Carta do Gestor
Para cima, Ibov!
Agosto foi marcado pelo bom desempenho da bolsa brasileira em relação às globais, a valorização do dólar frente ao real e a desvalorização das criptomoedas.
Com isso, nossos fundos de ações locais tiveram bom desempenho, com destaque para o Tech Brasil e o Microcap Alert. Já entre as teses alternativas, o melhor desempenho do mês foi o do Urânio. Do outro lado, os fundos de criptomoedas e os com exposição ao dólar e bolsas globais tiverem resultados negativos.
Essa é nossa Carta do Gestor. Nela, você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos. Os fundos estão divididos por grupos. No início de cada seção você encontrará uma tabela com os resultados de todos os fundos.
Por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de 6 meses de histórico.
Como foram os mercados em agosto
O mês de agosto começou com o Banco Central elevando a Selic em 0,5% para 13,75%, seguindo o mesmo movimento do FED e do BC Europeu no final de julho. Em suas comunicações, o Copom ainda deixou aberto o caminho para um ajuste residual de mais uma alta de 0,25%.
No cenário local, o mês ainda começou com a notícia do recuo de 0,68% no IPCA, primeira vez que o índice de inflação apresenta valor negativo em dois anos. Além disso, o IPCA-15 veio com queda de 0,73% para agosto. O principal fator desses números foi a queda do preço do combustível.
Já no exterior, os dirigentes do Banco Central americano defenderam um discurso mais duro que o esperado em relação ao combate à inflação, o que contribuiu com o desempenho negativo das bolsas internacionais. Enquanto alguns membros do FED defendem juros até na casa dos 4%, o presidente Jerome Powell deixou aberta a porta para novo aumento de 0,75% e indicou que os juros altos irão afetar a economia do principal país no mundo.
Agosto também foi marcado pela visita Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos EUA, à Taiwan, aumentando as tensões com a China, que chegou a realizar exercícios militares próximos à ilha.
Apesar do cenário negativo no geral, o Ibovespa subiu 6,16% (4,48% no ano) e o índice de Small Caps 10,9% (-6,34%) no mês. Além disso, o real se valorizou 1,53% frente ao euro e se desvalorizou frente ao dólar em 0,46%. Nas bolsas globais, o S&P 500, o Nasdaq 100 e o MSCI World, todos em sua moeda original, tiveram desempenho de –4,24%, -5,22% e –4,33%, respectivamente. O Ouro se desvalorizou em -1,72%, enquanto Bitcoin e Etherium, ambos em dólar, caíram -15,77% e –10,06%, respectivamente.
Como foram os nossos fundos
Você já deve saber, mas não custa lembrar. Só podemos comentar sobre a performance dos fundos que têm mais de 6 meses de histórico.
Fundos de Fundos Multigestores | Família SuperPrevidência
O FoF SuperPrevidência e o FoF SuperPrevidência 2 apresentaram rentabilidades mensais de +2,85% e +2,84%, respectivamente, e no ano acumulam alta de +1,44% e +1,26%. A retomada dos ativos de bolsa local contribuiu para as posições diretas em fundos de renda variável e indireta realizada pelos gestores multimercados. Esse movimento foi mais acentuado nas Small Caps, como observado no ETF TRIG11, que se valorizou +10,74% no mês. Entre os ativos mais líquidos, a recuperação observada nos papeis de consumo cíclico beneficiou fundos como Moat Icatu Prev II FICFIA (+10,04%) e Pátria PIPE 100 Previdência Qualificado F2 FICFIM (+9,47%). Em crédito privado, o fluxo de captação é positivo para os fundos da classe e os mercados primário e secundário continuam aquecidos. Destaque para os fundos Capitânia Credprevidência Master FIRF CrPr (+2,08%) e Sparta Previdência FIFE D60 FIRF CrPR (+1,34%). Na parte internacional do portfólio, a valorização do dólar não compensou as perdas observadas nos ativos americanos. Em renda variável, as bolsas reagiram negativamente ao discurso altista de Jerome Powell no final do mês, impactando a posição em S&P500, que desvalorizou -3,78% no mês. Em renda fixa, o movimento de abertura da curva de juros americana foi o principal detrator da posição do fundo Pimco Income Dólar IE FIM, que desvalorizou -1,26%. Os criptoativos também foram detratores de desempenho ao longo do mês, com o preço dos papeis retraindo decorrente da aversão a risco após o discurso do presidente do FED.
O FoF Prev Conservador teve uma rentabilidade de +1% em agosto, um pouco abaixo dos +1,17% do CDI. No ano o fundo sobe +7,75%. A alocação em títulos de inflação curtos ficou praticamente no zero a zero, vide IMA-B 5, o que afetou o desempenho do fundo. Entre os ativos de crédito privado o grande destaque foi o fundo Capitânia CredPrevidência Master FIRF CrPr, que obteve um retorno de +2,08% no mês.
O FoF Prev Arrojado subiu +5,82%, enquanto o FoF SP Ações subiu +7,14% no mês de agosto, tracionados pelo bom desempenho da alocação destinada em Small Caps e fundos com posicionamento voltados para economia doméstica. No ano os fundos acumulam -3,31% e e -5,18% respectivamente. Além desses dois vetores, a parcela alocada no Vitreo Inflação Longa FIRF (3,37%), presente na versão Arrojada, também contribuiu positivamente para a performance da carteira. Os ativos investidos que representam os vetores citados acima são: SMAL11 (10,85%), Equitas Selection Institucional FICFIA (+10,62%) e Indie Icatu Previdência FICFIA (+10,44%). A parcela em fundos Long Biased teve como destaque o Safari Cem Prev FICFIM, que subiu +8,97% em decorrência principalmente das posições em varejo, como Assaí (ASAI3) e Grupo Mateus (GMAT3). Nenhum fundo investido registrou queda no período.
