Diário de Bordo
Atravessando o Inferno
“No existir, ser nenhum a mim se avança,
Não sendo eterno, e eu eternal perduro:
Deixai, ó vós que entrais, toda a esperança!”
(A Divina Comédia, Inferno – Dante Alighieri)
Pessach, Páscoa judaica, e a Semana Santa estão prestes a começar.
O que me faz lembrar de um grande clássico da literatura mundial: A Divina Comédia, de Dante Alighieri.
E me lembro disso porque, muito embora eu nunca tenha visto uma menção expressa, já ouvi falar sobre estudos que identificaram que a jornada de Dante pelo Inferno d’A Divina Comédia teria começado numa quinta-feira da Semana Santa, no ano de 1.300, d.C.
Se essa coisa toda sobre o início da jornada de Dante ao inferno é verdade, ou não, não consigo lhe dizer com absoluta certeza.
O fato é que aproveitei este momento para falar sobre o assunto, pois acredito que A Divina Comédia tenha mais relação com o mercado financeiro do que poderíamos imaginar.
Para que você entenda melhor o que quero dizer com isso, acho justo iniciar a explicação deste clássico da maneira como ela deve ser feita: do início.
A Divina Comédia, do italiano Dante Alighieri, é um poema do século XIV.
Dividido em cantos, é composto por 3 partes, por inspiração da Santíssima Trindade; sendo a primeira parte o Inferno, a segunda parte o Purgatório e a terceira parte o Paraíso.
A intenção do poeta ao criar a obra, que levou 17 anos para ser concluída, foi, como ele mesmo escreveu em algumas cartas, “remover os que vivem nesta vida do estado de miséria e levá-los para o estado de felicidade”.
Inclusive, é por este motivo que a obra é uma comédia e não uma tragédia. O que significa dizer que a evolução do poema retira o ser humano de uma situação extremamente negativa, neste caso o inferno, e o leva ao verdadeiro paraíso.
No inferno de Dante, as pessoas passam por muitas desgraças e aflições. Dificuldades e castigos permeiam essa parte perturbadora d’A Divina Comédia, que é a mais desafiadora das três.
E é aqui que começam as semelhanças entre esta obra clássica e o que estamos vivendo atualmente.
Desde que o Coronavírus se tornou uma realidade pandêmica, a humanidade tem passado por diversas aflições, que se expandem para vários segmentos importantes da vida. A título de contextualização, guardadas as devidas proporções, estamos em um momento bastante propício para fazer uma comparação com o inferno de Dante.
E eu sei que costumo analisar principalmente a questão econômica da pandemia. Afinal, essa é a minha especialidade. Mas acabei de sair da gravação do nosso podcast, o RadioCash, que gravo semanalmente com o Felipe Miranda, a Ana Westphalen e mais um convidado. E não pude deixar de pensar na realidade de quem realmente está sofrendo com essa pandemia. Explico: o convidado da vez foi o Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas e líder comunitário de Paraisópolis.
Neste episódio, Gilson Rodrigues falou um pouco da situação muito complicada que as favelas vivem hoje, com desemprego, fome, dificuldades de todos os tipos. Mas ele não focou só nisso. E eu fiquei bastante admirado com a tenacidade dele ao apresentar soluções.
Ele falou da importância que as favelas têm para a economia, já que elas são responsáveis pela geração de R$168 bilhões em consumo; o que as torna potentes agentes de transformação de realidades.
“Neste momento estamos buscando construir alternativas para a questão da economia”, declarou Gilson, que completou dizendo que as favelas querem ser parte da solução para os problemas relacionados à crise sanitária e econômica.
“A melhor forma de ajudar a população é botando dinheiro no bolso e ajudando a empreender (…) Além disso, nós pretendemos nessa parceria com a Vitreo e a Empiricus fazer a maior rede de formação de educadores financeiros do Brasil”, completou.
