Jojo Soares Onze e Meia

Olá,

Esse aí de cima sou eu na sala da minha casa (estaria na Vitreo se não estivéssemos em tempos de quarentena). E eu tirei essa foto para servir de convite: quero ouvir você.

Neste Diário de Bordo, resolvi ouvir os clientes da Vitreo em vez de escrever. Estou voltando às origens, um retorno à função principal desta newsletter. Explico:

Quando criei este espaço, há um ano, minha intenção era replicar, da melhor forma possível, uma conversa com cada investidor.

Brinco que o Diário de Bordo ideal é impossível: eu teria que escrever um Diário de Bordo diferente para cada um dos 60 mil investidores da Vitreo. Quase uma consultoria personalizada para cada um de vocês.

Geralmente, no Diário de Bordo, falo o que está se passando na minha cabeça em matéria de investimentos. Conto histórias da minha carreira, faço analogias e metáforas com o momento em que estamos vivendo.

Esse começo um pouco mais “viajado” de todo Diário é o que eu chamo de “papo do café”, antes de entrar nos detalhes técnicos, antes de falar dos investimentos propriamente ditos. Quando eu conversava ao vivo com investidores era assim que eu fazia: antes de sair falando de rentabilidade de carteira, do Ebitda da empresa xis, da curva de juros longos ou o que quer que fosse, eu sempre falava um pouco do Flamengo, perguntava da família, comentava algum filme ou série. Essas são as coisas que mais importam.

Quando está tudo bem com seus investimentos, é o mesmo que falar de futebol na época do Flamengo do Zico ou do Bruno Henrique e Gabigol. Quando as coisas não estão bem, está mais para o Flamengo de 2005, comandado pelos “craques” Obina, Diego Souza e Márcio Guerreiro.

Já que agora sou eu quem está entrevistando, no melhor estilo Jojô Soares Onze e Meia (se você nasceu na década de 90, não vai pegar essa alusão) vou pedir que clique no botão abaixo que leva ao resto do Diário de Bordo. A primeira sessão é um formulário, com uma pergunta: “Em matéria de investimentos, qual é a sua maior dúvida, hoje?”.

É um campo livre, em que você pode escrever o que quiser. Pode até escrever um Diário de Bordo para mim. Como acho que esse exercício vai ter uma grande adesão, já adianto que vai ser difícil responder a todo mundo. Mas, na semana que vem, publicarei aqui no Diário de Bordo as dúvidas mais constantes, as engraçadas, as melhores histórias… Vou fazer um …the best of. E, também na semana que vem, farei um anúncio que tem tudo a ver com a personalização da plataforma da Vitreo. A maneira mais próxima que a gente encontrou de criarmos um Diário de Bordo exclusivo para cada investidor.

Em tempo, responda então o que tira seu sono no mundo financeiro: “em matéria de investimento, qual a sua maior dúvida hoje?”.

Jojo Soares quer saber.

Responda de forma criativa à seguinte pergunta: “Em matéria de investimento, qual é a sua maior dúvida hoje?”Responder

Um anúncio muito esperado

Montamos o fundo Exponencial (e seu filhote, Exponencial Light) em dezembro do ano passado para aproveitar uma oportunidade única: investir na XP Inc, que faria seu IPO na Nasdaq, nos Estados Unidos.

Carregando a bandeira da desbancarização, a XP deixou para trás os concorrentes, capturou a atenção do private equity americano e foi adquirida parcialmente (49%) pelo Itaú, em 2017. A empresa surfou praticamente sozinha nesse boom do setor – virando referência no segmento. O potencial de crescimento da empresa era imenso, e consequentemente, do preço de suas ações. O preço da XP em reais no IPO foi de R$ 111,93 (US$ 27 @ 4,1456) em 10/12/2019.

No final de janeiro deste ano (Como você monta o seu prato), quando as ações atingiram um preço acima de R$ 178 (US$ 42,48 @ 4,1869), fizemos uma recomendação de redução de metade da exposição, por julgar o preço muito esticado, mesmo com a expectativa de um forte crescimento. Fomos pioneiros em recomendar um resgate parcial do próprio fundo. Agora vamos mais longe!

No Diário de Bordo de 14/05 (A única pergunta) comentei sobre o resultado positivo da XP Inc. no 1º trimestre deste ano e já tinha deixado uma dica do que estava por vir. Apesar do lucro líquido acima do esperado, a questão que ficou era se os próximos resultados iriam continuar surpreendendo. Se, mesmo pós-crise Covid, a exponencialidade que identificamos nas ações da XP Inc. continuaria. Indicamos manter o investimento apenas para quem queria aproveitar uma eventual retomada da economia. O preço da ação no fechamento do dia 14 estava em R$ 153,86 (US$ 26,06 @ 5,9040).