Fundos de Fundos Multigestores | Familia Melhores Fundos
O FoF Melhores Fundos se beneficiou da alta observada na parcela alocada em bolsa e fechou o mês com rentabilidade de +2,49%, acumulando +3,77% no ano. O processo de recuperação de empresas voltadas para economia doméstica, principalmente em setores como varejo, financeiro e imobiliário, beneficiou fundos como o Moat Capital FICFIA (+10,24%) e Pátria PIPE Feeder Institucional FICFIA (+9,53%). O cenário positivo repercutiu ainda mais sobre os papeis menos líquidos, as Small Caps, representado na carteira do FoF pela posição no fundo Trígono Flagship 60 FICFIA, com alta de+ 10,47% no mês. Os fundos multimercados de modo geral também conseguiram capturar resultados positivos das posições em bolsa, diferente das estratégias de juros, que apresentou atribuições mistas de performance para cada fundo investido. O grande destaque foi o Ibiuna Hedge STH FICFIM (+3,70%), por ter tido atribuições positivas de grande parte das estratégias, principalmente derivado das posições tomadas em curvas de países desenvolvidos. Em relação a renda fixa, contribuições positivas tanto das NTN-Bs longas, representado pelo fundo Vitreo Inflação Longa FIRF (+3,37%), quanto dos fundos de crédito privado. O grande destaque dentre os ativos de crédito foi o JGP Select FICFIM CrPr, com alta de+ 1,64%. A parcela destinada para criptoativos foi a que mais sofreu desvalorização, por uma combinação de fatores macro e microeconômicos. Pelo lado macro, a sinalização feita por Jerome Powell impactou o preço dos ativos. Do lado micro, apesar dos avanços em torno do the merge, como comentado na carta anterior, foi um mês conturbado em termos de segurança para o sistema como um todo, onde ocorreram alguns ataques hackers principalmente em protocolos de DeFi, que tem posicionamento na carteira por meio do DEFI11, o qual sofreu desvalorização de -21,41% no mês.
O FoF MF Ações, fechou o mês com alta de 5,70%, mas abaixo do índice Ibovespa, que apresentou alta de +6,16%. No ano acumula queda de –4,58%. As ações relacionadas a economia doméstica foram beneficiadas frente a um quadro de inflação recuando, contribuindo para o bom desempenho de fundos como Equitas Selection FICFIA (11,57%) e Moat Capital FICFIA (+10,24%). O time da Forpus também foi um grande destaque, com rentabilidade de +10,28% no mês decorrente de posições no setor financeiro e Utilidade Pública. Do lado negativo, o IP Participações IPG FICFIA BDR Nível I encerrou o período com queda de -0,37%. Apesar de um começo de mês relativamente positivo, as bolsas americanas reagiram no final do mês com o discurso de Jerome Powell sobre política monetária.
O FoF MF Multimercados fechou o mês em alta de +1,68% e acumula +11,62% no ano (CDI+3,89%). Do lado negativo, apenas o Vista Hedge FICFIM (-0,11%) e o Canvas Vector FICFIM (-0,33%) apresentaram resultados negativos. No caso do fundo da Canvas, além do desempenho negativo das posições em Juros de países desenvolvidos, as estratégias de crédito, volatilidade e renda variável tiveram acionamento das medidas de stoploss. Do lado positivo, a parcela em juros e bolsa local dos fundos alocados foram os grandes destaques. Enquanto o Ibiuna Hedge STH FICFIM (+3,70%) registrou os maiores ganhos nas posições tomadas em juros, decorrente da leitura de que será necessário um esforço adicional para reduzir a inflação, o RPS Total Return FICFIM (+4,22%) capturou ganhos em bolsa local, tanto no book top-down, quanto no alpha Brasil, se expondo a setores defensivos e cíclicos, como Hapvida, Vibra, Somma e Banco do Brasil.
O FoF MF Retorno Absoluto registrou alta de 2,63% em agosto, com grandes contribuições dos fundos Long Biased, como Navi Fender FICFIM (+8,93%) e VTR Miles Acer Long Biased FICI’FIM (+7,81%). Ambas as gestoras vêm demonstrando um perfil bem ativo de gestão, e no último mês reduziram à exposição líquida dos seus respectivos fundos. Os papeis de destaque contidos em ambos os portfólios são grupo Soma (SOMA3) e Petrobras (PETR4). Em contrapartida, apenas o Vista Multiestratégia FICFIM ficou com retorno negativo, com perda de -2,31%. No ano apresenta alta de +17,38%.
O FoF MF Novas Ideias, foi o destaque da família, fechando o mês com alta de +3,11%. No ano o fundo acumula +6,81%. Os fundos Long Biased presentes na carteira se beneficiaram tanto na ponta comprada, quanto na ponta vendida. Das posições compradas, o Encore Long Biased FICFIM (+8,75%) tem mantido o posicionamento em petróleo e outros nomes como Totvs (TOTS3) e Mercado Livre (MELI34). Já o time de gestão da Alpha Key Ações FICFIA (+12,50%) capturou ganhos de posições como Hapvida (HAPV3), Soma (SOMA3) e BTG Pactual (BPAC11). Os books shorts de ambos os fundos citados se beneficiaram das correções no mercado americano, e contribuíram positivamente para o desempenho acima das respectivas versões Long Only das gestoras. Já em multimercados, o grande destaque do mês foi o Mar Absoluto FICFIM (+6,06%), com ganhos relevantes das posições tomadas em juros curtos nos EUA e da posição comprada em Petroreconcavo (RECV3).
