Diário de Bordo
A arte do novo
A expressão “abrir a cabeça” é permitir-se. É estar aberto a mudanças e a conviver com diferentes tipos de opiniões e pontos de vista. Conhecer o novo e abraçar o diferente. E também apostar em novos tipos de investimentos. Aliás, por que não?
“Abrir a cabeça”, além de uma força de expressão bem ampla, também tem um significado científico: ao vermos e experimentarmos coisas novas, nosso cérebro se amplia, fortalecendo a rede de conexões entre nossos neurônios.
Quanto mais rica em experiências nossa vida puder ser, mais o nosso cérebro se moldará às novidades vivenciadas. Afinal, “abrir a cabeça” é um processo constante e contínuo, e pode ser feito de inúmeras formas: lendo, vendo filmes, conhecendo pessoas e culturas novas, e, até mesmo, viajando para um outro lugar. Seja outra cidade, outro estado ou outro país.
E foi viajando que eu “abri a minha cabeça”. Na verdade, essa foi só uma das muitas vezes em que isso aconteceu. Acredito que isso faz parte de um processo que tem que se repetir para o resto de nossas vidas.
Entre 1999 e 2001, morei na Califórnia, nos Estados Unidos, período em que fiz o meu mestrado na Stanford University. Vi e vivi coisas novas todos os dias. O mundo vivia o primeiro boom da internet e eu estava bem no coração daquilo tudo, justamente no Vale do Silício. Foi lá que eu me abri para novos costumes. Novas opiniões e novos pontos de vista. Fui me abrindo para viver o desconhecido.
Eu tinha apenas 25 anos quando fui para lá. Naqueles dois anos em terras estrangeiras, pude conhecer várias pessoas muito diferentes de mim, com propósitos e sonhos completamente diferentes. Afinal, tudo o que estava surgindo, na época, era novo para todo mundo. Entre tantos desconhecidos que se tornaram conhecidos, uma dessas pessoas viria a ser – ninguém mais, ninguém menos – do que um dos fundadores do Google. Mas posso contar essa história em um próximo Diário de Bordo.
Em Stanford o desafio era escolher quais aulas ou talks (palestras) eu queria perder (porque na verdade, eu queria fazer todas! Mas isso só se eu tivesse uma máquina do tempo para estar presente em todas elas!). Entre as aulas que escolhi não perder, merece destaque uma na Graduate School of Business, onde tive o prazer de assistir e conhecer o Prof. Sharpe – aquele mesmo do Índice de Sharpe que citei no Diário de Bordo passado.
Sharpe abriu a minha cabeça – no melhor sentido possível – e virou uma das referências na minha vida profissional, simbolicamente representado em um instrumento do meu trabalho, que uso até hoje.
Afinal, quem é esse tal de Sharpe?
William Forsyth Sharpe é economista e ganhou o equivalente ao Prêmio Nobel em Ciências Econômicas, no ano de 1990, juntamente com Harry Markowitz e Merton Miller, pelo trabalho que auxilia na tomada de decisões de investimentos, entre eles, o modelo de precificação de ativos de capital (CAPM), desenvolvido pelos três na década de 1960.
O modelo CAPM descreve a relação entre risco sistemático e retornos esperados e afirma que para se obter um retorno maior, é necessário assumir mais riscos. O Prof. Sharpe também é muito conhecido por criar o índice de Sharpe, um valor usado para medir a relação entre risco e recompensa de um investimento.
Calculando o Sharpe dos nossos fundos
O erro mais comum que as pessoas cometem ao analisar uma oportunidade de investimento é olhar o retorno passado.
Primeiro porque ele nos diz muito pouco (se é que diz algo) sobre o retorno futuro – que é o que nos interessa. E segundo, porque o retorno passado não nos diz nada sobre o risco que foi incorrido para se atingir esse retorno.
Estamos olhando o resultado final sem perguntar nada sobre como chegamos até a linha final. É nesse ponto que entram os índices de eficiência. Eles não endereçam necessariamente o primeiro problema (falar sobre o futuro), mas, de certa forma, resolvem o segundo problema acima apresentado, ao relacionar o resultado final com o risco em que se incorreu.
