Diário de Bordo
O primeiro ultrassom oficial
Calma, calma! Antes de começar, vou explicar: o presente acima não é meu. Minha fatura já está fechada com os meus dois filhotes queridos e as minhas duas enteadas super queridas.
O ultrassom acima é da Mari! Ela cuida de todos os assuntos administrativos aqui na Vitreo, possibilitando que nós possamos focar no nosso trabalho.
Mari completou seis meses de gravidez. Mesmo passando por períodos de cólicas e enjoos, ela está irradiando alegria e já se prepara para começar a contagem regressiva.
Nesse estágio, o bebê já está praticamente formado. Os pais se divertem e se emocionam ouvindo as batidas do coraçãozinho e ficam imaginando como ele será, baseando-se nas imagens do ultrassom.
A sensação que têm é que o bebê já está pronto para vir ao mundo. Fantástica natureza que, em seis meses, já prepara um ser vivo tão complexo para a vida…
De fato, parece tudo pronto. Mas quem já passou por isso sabe que não é bem assim. Ainda há um longo caminho pela frente. Não falo só dos três meses seguintes de gravidez. Depois do parto, vem o período de amamentação, depois os cuidados na primeira infância e por aí vai-se em uma longa (e maravilhosa) jornada.
Minha primogênita já tem 17 anos e segue se desenvolvendo. Próximo desafio: o vestibular. E para os meus pais, eu continuo sendo a criança que precisa de atenção e cuidados.
No mundo dos fundos de investimentos, temos uma dinâmica parecida. Quando um fundo é concebido, ele precisa de algum tempo para tomar corpo. Depois, convergir para a alocação desejada, ganhar musculatura (no caso atrair investidores e crescer seu patrimônio) e começar a dar sinais do seu desenvolvimento.
É por esse motivo que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) só autoriza a divulgação dos resultados de qualquer fundo após os primeiros seis meses.
Esse desenvolvimento inicial dos primeiros seis meses, ou seja, a performance do fundo – assim como no ultrassom da Mari – já nos dá muitas informações interessantes. Mas também não deve ser entendida como um processo já completo.
Assim como um filho, o fundo também tem uma longa vida, que exige cuidados e atenção durante todo o tempo. É por esse motivo que a CVM exige que eu te lembre que retorno passado não é garantia de retorno futuro.
FoF Melhores Fundos já completou 6 meses
No último Diário de Bordo, adiantei a você, que eu tinha boas notícias sobre o FoF Melhores Fundos, que acabou de completar seis meses de vida na semana passada.
O FoF MF é o segundo “filho” da Vitreo. É uma carteira que combina várias classes de ativos, por meio das ideias de alguns dos melhores gestores do mercado – algo que antes só estava disponível para investidores de altíssimo patrimônio e que, agora, pode ser acessado a partir de R$ 1.000.
Fiquei extremamente feliz com “primeiro ultrassom oficial” do FoF MF, que me possibilitou revelar a você a rentabilidade desse período: desde o seu início, até o último dia 14/10, o FoF rendeu 5,92% (contra 3,17% do CDI).
Isso mesmo: 186,94% do CDI, com uma volatilidade anualizada de 3,10%. .
Tenho que deixar a modéstia de lado e dizer: esse resultado é excelente, bem acima da expectativa inicial e com risco bem controlado!
Mas não para por aí. Vamos detalhar mais isso.
O gráfico abaixo procura capturar a “satisfação dos clientes”. Ou seja, ele simula o rendimento de aplicações feitas em todos os dias da vida do fundo.
Primeiro calculei o quanto rendeu cada aplicação desde o seu primeiro dia, até a data de fechamento desta edição do Diário de Bordo. Ao todo, são 132 dias ou retornos. Depois agrupei as observações nas faixas abaixo para facilitar a visualização.
Apenas as aplicações feitas em 4 dias específicos teriam rendido menos que o CDI, sendo que a pior teria rendido 59% CDI (todas com horizonte muito curto, menor que 1 mês). Por outro lado, aplicações em 107 dias específicos renderam mais de 150% CDI (a rentabilidade esperada da carteira teórica). E dessas, 50 renderam acima de 200% do CDI!