O FoF MF Global sofreu no mês de agosto e fechou com queda de -1,47% e acumula no ano -20,16%. As perdas foram distribuídas entre todas as classes de ativos, refletindo uma visão mais pessimista sobre o cenário global. Nesse sentido, apesar de criptoativos registrar a maior queda, os Hedge Funds e os fundos de crédito High Grade foram os maios detratores de desempenho, com destaques negativos para os fundos Vitreo AWP FIM (-7,27% em dólar) e Pimco Global Investment Grade Credit ESG (-3,03% em dólar). As menores quedas foram derivadas das posições em commodities e em renda variável global.
O FoF MF Global Equities amargou uma perda de -0,65% no mês e acumula uma perda de -32,16% no ano. Apesar de uma primeira quinzena favorável para os fundos do portfólio que investem em ativos de bolsa americano, o restante do mês registrou desvalorização e foi acentuado pelo discurso hawkish do presidente do FED, Jerome Powell, que impactou fortemente as curvas de juros futuras. O fundo Morgan Stanley US Advantage Fund seguiu a mesma tendência de desvalorização, mas conseguiu encerrar o mês com alta de +5,86% em dólares. As alocações em fundos voltados ao mercado europeu também sofreram perdas, com destaque negativo para o MAN GLG Pan-European, que desvalorizou -9,24% em dólar. Por outro lado, o mercado asiático foi na direção oposta e os fundos tiveram desempenhos positivos, como observado pela posição no Schroder ISF Japanese, que rendeu 1,65% em dólar.
O FoF Melhores Fundos Blend obteve ganhos na posição local e fechou o mês em alta de +1,89%, e acumula alta de +0,39% no ano.
O FoF ESG Carbono Neutro apresentou recuperação pelo segundo mês consecutivo, proveniente da melhora da bolsa local. Em agosto a alta foi de +5,20%, enquanto no ano acumula perda de –7,01%, impactado negativamente pela parcela voltada para alocação no exterior, representados pelos fundos Schroder Sustentabilidade Ações Globais IE FICFIA (-3,57%) e Vitreo Franklin W-ESG FIA BDR Nível I (-2,58%). No ambiente local, destaque para o fundo Indie 2 FICFIA (+10,09%) que obteve ganhos dos setores de consumo e serviços financeiros.
Multiestratégias
O Carteira Universa teve rentabilidade de +4,38% no mês de agosto, mas ainda acumula queda de –7,86% no ano. A carteira do fundo hoje está composta por 51% em Renda fixa, 37,5% em Ações brasileiras com posições estratégicas, -14% pelo book de “Ideias”, que é composto, em sua maior parte, por posições vendidas no S&P 500 e em ações locais, de caráter mais tático, além de 13% em Moedas, 6,6% pelo book de “Proventos”, composto por Fundos Imobiliários, 4,9% em Metais e 1% em ações no mercado internacional. O grande destaque positivo para o mês foi o book de Ações, que subiu +9,22% e contribuiu com +3,50% para a performance do fundo, tendo nas ações de Guararapes (GUAR3), +23,32%, Oncoclínicas (ONCO3), +16,26%, e Banco BTG Pactual (BPAC11), +12,96%, as principais colaborações. Do lado negativo nenhum book teve grande relevância, sendo a posição em Moedas, com –0,14% de impacto na cota, a maior delas. As alterações no período se deram pela zeragem da posição do ETF Vanguard Energy (VDE US), do book de ações Internacionais, e a montagem da posição de BR Partners (BRBI11), no book de Ações locais.
O Carteira Universa Prev rendeu +3,93% em agosto, e no acumulado do ano ainda cai –5,95%. A performance inferior ao fundo principal se deu pela ausência, em sua carteira, da posição vendida em S&P, que caiu –4,24%, em dólares, no período, representa 10% do PL (no Carteira Universa), e compõe o book de Ideias. No fundo prev, foram feitas as mesmas alterações do Carteira Universa.
O PRP fechou o mês de agosto com alta de +4,99%. No ano o fundo ainda acumula queda de –6,55%. No mês de junho foi comunicada a descontinuação do relatório do PRP e a migração deste para o Carteira Empiricus. Em consequência disso, será incorporado pelo Fundo Carteira Universa, que é inspirado nas recomendações da Carteira Empiricus. Este movimento está previsto para ocorrer no dia 06/10. Desde então, o fundo passa pela adequação de sua carteira ao novo relatório. Adequação esta que foi completada, no mês de agosto.
O Renda Extra em agosto ganhou em todos seus books e subiu +4,15%. No ano o fundo rende +6,41%. O principal book da carteira foi o de ações, impulsionado pelas altas de Banco do Brasil (BBAS3) e Direcional Engenharia (DIRR3) que subiram +15,90% e +9,37%, respectivamente. Vale mencionar que no último dia do mês substituímos Sanepar (SAPR3) por Eletrobras (ELET3) na carteira, a mudança visa manter nossa exposição ao setor de utilities mas reduzir o risco específico da companhia, uma vez que vemos dificuldades na privatização da Sanepar que já foram solucionadas na Eletrobras.
O Money Rider Hedge Fund registrou perdas em agosto de -3,53%. No ano o fundo cai –19,40%. O mês de agosto fechou de forma bastante diferente do seu começo. No dia 31, os índices S&P 500 e o Nasdaq-100 mostravam perdas de +4,24% e +5,22% em dólares, respectivamente. O ponto nevrálgico que provocou a derrocada dos índices foi o discurso duro de Jerome Powell no encontro de Jackson Hole. Com exceção do setor de energia, todos os demais apresentaram retornos negativos durante esse período. A forte deterioração do segmento de Growth dentro do book de ações foi o principal responsável pelo retorno negativo. Em seguida vieram os books de Real Assets e Renda. Na ponta positiva, ficaram os books táticos por conta das posições vendidas. Olhando os ativos individualmente os piores resultados foram de Nvidia (NVDA) e ASML (ASML) que caíram -17,15% e –14,95%, respectivamente.