Índices de eficiência tentam explicar quanto do resultado foi obtido proporcionalmente ao trabalho ou ao risco que tivemos. Vou tentar explicar de um jeito mais simples: para cada degrau de risco a mais que corremos, qual foi o ganho extra conquistado. O índice criado pelo Prof. Sharpe calcula o excesso de retorno do ativo analisado em relação ao retorno que conseguiríamos investindo em um ativo sem risco. Tudo isso dividido pelo risco que corremos. No Brasil, usa-se normalmente o CDI como ativo sem risco.
Fazendo a conta para os nossos fundos temos os seguintes resultados:
O FoF SuperPrevidência, desde seu início em 29/10/2018 até 21/10/2019, rendeu 11,02% com 2,46% de volatilidade anualizada. No mesmo período, o CDI rendeu 6,08%. O índice de Sharpe no período foi 1,91.
O FoF Melhores Fundos, desde seu início em 08/04/2019 até 21/10/2019, rendeu 6,55% com 3,09% de volatilidade anualizada. No mesmo período, o CDI rendeu 3,27%. O índice de Sharpe no período foi 1,87.
Os demais fundos da Vitreo ainda não completaram 6 meses, por isso não podemos divulgar sua rentabilidade. Mas todos já mostram bons índices de Sharpe: Carteira Universa (1,87), PRP (3,12) e FoF SuperPrevidência 2 (1,65).
Esses resultados são ótimos. Isso fica ainda mais claro no gráfico que eu trago logo abaixo, onde comparo os índices de Sharpe de vários fundos multimercados. Usei dados da Quantum Axis para uma amostra com 540 fundos multimercados (das categorias Balanceado, Dinâmico, L/S direcional, L/S neutro e Macro, segundo a classificação da Anbima, com volatilidade entre 1% e 15% e com patrimônio acima de R$ 50 milhões), no período entre 08/04 e 21/10/19, janela de tempo que coincide com o histórico do FoF Melhores Fundos.
Note que o Sharpe do FoF SuperPrevidência melhorou nos últimos 6 meses (2,46%) quando comparado ao calculado desde o seu início (1,91%).
Sinal de que estamos no caminho certo! Trazendo as melhores oportunidades de investimento para você!
Para elaboração de todos os cálculos utilizados neste Diário de Bordo, utilizamos dados obtidos no sistema da Quantum Axis. As rentabilidades apresentadas são líquidas de taxa de administração, custódia e performance e brutas de imposto de renda. Esse é o padrão de mercado para apresentação deste tipo de informação.
Pergunte ao Jojo
No último Diário de Bordo abri um espaço para responder algumas das várias perguntas que tenho recebido por e-mail.
Ah, só lembrando que o espaço aqui é destinado para dúvidas gerais de produtos, críticas e sugestões dos produtos Vitreo.
Pensando nisso, criamos uma central de atendimento, onde é possível encontrar os diversos caminhos para tirar dúvidas ou resolver problemas. Para as demais perguntas, clique aqui.
A pergunta parece simples, mas ela acaba se repetindo com frequência. São tantas letras e siglas no mundo (muitas vezes árido) dos investimentos, que é normal o investidor como você se sentir perdido.
Vou tentar ajudar.
Selic (ou Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é o sistema que guarda as informações de todos os títulos públicos federais. Definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) a cada 45 dias, é a taxa básica da economia brasileira e é usada para controlar a inflação e outros aspectos monetários do país. A taxa Selic é uma taxa de juros pós-fixada e serve de referência para todas as outras taxas da economia.
O CDI (ou Certificado de Depósitos Interbancários) é a média das taxas de juros que os bancos cobram uns dos outros nas transações diárias feitas entre eles. Essas transações são empréstimos de um dia que os bancos fazem para não terminarem o dia com seus caixas no negativo. Como disse mais acima – na explicação sobre o índice Sharpe – o CDI é a taxa mais usada como referência para investimentos no Brasil, em especial em renda fixa pós-fixada e multimercados.