Duas semanas depois, entendemos que agora seja a hora de zerar a exposição às ações da companhia, realizando os lucros obtidos até aqui. Sim, é isso. Estamos recomendando o resgate total dos fundos Exponencial e Exponencial Light.

A crise começou a causar um impacto importante nos resultados, principalmente sobre a captação. Começa a ficar claro que o crescimento antes exponencial será mais comedido agora. Ainda acreditamos que a ação terá uma boa performance quando a economia brasileira se recuperar, mas o trade-off de risco e retorno deixou de valer a pena.

A ação fechou o dia 27/05 em R$ 161,72 (US$ 30,52@ 5,2989). Abaixo um gráfico dos preços da XP Inc., em dólares e reais. (Fonte: Bloomberg)

Por enquanto não vamos encerrar os fundos, porque entendemos que alguns investidores podem querem continuar investindo. Vamos reavaliar essa decisão ao longo do tempo.

Agora, se você decidiu seguir nossa orientação e resgatar seus investimentos, a pergunta agora é onde investir os recursos resgatados. A resposta depende do seu perfil e dos seus investimentos atuais. Se você olhava para esse investimento como algo oportunístico, minha primeira sugestão é olhar o Bonds USD.

Ou olhar as novidades que estão vindo por aí!

Bonds em reais

Continuando a tradição, vou dar alguns importantes spoilers sobre novas soluções que pretendemos lançar nos próximos dias.

Na cola do grande interesse que tivemos no fundo Bonds USD, estamos lançando na próxima semana a versão em reais desse fundo, o Bonds BRL.

Essa segunda versão faz o hedge da exposição cambial e assim busca eliminar o sobe-e-desce da cotação do dólar.

A oportunidade da tese se mantém: há ainda um prêmio maior lá fora para os títulos emitidos por empresas brasileiras. A marcação a mercado mais “nervosa” do mercado global continua trazendo oportunidades na casa dos 5 e 6% ao ano, em dólares. Traduzindo em reais e descontando o custo do hedge, estamos falando em uma expectativa de retorno de CDI + 3% ao ano, que naturalmente não é garantida e tem seus riscos associados – principalmente o de crédito.

Novidades em ações

Quem conhece a Empiricus e viu a palavra Vacas já deve saber do que estou falando neste spoiler… Preciso explicar mais? A ferramenta da carteira administrada, que já está dando super certo no produto de Renda Imobiliária, funciona que é uma beleza, também no sentido das vantagens fiscais, para ações pagadoras de dividendos. Eu paro por aqui, se não já é spoiler demais…

Ainda falando em renda variável, não dá para não olhar o que está acontecendo com as grandes empresas de tecnologia no meio da crise que estamos vivendo. Se elas já eram grandes, parecem que vão sair da crise ainda maiores. Soma-se a isso o cenário de instabilidade política no país e o consequente desejo de investir no exterior e pronto: ideia nova. Um fundo Tech Select para investir nessas gigantes da tecnologia que estão sustentando a alta da Bolsa americana.

Blends dos fundos Light

Há duas semanas, fizemos uma pesquisa com os cotistas dos fundos Money Rider Hedge Fund Light e FoF Melhores Fundos Global Light.

Esses fundos, caso você não saiba, são para o público em geral e, por causa de uma regulamentação da CVM, só podem ter 20% de sua alocação no exterior. Hoje, os 80% restantes ficam em um fundo de caixa com taxa zero.

Durante as Lives percebemos que muitas pessoas que investem nesses fundos tem um apetite maior por algo mais apimentado nessa alocação.

Por isso decidimos perguntar para quem tem o Money Rider Hedge Fund Light “e se os 80% da alocação restante ficassem no Carteira Universa, em vez de no fundo de caixa?”.

Já para os cotistas do FoF Melhores Fundos Global Light, perguntamos “e se os 80% da alocação restante ficassem no FoF Melhores Fundos, em vez de no fundo de caixa?”.

A maior parte das respostas nos dois casos foi a favor da mudança. Com base nisso, decidimos convocar uma assembleia para aprovar essas mudanças nos fundos. Se você é cotista de um desses fundos, você receberá essa convocação em breve e será avisado sobre todos os passos. Se aprovadas, as mudanças devem entrar em vigor no início de julho.

Também estamos estudando fazer esse tipo de mudanças em outros fundos Light. Quem manda são os cotistas e estamos sempre atentos a isso. Nunca deixe de mandar sugestões: elas fazem a diferença.

Pergunte ao Jojo

A dúvida que a nossa equipe de atendimento mais recebeu é relacionada ao processo de contratação do Renda Imobiliária, que tem mais etapas que o normal principalmente por causa do prazo de dois dias úteis pedido pela B3 para realizar o investimento. Recebemos algumas variações dessa pergunta do Aloysio e Joana.