O Universa Rider Blend teve um retorno de +2,10% em agosto, acumulando no ano -10,81%.
O AWP, fechou o mês com uma rentabilidade negativa de -7,70% e acumula queda -26,56% no ano. A gestora vê um cenário global bastante desafiador e tem realizado alocações de forma tática.
O Essencial Moderado encerrou o mês com uma alta de +2,95% e –4,58% no acumulado do ano. No geral, a carteira apresentou rentabilidade positiva para praticamente todas as classes com destaque para o fundo Vitreo Inflação longa (3,37%) e para o fundo Vitreo Canabidiol (+15,47%), no lado negativo o maior detrator de performance foi o Vitreo Criptomoedas com -9,76% e o MAM com -3,76%.
Renda Variável | Local
O Oportunidades de Uma Vida encerrou o mês de agosto com alta de +8,41%, enquanto seu índice de referência, o Ibovespa, subiu +6,16%. No ano o fundo zerou a queda e rende +0,01%. Dentre os destaques positivos estão empresas voltadas ao segmento de varejo, como Guararapes Confecções (GUAR3), que subiu +23,32% no mês, e Lojas Quero Quero (LJQQ3), +11,02%, além de Banco do Brasil (BBAS3), +18,14%. Entre as poucas ações que performaram negativamente na carteira está Vale (VALE3), que caiu –2,79% no período e está entre as maiores posições da carteira, com 8,50% do PL.
O Microcap Alert teve um mês positivo em agosto, com alta de +10,34%, muito próximo ao Índice de Small Caps, que rendeu +10,90%. No acumulado do ano o fundo ainda está com –14,33%. Neste período de retomada das Bolsas as empresas deste segmento acabam se valorizando mais do que a média do mercado, por conta das melhoras nas expectativas em relação ao crescimento. Os destaques positivos de rentabilidade ficaram por conta de Três Tentos Agroindustrial (TTEN3), que subiu +18,85% no mês, Banco ABC (ABCB4), +12,54%, e Dimed Distribuidora de Medicamentos (PNVL3), +12,57%. Enquanto o único ativo que compõe a carteira que teve performance negativa no mês foi a ação de Ambipar (AMBP3), com –1,37% no período.
O Special Situations fechou o mês de agosto com retorno positivo de +8,80%, enquanto seu índice de referência, o Índice Bovespa, ficou com +6,16%. No ano o fundo está negativo em –6,30%. O fundo será incorporado pelo Microcap Alert, que segue o relatório de mesmo nome. Sendo assim, a carteira deste fundo está sendo adequada a este relatório. Esta adaptação acabou por ser um pouco mais morosa por conta da liquidez dos papéis que o compõem.
O MAB fechou o mês de agosto com performance positiva de +6,19%, enquanto o Índice Bovespa teve rentabilidade de +6,16%. No ano o fundo ainda acumula rentabilidade negativa de –6,45%. Os destaques de rentabilidade foram Petrobrás (PETR4), que subiu +19,50% no mês, e BTG Pactual (BPAC11), +12,96. Por outro lado, a única ação da carteira com desempenho negativo foi Vale (VALE3), com –2,79% no período. As alterações ficaram por conta da redução da posição em Vale (VALE3) para a abertura da posição de Iguatemi (IGTI11).
O Dividendos teve uma performance positiva no mês de agosto, com +3,97%, acumulando +11,09% no ano, enquanto o Índice Bovespa teve rentabilidade de +6,16% e +4,48% nestes períodos. A maior contribuição positiva veio das ações de Banco do Brasil (BBAS3), com +18,14% no mês. Outras ações que tiveram impacto positivo importante foram Cyrela (CYRE3) e Itaú Unibanco (ITUB4), que subiram +12,11% e +9,27% no mês, respectivamente. Somente 2 ações da carteira tiveram rentabilidade negativa no período, são elas: Telefônica (VIVT3), -7,76%, e Vale (VALE3), -2,79%. Houve uma movimentação na carteira, que foi a saída das ações de Sanepar (SAPR11) para entrada de Eletrobras (ELET3).
O Long Biased teve uma performance positiva em agosto, com +3,10%. Com isso o fundo passa a ter uma rentabilidade positiva no acumulado do ano, com +2,93%. Os grandes destaques positivos ficaram por conta de Grupo Soma (SOMA3), que subiu +33,04% no mês, e Lojas Marisa (AMAR3), com +15,53%. Do lado negativo, o maior impacto veio de Odontoprev (ODPV3), que caiu –9,28% no período. As alterações feitas na carteira foram a compra de ações da Sabesp (SBSP3), a zeragem da posição de Qualicorp (QUAL3), além da abertura da posição vendida no Índice Bovespa (BOVA11).
O Deep Value fechou o mês de agosto com performance de +2,28%. Com isso a rentabilidade acumulada no ano passou a ser positiva, de +0,23%. O fundo tem como objetivo de investimento as empresas de valor que negociam com múltiplos descontados, buscando forte retorno da economia tradicional. Os destaques positivos ficaram com ações do setor financeiro, que foi destaque na bolsa este mês, tendo em Bradesco, +8,90%, e Itaú Unibanco, +10,60, as maiores contribuições. Já do lado negativo, ficaram as ações de Suzano (SUZB3), com –8,35%, e JBS (JBSS3), com –7,36%.