De forma bem simplificada, a Selic é a taxa usada quando os bancos emprestam dinheiro para o governo. Já o CDI é a taxa usada quando os bancos emprestam dinheiro entre si. Ambas as taxas costumam andar muitíssimo próximas uma da outra.
Trouxe este gráfico abaixo que pode ajudar a deixar isso ainda mais claro. Compare as taxas e aproveite para ver como o CDI e Selic nunca estiveram tão baixos!
Meu Extrato: detalhamento das informações no site
Quero compartilhar com você mais uma novidade em nosso site. Agora, na área logada do cliente, você já tem disponível o extrato dos seus investimentos conosco.
Mais do que um simples extrato, no relatório em PDF disponível no site você encontra várias informações sobre como estão os seus investimentos:
Começamos com o Resumo Geral. Você bate o olho e tem tudo lá. A data de referência do relatório, o saldo dos seus investimentos e o rendimento em reais acumulado (tanto no mês, no ano, quanto desde a sua primeira aplicação.
Depois mostramos o gráfico de Rentabilidade Acumulada da sua carteira total comparada com o CDI, Ibovespa e o dólar. Sua carteira combina todos os seus investimentos na Vitreo. E o retorno apresentado é calculado com base nas cotas dos seus investimentos.
Logo abaixo temos a Evolução do Patrimônio, onde você vê como evoluiu o saldo dos seus investimentos. Ali estão somados seus aportes e a rentabilidade dos seus investimentos (e descontado os resgates e come-cotas, se for o caso). O retorno apresentado aqui é a TIR (taxa interna de retorno).
Na página seguinte, em Consolidado de Rentabilidade você encontra a rentabilidade da sua carteira e de alguns índices no mês corrente, no mês anterior, no ano corrente e desde o início dos seus investimentos. O retorno no mês também está representado no gráfico de colunas, para facilitar a visualização e comparação.
Mais abaixo você tem uma tabela com as Posições da Carteira e Rentabilidade. Todos os produtos que você tem em sua carteira estão listados, com o último saldo disponível e o retorno de cada um deles no mês corrente, no ano corrente e desde o início de cada aplicação.
No topo da terceira página do relatório, você consulta a Rentabilidade Mensal. Parece simples, mas esse quadro com a rentabilidade histórica da sua carteira, em todos os meses desde o seu primeiro investimento, é raro de se encontrar em outras plataformas. Todos os meses, retorno efetivo e em % do CDI, além do acumulado em cada ano e desde o início.
E, finalmente, no final do relatório você encontra o Detalhamento das Movimentações que você fez na Vitreo. Todas as movimentações (aplicação, resgate, come-cotas) ordenadas por data, com informações de dia, quantidade e valor da cota e seu status.
Ufa! Ainda bem que há bastante informação detalhada, não é?
Espero que com essas informações você possa controlar melhor seus investimentos (juntando fundos abertos e previdência), com facilidade e transparência.
Cotas e rentabilidade disponíveis no site
No site da Vitreo, você agora pode acompanhar todas as informações sobre cotas e rentabilidade dos nossos produtos. Tudo isso para deixar ainda mais fácil e transparente a forma como você investe!
Em breve no app Vitreo também. Conheça mais
Spoiler: tem produto novo chegando…
Na próxima semana tem novidade chegando na Vitreo.
Nosso mais novo produto, pensado para que a pessoa física tenha acesso fácil ao que é um dos temas mais quentes no mundo todo, atualmente.
Fique de olho!
Lado a lado com o Gestor: Absolute Investimentos
Na conversa desta semana recebi Fabiano Rios e Tiago Sant’Anna, sócios-fundadores da Absolute Investimentos.
Fundada em 2013, a casa tem R$ 12 bi sob gestão e conta com um time de 26 pessoas que gerem fundos nas estratégias macro, arbitragem e renda variável.
O Absolute Vertex II FICFIM está na nossa carteira do FoF Melhores Fundos.
E o mais legal: essa é a primeira vez que o Fabiano topou encarar as câmeras e fazer uma entrevista em vídeo sobre a Absolute.
Não deixe de conferir em primeira mão!
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