Essa parceria que o Gilson mencionou é um dos nossos maiores orgulhos neste começo de 2021. Essa ação social é um projeto que tem por objetivo levar esperança para quem sofre com a estagnação da economia no Brasil e com a falta de políticas públicas no combate aos prejuízos enfrentados pela nossa sociedade durante a pandemia.
Este episódio do RadioCash me deixou muito reflexivo e me fez pensar na Divina Comédia, porque nela Dante busca sair das aflições do Inferno e chegar ao Paraíso.
E vi na atitude propositiva e altiva do Gilson uma relação com o objetivo de Dante. Fico feliz com o fato de, em parceria valiosíssima com a Empiricus, sermos aliados dele nessa empreitada dificílima e tão nobre.
Ao mesmo tempo, também pensei no que seria o Paraíso. E relativizei muitas notícias que às vezes penso que são “graves” – isto porque todo mundo tem visto que os mercados não estão nem um pouco fáceis nessas últimas semanas. Faço questão de pontuar todos os abalos que sofremos na parte econômica:
A alta da inflação e a consequente alta de juros no Brasil, as diversas quedas do Ibovespa, do real e a alta constante do dólar…
Mas isso não é tudo.
Temos visto também a troca de comando do Banco do Brasil e da Petrobras afetando a confiança dos investidores internacionais em nossa economia. Acompanhamos recentemente a exoneração de mais um ministro da saúde. Temos visto a rotação setorial prejudicando novamente o setor de tecnologia. Notamos a preocupação intensa com a inflação nos Estados Unidos, além da Turquia em grave crise política e econômica, e a Argentina se manifestando sobre a impossibilidade de pagar o empréstimo que contraiu junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Como se isso fosse pouco, um navio resolveu entalar no canal de Suez, no Egito.
Concordo que é coisa demais. Mas ainda não é o inferno. Quem tem vivido uma realidade realmente difícil são as pessoas que perderam parentes por causa dessa terrível pandemia; são aqueles que têm sofrido com o desemprego, com o abandono do poder público… E o Paraíso, sinceramente, só vai retornar quando a sociedade puder voltar a se preocupar com essas questões “menores” que mexem com os mercados, mas que são facilmente superáveis no médio prazo.
É profundamente importante que nós, que lidamos com a Economia, sempre lembremos que no fim, em todas as pontas da macroeconomia, há pessoas e histórias. E que essa pandemia tem sido devastadora principalmente para elas.
Por isso, é importante que a gente ajude os Dantes da vida real, como o Gilson do G10 Favelas, a ajudarem suas comunidades a saírem desta situação. Por isso, peço que vocês ouçam essa edição do RadioCash, disponível em todas as plataformas de streaming e que ajudem o Gilson e à G10 favelas.
Para doar é fácil fazê-lo, pelo PIX: Instituto Escola do Povo | CNPJ 12.772.787/0001-99. Além disso, pelo site deles você tem a possibilidade de adotar uma família e/ou tornar sua doação recorrente.
Assim sendo, da mesma forma como lembramos, nesta festa de Pessach, dos meus antepassados que saíram de uma situação dramática para a liberdade, desejo que todos nós possamos, um ajudando ao outro, a sair do Inferno para o Paraíso.
Chag Pessach Sameach.
Arrojadamente Essencial
Se tem uma coisa que a Vitreo gosta de fazer, além de levar conhecimento de qualidade para o investidor pessoa física, essa coisa é buscar tornar possível a exposição de capital dos brasileiros a teses de muita qualidade e por um valor mínimo muito acessível.
Um excelente exemplo disso é o fundo Essencial Arrojado, lançado hoje!
Através dele, a partir de R$100 você poderá investir em diversos fundos da Vitreo de uma só vez, que englobam diferentes objetivos e teses (que são, muitas vezes, destinadas com exclusividade a investidores qualificados), a exemplo dos fundos Criptomoedas e Canabidiol.