O Vitreo Ibovespa Index fechou o mês de agosto com uma rentabilidade positiva de +6,14% e no ano acumula alta de +5,07%. Em um mês em que a bolsa brasileira se descolou dos principais mercados do mundo e teve rentabilidade positiva (for the record: S&P –4,23%, EURO STOXX –6,60%, FTSE 100 –6,25%, Shanghai 300 –4,25%, todos convertidos para o Real brasileiro), 67% das ações que compõem o índice tiveram performance positiva. Os destaques ficaram por conta das blue chips, com as ações de Petrobras (PETR4 e PETR3), assim como no mês passado, tendo a maior contribuição. Seguem-na as ações dos bancos Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4). Do outro lado, o destaque negativo fica para o setor de commodities, com Vale (VALE3) liderando, seguida por JBS (JBSS3), Suzano (SUZB3), Braskem (BRKM5) e Telefônica (VIVT3).
Renda Variável | Exterior
O MAM em agosto teve rentabilidade muita próxima de seu primo mais velho, o Money Rider Hedge Fund, e caiu -3,76%. No ano o fundo acumula queda de –25,35%. As razões da queda são as mesmas de seu primo, assim como os ativos que mais impactaram o fundo no mês: Nvidia (NVDA) e ASML (ASML) que caíram -17,15% e –14,95%, respectivamente. Vale mencionar que logo no início de setembro o Money Rider 4ALL será incorporado no MAM, que passará a se chamar MRHF Ações Dinâmico.
O WB90, fechou o mês com queda de –1,19%, tivemos desempenho acima do índice S&P 500, que caiu –4,11% em Reais, e ganhando da própria ação da Berkshire Hathaway (BRK/B), que caiu –6,58% em Reais. O fundo acumula um resultado no ano de –14,86% contra S&P 500 de –22,14% e ação da Berkshire Hathaway (BRK/B) de -12,52%, todos em reais.Nesse mês fizemos algumas alterações no portfólio, dentre elas zeramos a posição em Kroger (K1RC34), empresa que opera em supermercados e lojas de departamentos nos EUA, e adicionamos no portfólio Ally Financial, que é a parte financeira da General Motors pertencendo tanto à GM quanto ao fundo controlador da Chrysler. Os destaques de queda foram Hewlett-Packard (HPQB34), RH (RH) e Berkshire Hathaway (BERK34), caindo respectivamente, -12,70%, -8,41% e –6,07%, em reais. Os destaques de alta foram Snowflake (S2NW34), Mitsubishi Corp (8058 JP) e Occidental Petroleum (OXYP34), subindo, respectivamente, 23,31%, 11,12% e 10,43%, em Reais.
O Franklin W-ESG também foi impactado pela queda generalizada das ações ao redor do mundo e caiu –2,58%. No ano, o fundo ainda cai –25,42%. Dentro da carteira do fundo as principais baixas foram de Nvidia (NVDA) e HP Company (HP), que caíram -17,15% e –14,78%, respectivamente.
O Emerging Markets fechou o mês com alta de +3,76%. No ano, o fundo acumula queda de –15,68%. Os ativos da carteira que mais subiram em agosto foram Magazine Luiza (MGLU3) e a chinesa Pinduoduo (P1DD34), que valorizaram 56,99% e 49,03%, respectivamente. Aqui cabe a visão que talvez o Brasil seja a única alternativa de investimento dentre os países emergentes, neste momento. Enquanto China, Rússia, Argentina e África do Sul sofrem com inflação e questões geopolíticas específicas, o Brasil já apresenta queda na inflação e uma Bolsa bastante descontada, tornando o cenário ideal para o direcionamento do fluxo de capital estrangeiro.
O Exponencial caiu –8,28% em agosto, a queda seguiu a divulgação dos resultados da XP logo no início do mês. O movimento reflete o crescente mau humor do mercado com empresas de growth, penalizando duramente resultados abaixo do esperado. No ano o fundo cai -36,07%. O Exponencial Light rendeu –0,46% em agosto e no ano cai –0,56%.
Temáticos | Tech
O mês de agosto trouxe forte correção para o setor Tech lá fora e o Nasdaq Composite (índice bastante concentrado em empresas americanas de tecnologia) fechou na mínima, com queda de –5,22% em dólares. O movimento sucedeu a alta surpreendente de julho, mês em que o Nasdaq Composite subiu +12,55% em dólares, e é fruto da preocupação do mercado com o impacto da alta nas taxas de juros nas empresas, sobretudo as de crescimento (como são a maioria das Techs). Dentre os destaques das manchetes no mês tivemos os crescentes dados de inflação na Europa e os discursos de Jeremy Powell e alguns outros membros do FED sinalizando uma postura mais dura na contenção da inflação americana.
O Tech Select seguiu o mercado americano e caiu –4,69% em agosto. No ano o fundo acumula queda de –34,74%. O resultado, apesar de negativo, supera o Nasdaq Composite e mostra nosso acerto em concentrar a carteira em empresas mais lucrativas e estabelecidas. Olhando para a carteira, os principais impactos vieram das ações de Nvidia (NVDA) e Teladoc (TDOC) que caíram -17,15% e –15,86%, respectivamente.
O Tech Brasil, ao contrário do setor de tecnologia ao redor do mundo, aproveitou o bom momento do mercado de ações brasileiro e, após um primeiro semestre com performance ruim, tem, pelo segundo mês consecutivo, uma rentabilidade destacada, de +15,61% em agosto (+14,88% em julho), quase três vezes a rentabilidade do Índice Bovespa (+6,16%). Entretanto, no ano, o fundo ainda acumula –30,31%. O ativo que mais contribuiu para a performance foi Positivo (POSI3), que subiu +73,18% no mês, sendo está uma das maiores posições do fundo, com 9% do PL. Além dela, tivemos Magazine Luiza, +65,50%, e o ETF BTG Pactual Tech Brasil (TECB11), +10,73%, que é a maior posição, com 11,25% do PL.
