Diário de Bordo
O CDI e a armadilha do barqueiro
No submundo financeiro, o CDI reina como um Caronte moderno, cobrando sua tarifa para a travessia no mercado brasileiro. Muitos investidores, hipnotizados pela segurança aparente dessa “moeda”, se agarram a ela como se fosse a única rota possível, esquecendo-se que existem outros caminhos para a prosperidade financeira.
A ânsia pela “moeda do CDI” é compreensível. Em tempos de incerteza, ela oferece uma espécie de porto seguro, uma travessia garantida (ou seria uma falsa sensação de segurança?). Mas e se, como Orfeu, pudéssemos encantar o barqueiro com nossa música e encontrar rotas alternativas? Ou, como Hércules, tivéssemos a força para enfrentar os desafios do submundo financeiro e emergir vitoriosos?
A verdade é que, enquanto muitos se contentam em pagar a tarifa do CDI, os investidores mais audaciosos buscam suas próprias rotas. Eles sabem que, além do rio Estige da renda fixa tradicional, existem oceanos de oportunidades inexploradas. Podem ser mais arriscadas? Talvez. Mas também potencialmente mais recompensadoras.
Pense em Teseu, que enfrentou o Minotauro no labirinto. Ele não se contentou em ficar às margens do rio, pagando eternamente a Caronte. Ele se aventurou, enfrentou seus medos e saiu vitorioso. No mundo dos investimentos, isso pode significar explorar os mercados internacionais, alocar seus recursos em ações de empresas de tecnologia, ou ainda, alocar uma parcela em criptomoedas.
Não se trata de abandonar completamente o CDI – ele tem seu papel na composição de uma carteira equilibrada. Mas é crucial não se tornar refém dele. Como Psiquê em sua jornada para resgatar Eros, às vezes precisamos enfrentar tarefas aparentemente impossíveis para alcançar nossos objetivos financeiros.
O desafio para o investidor moderno é encontrar o equilíbrio entre a segurança do conhecido (o CDI) e a ousadia de explorar novos horizontes. É preciso ter a sabedoria de Atena para discernir os riscos, a coragem de Aquiles para enfrentá-los e a astúcia de Odisseu para navegar por mares desconhecidos.
Lembre-se: enquanto o CDI oferece uma travessia segura, são os heróis que ousam desafiar o status quo que escrevem as lendas mais inspiradoras – tanto na mitologia quanto no mundo dos investimentos. Que tipo de história financeira você quer contar?
O comportamento dos mercados em outubro
Entramos na reta final do mês de outubro com ânimos elevados. As bolsas lá fora caminham obstinadas em direção às novas máximas, puxadas pelo influxo de liquidez, e por um sentimento de que a economia americana não está descarrilhando totalmente. O soft landing ainda é o cenário base, mas o avanço das taxas dos títulos de 10 anos tem surpreendido e abre as portas para a possibilidade de um passo mais lento na queda dos juros básicos. No fechamento de ontem (22), o índice S&P 500 marcava os 5.851 pontos e avançava 1,54% no mês.
Parte da retomada do apetite do investidor tem sido associada à proximidade das eleições americanas. O avanço da probabilidade de vitória de Donald Trump, mensurada pelo Polymarket, tem sido percebido como favorável para ativos de risco de forma geral. De fato, a leitura que se faz sobre um novo governo do ex-presidente traz um misto de expectativas positivas sobre a perspectiva dos impostos e do avanço da desregulação.
Entretanto, vejo como importante dissociarmos essa dependência. A força da economia americana misturada com os bons números do início da temporada de resultados são os verdadeiros responsáveis pela manutenção do sentimento positivo dos investidores, que, por sua vez, permanecem dispostos a colocar seus recursos em ações e em outros ativos de riscos.
Por aqui, no Brasil, mais do mesmo. As dúvidas associadas às iniciativas do governo ainda reverberam e alimentam a desconfiança na busca pelo risco local. Sem saída, os gestores correm para se desfazer dos ativos de renda variável e adquirem títulos de renda fixa por taxas cada vez mais baixas. Os retornos de longo prazo vão se comprimindo cada vez mais.
Do lado dos fundos da casa, os destaques continuam com as estratégias ligadas ao mercado internacional. Até o dia 18, o Empiricus Tech Chain FIF Ações avançava no mês 10,07%. Nos últimos 12 meses, o fundo entrega 58% de valorização aos seus cotistas. A estratégia de concentração em nossas top picks (Nvidia, Meta e AppLovin) tem funcionado muito bem neste mês. Os demais fundos da família de tecnologia, Empiricus Tech Select e Money Bets, também merecem atenção, com desempenhos de 6,84% e 8,32% no período e 55,9% e 70,42% em 12 meses.
O Empiricus Money Rider HF FIM IE, nossa estratégia global que adquire diversas classes de ativos de forma direta, também tem merecido destaque. No mês, ele avança 6,42% e nos últimos 12 meses sobe 34,34%. Com uma composição formada por ações, commodities, bitcoin, ouro, ETFs setoriais e Bonds, o fundo entrega uma diversificação na medida para aqueles que entendem que dolarizar é uma alternativa fundamental para proteger e alavancar o seu patrimônio.
A reta final de outubro promete ser bastante quente. Além dos dados econômicos incessantes, temos à frente uma enxurrada de números provenientes da temporada de resultados. As big techs certamente serão destaque – a forte reação aos números do Netflix deu o exemplo – e provocarão um turbilhão de emoções. O momento é bastante auspicioso. Vamos em frente!
Forte abraço,
João Piccioni
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Apresentamos a seguir a tabela contendo os resultados das principais estratégias da casa, nas janelas mensal, anual, semestral e anual. Caso você deseje conferir algum outro fundo que não esteja presente nesta lista, visite o nosso site: www.empiricusgestao.com.br.
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