro foi um mês de eventos únicos mundo afora que marcam o zeitgeist moderno. Nossos produtos, em geral resistiram bem às quedas ao longo do mês, em grande parte pelo nosso otimismo com empresas de tecnologia.
Essa é nossa Carta do Gestor. Nela, você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos. No final da carta, você encontra um vídeo com Jojo e Kiki discutindo a performance de nossos fundos no mês de janeiro.
Lembre-se que, por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de 6 meses de histórico.
Como foram os mercados em janeiro
Janeiro prometeu emendar a tendência positiva nos ativos domésticos e globais que marcou os meses de novembro e dezembro, e por aqui vimos inclusive o Ibovespa batendo novos recordes de alta. A alta, porém, não se manteve e os fechamentos das principais bolsas vieram com leve queda. Mas sem deixar que os detalhes se percam na onda de volatilidade, vimos uma mudança importante na bolsa local de reversão do Rotation Trade.
O Rotation Trade, como falamos em cartas passadas, foi um movimento de direcionamento do fluxo financeiro das empresas da nova economia (empresas com alto grau de desenvolvimento tecnológico) para as empresas da velha economia (essencialmente commodities e bancos). O primeiro mês do ano, portanto, devolveu às techs a liderança e vimos cases como Magazine Luiza (MGLU3), Méliuz (CASH3) e Inter (BIDI3) subirem com força.
Infelizmente nem tudo são flores e 2021 já nos lembrou das chagas da política brasileira. A politização da campanha de vacinação e os atritos entre governos federais e estaduais levaram a inúmeros desencontros que minaram a esperança de fim da pandemia no curto prazo.
No mercado global o mês começou eufórico, com destaque para o avanço das campanhas de vacinação contra Covid-19. Mas com os novos lockdowns e o aumento de volatilidade no mercado americano, as bolsas globais realizaram seus lucros e apresentaram leves quedas. A volatilidade na bolsa de Nova York foi impactada essencialmente pelos short squeezes de GameStop (GME), AMC (AMC) e outras ações (publicamos um vídeo bem bacana no Instagram feito pelo nosso diretor jurídico Guilherme Cooke explicando em detalhes a questão).
Destrinchando os resultados das bolsas mundiais: O S&P 500 fechou o mês com queda de -1,11%, o MSCI World (índice que mede a valorização das principais bolsas do mundo) teve realização de -1,05% e a bolsa Nasdaq surpreendeu com alta de 1,42%. Neste mesmo cenário o ouro (medido pelo contrato futuro da B3, OZ1D) subiu 2,33%.
Voltando aos números brasileiros: o índice Bovespa caiu –3,32%, na renda fixa a projeção o IPCA acumulou 0,28% e o IMA-B por sua vez teve queda de –0,85% no mês, ao mesmo tempo que o índice CDI-JGP (índice criado pela gestora JGP para acompanhar o crédito privado) retornou 0,58%.
Olhando para frente enxergamos com otimismo ativos de risco, a liquidez em excesso e taxas de juros baixas mundo afora direcionam os recursos a essas aplicações. No Brasil em especial soma-se uma bolsa ainda descontada frente as outras e vimos, pela primeira vez em anos, gestores renomados como Luis Stuhlberger e Rogério Xavier falando de forma positiva do mercado doméstico.
Como foram nossos fundos
Um abraço,
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