O Tech Asia teve um mês mais tranquilo com o leve respiro na bolsa chinesa, subindo +1,41% em agosto. No ano, o fundo acumula –29,17% de queda. Contudo, como explicarei melhor adiante no texto introdutório de commodities (Temáticos | Commodities), as incertezas com o país ainda são bem relevantes e devemos ter notícias importantes nos próximos meses. As principais altas nas carteiras foram de Tencent (700) e JD.com (JD) que subiram +9,62% e +7,18%, respectivamente.
O Tech Games teve um comportamento bem semelhante ao do Tech Select. O fundo rendeu -4,57% em agosto, impactado pelas quedas de Turtle Beach Systems (HEAR) de –26,37% e Sea Limited (SE) de –20,05%. No ano, o fundo acumula queda de –36,57%.
O Blockchain Ações fechou agosto com rentabilidade de –4,29%, o resultado também não traz grandes novidades e está em linha com o mercado. No ano, o fundo acumula um resultado de –41,98%. Vale mencionar que neste mês o portfólio de cripto impactou pouco a carteira. Os destaques negativos da carteira foram Nvidia (NVDA) e MicroStrategy (M2ST34) que caíram -17,15% e –16,22%.
O Biotech em agosto caiu –2,90%. No ano, o fundo acumula queda de –22,15%. Aqui também enxergo um movimento em linha com as quedas de ações de crescimento que falei nos últimos parágrafos. Em nossa carteira, as posições que mais chamam atenção são as de Horizon Therapeutics (HZPN) que caiu –27,52% e Exact Sciences (EXAS) que caiu –27,78%.
O MoneyBets caiu –2,66% em agosto. No ano o fundo cai – 35,41%. A queda bem abaixo do Nadaq foi um resultado importante para a carteira, que por apostar em teses disruptivas tende a sofrer mais em momentos de estresse generalizados, contudo este mês os resultados excepcionais de três empresas ajudaram a carteira. As empresas em questão são: Firstsolar (FSLR) que subiu 28,68%, Tripadvisor (TRIP) que subiu +26,26% e Novacure (NVCR) que subiu +19,45%.
O Metaverso caiu –6,87% em agosto. No ano o fundo cai –52,17%. O resultado engloba, além dos problemas com ações tech que falei anteriormente, a performance extremamente negativa das criptomoedas no mês. Dentro do nosso investimento em criptomoedas as que mais impactara a carteira foram Sandbox (SAND) e Decentraland (MANA), que caíram -26,51% e –20,99%, respectivamente.
O FoF Tech encerrou o mês de agosto com uma rentabilidade levemente positiva de 1,02%, acumulando queda de –33,06% no ano. O grande destaque positivo foi para o Vitreo Tech Brasil (15,61%), que acabou acompanhando a alta dos ativos de risco brasileiros e teve o seu segundo mês consecutivo de recuperação. Já no lado negativo, encontram-se os fundos Vitreo Metaverso Ações FIA BDR Nível I (-6,87%), Vitreo Tech Select FIA BDR Nível I (-4,69%) e Vitreo Tech Games FIA BDR Nível I (-4,57%).
Temáticos | Cannabis
O Canabidiol teve mais um mês excepcional e fechou agosto subindo +15,47%. No ano o fundo cai –51,95%. O resultado reflete a expectativa de liberação no mercado americano que cresceu bastante nos últimos dois meses. A legalização nos EUA é um movimento importantíssimo para nossa carteira que é altamente concentrada no país, além disso nos beneficiamos também pela escolha de empresas que tem caixa para se manter operando por um tempo maior, reduzindo a necessidade de crédito em um momento de alta de juros como o atual. As ações que mais se destacaram na carteira durante o mês foram as de Canopy Growth (CGC) e Green Thumb Industries (GTBIF) que subiram +45,99% e +46,30%, respectivamente.
O Cannabis Ativo (versão para público geral) encerrou o mês de agosto com rentabilidade +3,93% e acumula –54,07% no ano.
Temáticos | Cripto
Quando pensamos que o mês de julho nos deu uma esperança de que o mercado de criptoativos poderia reagir até o final desse ano, vem agosto e nos faz enxergar novamente a realidade. Finalizamos o mês sob impacto das declarações de Powell indicando que a autoridade monetária norte-americana prepara novas medidas para reduzir a inflação nos Estados Unidos e que o ciclo de aumentos dos juros ainda não terminou, o que impactou diretamente os preços dos criptoativos. Olhando para o curto prazo, acreditamos que pode haver mais quedas pela frente, uma vez que as questões macroeconômicas ainda pressionam o mercado para ativos de risco, como um todo, e jogam contra, principalmente, o mercado de criptoativos. Resta a questão de quanto o mercado já precificou o que vem pela frente e quanto os ativos de risco já estão descontados.
O Criptomoedas, nossa carteira principal, encerrou agosto com -9,76%, e acumula queda de -61,43% no ano. Por sua vez, o Coin Cripto (versão para público geral) fechou com rentabilidade de -10,81% e um acumulado -57,89% no ano. A queda foi muito mais influenciada pelas questões macroeconômicas que ainda pressionam contra os ativos de risco, e principalmente para o mercado de criptoativos. O Bitcoin (BTC) chegou a desvalorizar aproximadamente -14% no mês e percorreu a casa dos US$ 19.616, e ainda apresenta uma rentabilidade acumulada no ano de -57%. Por sua vez, o Ether (ETH) desvalorizou aproximadamente -6% e percorreu a casa dos US$ 1.430, e conta com um acumulado de -57% de rentabilidade no ano. Todavia, agosto foi um mês muito ativo onde incluímos quatro novos ativos em nossa carteira principal: Optimism (OP), Uniswap (UNI), Lido DAO (LDO) e Curve DAO (CRV), visto que o The Merge, atualização na rede Ethereum, está se aproximando e acreditamos que esses ativos podem se beneficiar diretamente com o sucesso dessa atualização.