Sem dúvida essa é uma maneira de você poder buscar lucros muito interessantes para a sua fatia de investimentos de longo prazo, enquanto aloca parte do seu capital em produtos que buscam levar proteção e equilíbrio para o seu portfólio.
Caso o produto faça sentido para o seu perfil de investimento, não esqueça de ler o regulamento completo do fundo, para conhecer todas as condições para a sua contratação. Sem isso você não conseguirá investir nele, ok?
Quero conhecer o Fundo Essencial Arrojado
Vitreo Ao Vivo | Especial CVM
Aconteceu ontem uma live super bacana com o Guilherme Cooke, nosso diretor jurídico, o Felipe Miranda, CIO da Empiricus e o Alexandre Costa Rangel, diretor da CVM.
O objetivo deste encontro, que teve foco total no investidor pessoa física, foi mostrar o que temos feito para mudar o mercado financeiro para o varejo de maneira muito positiva, o que já mudou no segmento dos últimos anos para cá, o que ainda pode melhorar e quais regras podem ser alteradas para proteger o investidor de varejo sem que haja tantas amarras para ele.
Não bastasse isso, o público que participou da live ainda teve a oportunidade de interagir ao vivo com essas feras do mundo regulatório nos investimentos, algo que, sinceramente, tem um valor inestimável.
#umfundopordia
Dando sequência aos lançamentos de fundos na nossa plataforma de previdências, nesta semana temos mais dez novidades. Diversas opções possuem cashback.
Para quem busca portfólios equilibrados, que vão sendo rebalanceados para reduzir a exposição ao risco conforme a data-alvo se aproxima, há os planos Icatu Vanguarda Minha Aposentadoria 2030, Icatu Vanguarda Minha Aposentadoria 2040, Icatu Vanguarda Minha Aposentadoria 2050.
Ainda para investidores em geral, temos duas novas opções de fundos multimercado: o JGP MM Prev Icatu e o Pacífico Prev Icatu.
Em fundos de renda variável, as novidades são direcionadas para investidores qualificados. Enquanto o Icatu Vanguarda Dividendos investe em ativos que podem pagar proventos, o Indie 100 Prev Icatu e o Forpus 100 Prev Icatu investem em ações com potencial de valorização, respectivamente, com a análise fundamentalista e com uma visão macro.
Para qualificados, também há os multimercados Vinland Macro Prev Icatu Qualificado e Bahia Am Prev Icatu.
Além disso, a prateleira de fundos ganhou três novos integrantes com estratégias bem diferentes entre si. Em renda fixa, o Kinea IPCA Dinâmico II tem como objetivo manter o poder de compra de seus cotistas, buscando rentabilidade de IPCA + 3%. Seu mínimo inicial é de R$ 1 e sua taxa de administração é de 0,92% ao ano. Com cashback, a estimativa é que ela caia para 0,898% ao ano.
Em ações, o Pacífico LB busca retornos de longo prazo ao identificar distorções entre o valor intrínseco e o preço de mercado do ativo através da análise fundamentalista. O mínimo inicial é de R$ 50.000, a taxa de administração é de 1,93% ao ano e a de performance é 20% sobre o que exceder o IPCA + 6%. Com cashback, a estimativa é que as taxas fiquem em 1,81% ao ano e 17,36% sobre o que exceder o IPCA + 6%.
Já o Absolute Alpha Global visa obter ganhos descorrelacionados com o mercado. Sua estratégia consiste em arbitragens, posições long short e direcional de curto prazo. A taxa de administração é de 1,9% ao ano e a de performance de 20% sobre o que exceder 100% do CDI. Com cashback, a estimativa, é que as taxas fiquem em 1,85% ao ano e 17,32% sobre o que exceder 100% do CDI.
Vale lembrar que se você tem esses fundos em qualquer outra plataforma e quer aproveitar nossa política de cashback, é possível realizar a portabilidade através de nosso site ou aplicativo.
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