Para responder essas dúvidas, achei mais fácil fazer um passo a passo do investimento pelo app e pelo site. Siga abaixo:

Investindo pelo app

1º – Caso não tenha saldo, faça uma TED para a sua conta da Vitreo:

*Para que você consiga aplicar na sua conta Vitreo, a TED deve ser feita de uma conta corrente cadastrada no seu CPF. Caso contrário, a TED será estornada.

2º – Na página inicial do aplicativo, selecione Carteira administrada e em seguida |Renda Imobiliária:

3º – Antes de começar a investir efetivamente na carteira administrada Renda Imobiliária, é preciso que você leia e assine o Contrato de gestão de carteira administrada e a Autorização de reinvestimento (este de forma opcional). Este último termo diz respeito ao reinvestimento da renda da carteira. Você pode optar por reinvestir ou que os proventos sejam creditados na sua conta da Vitreo. Para saber mais sobre a renda e o processo de reinvestimento da carteira administrada, clique aqui.

Após confirmar o(s) termos(s), aguarde até 2 dias úteis para ser liberado e ter acesso às aplicações.

4º – Assim que for liberado, retorne à sua área logada e informe o valor que quer investir respeitando o mínimo de R$ 10 mil:

5º – Após confirmar o valor da aplicação, receberemos sua solicitação de investimento e o valor investido será descontado do saldo disponível imediatamente, e a sua Nova Conta de Custódia será aberta automaticamente com estes recursos.

Não deixe de ler atentamente o regulamento e documentos da carteira administrada antes de investir.

Investindo pelo site

1º Acesse sua área logada

2º Faça uma TED para a sua conta na Vitreo. Clique aqui para saber mais sobre o processo;

*Para que você consiga aplicar na sua conta Vitreo, a TED deve ser feita de uma conta corrente cadastrada no seu CPF. Caso contrário, a TED será estornada.

3º – Dentro da área logada, selecione “Investir” e depois “Carteira Administrada”

4º – Na sequência, selecione “Renda Imobiliária”

5º – Antes de começar a investir efetivamente na carteira administrada Renda Imobiliária é preciso que você leia e assine o Contrato de gestão de carteira administrada e/ou a Autorização de reinvestimento (este de forma opcional).

Após confirmar o(s) termos(s), aguarde até 2 dias úteis para ser liberado e ter acesso às aplicações.

Você deve escolher se quer reinvestir automaticamente os proventos que serão pagos pelos FIIs

6º – Assim que for liberado, retorne à sua área logada e informe o valor que quer investir, respeitando o mínimo de R$ 10 mil:

7º – Digite o código token que você receberá. Assim, garantimos que seus investimentos serão feitos com o máximo de segurança.

8º – Após digitar o código, receberemos sua solicitação de investimento e o valor investido será descontado do saldo disponível imediatamente, e a sua Nova Conta de Custódia será aberta automaticamente com estes recursos.

Não deixe de ler atentamente o contrato de gestão e os fatores de risco da carteira administrada antes de investir.

Lembrando que os mil primeiros investidores terão a taxa zerada nos primeiros três meses.

VitreoAoVivo Especial Renda Imobiliária

Ontem tivemos uma noite incrível de VitreoaoVivo com o Felipe Miranda, CIO da Empiricus, e o Alexandre Mastrocinque, especialista responsável pela série Renda Imobiliária, que inspira a nossa carteira administrada. Foram mais de 2h30 falando sobre nosso novo produto que investe em um portfólio de FIIs.

Se você não foi uma das 7.200 pessoas que assistiram ao vivo, sugiro que você assista quando puder. Está disponível no nosso canal do YouTube.

Come-Cotas: o Pac Man voltou

Está chegando o último dia útil de maio e com ele vem a antecipação do imposto de renda: o come-cotas.

Não se assuste se a quantidade de cotas que você tem nos fundos (apenas aqueles com tributação de renda fixa) estiver menor no início de junho: é “só” o pac man dos investimentos em fundos.

Explico: o governo tributa 15% de imposto sobre os ganhos obtidos nos investimentos em fundos com tributação de renda fixa. Quando o investidor resgatar seus recursos no fundo, ele deverá pagar a parte que (eventualmente) faltar do imposto, respeitando a tabela descendente (22,5% se o resgate ocorrer nos primeiros 6 meses do investimento, 20% se ocorrer nos segundos 6 meses, 17,5% se ocorrer durante o 2º ano do investimento e 15% para os resgates que ocorrerem após 2 anos do investimento).

Essa tributação ocorre na forma de um resgate compulsório, pago diretamente pelo administrador do fundo ao governo. Daí o nome “come-cotas”. Como o próprio nome diz, o Governo “come” parte de suas cotas nos fundos de investimento.

Lembrando que a regra não vale para fundos de ações, fundos de previdência e fundos imobiliários. Ah, não custa avisar: no último dia útil de novembro, o pac man ataca de novo.

Um abraço,