O Cripto Metals Blend encerrou o mês com queda de -4,71% e acumula queda de -25%, no ano. Setembro não foi um bom mês para o setor de criptoativos e para piorar, também não foi bom para commodities, que não conseguiram compensar a queda da alocação em criptomoedas (-9,88%). A parcela em Ouro desvalorizou -8,42% e a em Prata desvalorizou -12,12%. Parte da rentabilidade do fundo pode ser creditada ao impacto cambial, que além de afetar as criptomoedas, impactou todos os preços de commodities.
O Cripto DeFi fechou setembro com performance de -18,47% e um acumulado de -67,85% no ano. O Coin DeFi (versão para público geral), desvalorizou -21,69% no mês, e ainda cai –62,56% no ano. Destaque negativo para DYDX (DYDX) desvalorizou 34,67%, tendo em vista a polêmica dentro das sanções impostas pelo tesouro americano contra a Tornado CASH. Além disso, também podemos destacar negativamente Maker (MKR) que desvalorizou -26% uma vez que a comunidade está dividida em relação a integração de ativos reais dentro desse protocolo.
O Cripto NFT desvalorizou -12,69% no mês e acumula queda de -78,73% no ano. O Coin NFT (versão para o público geral) encerrou o mês com -11,24% e ainda acumula queda de -71,47% no ano. O único ativo com performance positiva no mês foi o token Flow (FLOW) (5%) com a divulgação do META que vai integrar a blockchain de Flow para distribuir seus NFTs dentro das redes. O mercado de NFTs ainda está em desenvolvimento e é muito embrionário, o volume da negociação de NFTs ainda está aquém do final do ano passado onde vimos uma adoção muito grande. Nesse momento é um mercado que perde um pouco de foco por questões de adoção e volume e a valorização/desvalorização desses ativos se explica muito mais pela correlação com o movimento de preço do Bitcoin.
O Cripto Smart encerrou o mês com baixa de -7,24% e acumula queda de -74,42% no ano. Por sua vez, o Coin Smart (versão para o público geral) desvalorizou 11,47% e ainda cai –62,10% no ano. O destaque negativo do mês é Solana (SOL) com rentabilidade de -26%, uma vez que uma wallet da rede Solana, por falhas de programações, expos a carteira de usuários e alguns fundos desses usuários foram drenados e apesar de não ser um erro com a rede Solana em si, acaba tendo uma correlação significativa e impactando diretamente o preço do ativo. Por sua vez, o destaque positivo do mês vai para Cosmos (ATOM) com rentabilidade de 13,51%, visto que o protocolo de DeFi para derivativos DYDX (DYDX) deixou de utilizar a tecnologia da Ethereum (ETH) em seu protocolo e adotou a tecnologia da Cosmos (ATOM).
Temáticos | Commodities
Agosto foi um mês mais calmo para o mercado de commodities em geral, o que não significa que o mercado esteja tranquilo com o setor que continua cercado de dúvidas, principalmente em relação a política e economia chinesa. Sobre China, as maiores preocupações são as políticas restritivas de Covid-19, que o Governo do país não deixa transparecer maiores detalhes sobre seu plano, e a reeleição de Xi Jinping que ocorrerá em outubro, aqui a grande questão é se após eleito o Presidente terá postura mais ou menos expansionista. Entre as incertezas sobre o crescimento global, os metais foram destaque novamente e o índice S&P GSCI Industrials Metals caiu –3,14% no período.
O Vitreo Ouro terminou agosto com queda de -2,88%, se comportando em linha com outros metais. No ano o fundo cai –14,18%.
O Vitreo Prata fechou agosto com –11,27% de queda. No ano o fundo acumula -30,04%. O resultado está em linha com o movimento de desvalorização de metais industriais que descrevi no texto introdutório.
O Vitreo Cobre fechou agosto com queda de –2,78%. No ano, o fundo acumula queda de –26,53%. Os preços do metal também não mostram grandes novidades e fazem parte do movimento do setor.
O Vitreo Urânio rendeu +8,07% em agosto. No acumulado do ano, o fundo apresenta uma rentabilidade de –6,22%. Aqui a principal notícia foi a declaração do Japão de que vai reativar antigas usinas nucleares, superando o acidente de Fukushima e contribuindo para a tese de urânio.
O fundo Vitreo Petróleo apresentou alta de +2,48%, ainda que os preços da commodity tenha tido mais um mês de queda em dólar, como visto nos preços do WTI e do Brent. Os principais fatores continuam sendo as preocupações sobre uma possível recessão global, o que ocasiona em um impacto na demanda, e a possibilidade de o petróleo Iraniano retornar ao mercado, caso os EUA decidam retirar as sanções impostas, o que aumenta a oferta do produto. Nos últimos dias de agosto o mercado reagiu aos sinais de que a OPEP poderia reduzir a oferta de petróleo em sua próxima reunião, como uma forma de compensar o retorno do Irã ao mercado. Apesar da desvalorização da alocação em futuro de petróleo, os papeis de empresas se valorizaram, com destaque para Conoco Phillips (COPH34) e Petrobrás (PETR4) que valorizaram cerca de 17% em reais.
O Vitreo Carbono subiu +0,24% em agosto. A liquidez reduzida dos futuros de crédito de carbono ainda afeta bastante a volatilidade destes ativos, algo que deve mudar com a atenção cada vez maior do mercado para a pauta, e que consequentemente deve estabilizar os preços. No ano, o fundo apresenta um retorno de -16,16%.
O Vitreo Energia Limpa subiu +3,77% em agosto. O resultado confirma o nosso otimismo com as fontes de energia limpa e a busca por elas cada vez mais em alta, como visto no Urânio. Os destaques ficam para Plug Power (PLUG) que subiu +33% e para a First Solar (FSLR) que subiu 28% em agosto. No ano o fundo acumula o resultado de – 2,91%.
O Vitreo Água encerrou agosto com uma queda de –5,41%. A performance do fundo andou em linha com o desempenho ruim da bolsa americana no mês. Os destaques negativos ficam para Aalberts NV (ALLB) que caiu 12% e para a Tetra Tech (TTEK) que caiu 11%. No ano, o fundo acumula queda de -26,07%.
O Vitreo Agro fechou agosto com +3,08%. No ano o fundo acumula +3,90%. Novamente mantemos uma parte maior de equities no fundo o que mostrou ser uma decisão correta. Uma vez que as empresas apresentaram bons resultados no 2º semestre e não mostram nenhum sinal de parar tão cedo. Os destaques ficaram para Boa Safra (SOJA3) que rendeu +22% e para a Três Tentos (TTEN3) que rendeu +19%.
O FoF Commodities encerrou o mês com uma leve alta de +1,46% no mês de agosto. No ano acumula alta de +3,82%. O portifólio apresentou resultados mistos. Enquanto as posições de commodities metálicas foram as principais detratoras nesse mês, representados pelas posições no Vitreo Prata (-11,27%), Vitreo Ouro (-2,88%) e Vitreo Cobre (-2,78%), as commodities energéticas apresentaram um bom desempenho esse mês como no Vitreo Petróleo (+2,48%) e Vitreo Uranio (+8,07%).
Renda Fixa e Cambiais
Agosto foi bastante positivo para o mercado brasileiro, especialmente para a renda fixa. O mês, que começou com o Copom elevando a taxa de juros para 13,75%, trouxe bastante otimismo com o cenário local após os dados de inflação apontarem deflação, entre os principais resultados temos o IGP-DI que caiu –0,55% e o IPCA-15 que caiu –0,73%. A queda na inflação foi fortemente ajudada pela queda no preço da gasolina de -11,62% no IPC, movimento ajudado pela redução do ICMS pelo Governo. Além disso, destaco a valorização do Real frente as outras moedas nas últimas quatro semanas, o que pode ser facilmente observado pela performance dos nossos fundos Vitreo Dólar e Vitreo Moedas Life.
O Vitreo Selic Simples subiu +1,18% no mês de agosto, acumulando, no ano, o equivalente a 102% do CDI. O fundo se mantém como líder de sua categoria.
Em agosto o Vitreo Dólar rendeu +0,82%. No ano o fundo rende -6,39%.
O Vitreo Moedas Life fechou agosto com queda de -2,51%, mostrando a fragilidade das economias da Europa e do Japão frente ao cenário de inflação. No mês a Libra desvalorizou -4,35%, o Iene -3,89%, o Franco Suíço –2,45% e o Euro – 1,47%. No ano o fundo acumula queda de – 16,48%.
O Vitreo Inflação Longa fechou agosto com alta de +3,37%. No ano, o fundo acumula +1,24% de rentabilidade.
O Vitreo RF Ativo fechou agosto com alta de +1,86%. O resultado excelente do mês reflete nossa aposta na queda das taxas de juros no médio/longo prazo, cenário que vem se concretizando cada vez mais com os recentes dados de deflação. A carteira em 2022 apresenta um resultado sólido para um ano de bastante volatilidade para os juros e inflação, acumulando alta de+ 8,30% ou 107% do CDI.
As informações apresentadas são de caráter meramente informativo, não constituindo e nem devendo ser interpretadas como análise, oferta ou recomendação de qualquer investimento ou sugestão por parte da Vitreo. Os ativos apresentados podem não ser adequados para todos os investidores. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base nas suas característica e objetivos pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. Recomendamos que você conheça as características e riscos dos ativos e mercados antes de investir. Lembrando que retornos passados não garantem retornos futuros e não há nenhuma garantia de retorno. As rentabilidades apresentadas não são líquidas de impostos. A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo. Para consultar informações e riscos do seu investimento, acesse www.empiricusinvestimentos.com.br.
Um abraço,
Conteúdos Relacionados
3 out 2024, 19:38
A última légua de 2024, uma cortesia do Mr. Market
Nossos fundos de ações locais tiveram bom desempenho, com destaque para o Tech Brasil e o Microcap Alert. Já entre as teses alternativas, o melhor desempenho do mês foi o do Urânio.
Ler Conteúdo4 set 2024, 13:59
A sabedoria do silêncio: do bloqueio das redes aos juros da economia
Nossos fundos de ações locais tiveram bom desempenho, com destaque para o Tech Brasil e o Microcap Alert. Já entre as teses alternativas, o melhor desempenho do mês foi o do Urânio.
Ler Conteúdo28 ago 2024, 20:14
Carta Tech Select | Agosto/24
Nossos fundos de ações locais tiveram bom desempenho, com destaque para o Tech Brasil e o Microcap Alert. Já entre as teses alternativas, o melhor desempenho do mês foi o do Urânio.
Ler Conteúdo9 ago 2024, 15:17
O Feedback Loop | Julho 2024
Nossos fundos de ações locais tiveram bom desempenho, com destaque para o Tech Brasil e o Microcap Alert. Já entre as teses alternativas, o melhor desempenho do mês foi o do Urânio.
Ler Conteúdo8 jul 2024, 15:57
Deep Value | Junho 2024
Nossos fundos de ações locais tiveram bom desempenho, com destaque para o Tech Brasil e o Microcap Alert. Já entre as teses alternativas, o melhor desempenho do mês foi o do Urânio.
Ler Conteúdo4 jul 2024, 13:09
O curioso caso do mercado americano: uma analogia com Benjamin Button
Nossos fundos de ações locais tiveram bom desempenho, com destaque para o Tech Brasil e o Microcap Alert. Já entre as teses alternativas, o melhor desempenho do mês foi o do Urânio.
Ler Conteúdo