Isso tudo para dizer que o FoF Melhores Fundos começou com o pé direito.
Mas é importante lembrar que tivemos vários contratempos no caminho até aqui. Os últimos seis meses foram bastante conturbados – tanto no cenário externo, como no cenário político e econômico local.
Uma forma bem interessante de ver isso (e falar sobre o risco do fundo) é olhar o gráfico de Drawdown (ou máxima perda acumulada). Assim fica mais visível como foram as “barrigadas” do FoF, ou melhor dizendo, aqueles períodos em que ele andou para trás. Você pode ver que o fundo nunca caiu mais do que 1% e ficou – no máximo – 20 dias em território negativo.
Outra forma bem bacana de analisar o comportamento do fundo é ver seu retorno mês a mês. E junto com ele, como as principais classes de ativos se comportaram. Confira:
Mas de onde veio esse retorno? Para deixar tudo ainda mais simplificado, eu trouxe mais um gráfico que mostra a origem dos retornos, ou – como tecnicamente se fala – a atribuição de performance do fundo. Você pode ver que tivemos contribuições positivas de todos as classes de ativos.
Difícil falar em destaques quando todos foram bem, né? Até com as proteções ganhamos dinheiro!
Vou explicar melhor sobre o que rolou em cada classe de ativo:
No período entre 08/04 e 14/10 deste ano, a parcela de Caixa (renda fixa pós fixada) cumpriu seu papel e rendeu o equivalente a 101% do CDI.
A Renda Fixa Crédito teve muitos desafios, mas ainda assim rendeu 110% do CDI.
Os gestores multimercados enfrentaram o vai e vem de mercado e renderam combinados o equivalente a 156% do CDI.
E os gestores de renda variável não fizeram por menos. Em um período onde o Ibovespa rendeu 7,12%, essa parte da carteira combinada rendeu 12,90%!
As proteções combinadas renderam o equivalente a 13,40% (ou 423% do CDI), tudo isso enquanto o dólar rendeu 6,74%, o Ouro (em reais) rendeu 25,31% e a bolsa americana em reais (S&P500) rendeu 9,33%.
Entrando ainda em mais detalhes, vale falar sobre o resultado dos fundos nos quais investimos durante esse período. Em nossa Carta semestral da Vitreo, vou detalhar e explicar um a um.
Por enquanto, você pode acompanhar como cada fundo rendeu mês a mês olhando a tabela abaixo:
Por fim, e não menos interessante, fiz uma comparação com os mais relevantes FoFs do mercado. A maioria deles está disponível apenas para clientes de alto patrimônio. O gráfico abaixo mostra o retorno de cada fundo no período (eixo Y) e o risco calculado pela volatilidade (eixo X).
A melhor forma de analisar esse gráfico é olhar: para cada nível de risco, qual o fundo com maior retorno. Ou cada nível de retorno e qual deles com menor risco. Fazendo isso, buscamos o fundo com maior eficiência, ou o melhor índice Sharpe – isso eu vou explicar com calma em outra oportunidade.
Resumindo: estamos muitíssimo bem, comparado aos mais relevantes FoFs do mercado – são 10 fundos que totalizam mais de R$ 16 bi de 9 das maiores instituições do mercado! Apresentamos o maior retorno e a maior eficiência nesse período.
Como falei lá em cima: o período é curto, mas já dá para ver que estamos no caminho certo, com um fundo que veio para brilhar.
Ainda dá para investir, mas você precisa ser rápido.
O FoF Melhores Fundos já ultrapassou os R$ 520 milhões de patrimônio líquido e fechará ao atingir R$ 750 milhões, que é a sua capacidade máxima. Ou seja, faltam pouco mais de R$ 200 milhões.
Uma vez que esse fundo fechar, não será permitido fazer mais aportes. Nem mesmo a quem já está dentro.
Sei que R$ 200 milhões, a princípio, parecem um valor alto. Mas a velocidade de captação dos nossos fundos tem superado quaisquer estimativas iniciais.
Por isso, fica o alerta: o FoF Melhores Fundos pode fechar a qualquer momento.
Pergunte ao Jojo
Como tenho recebido várias dúvidas pertinentes sobre os nossos produtos Vitreo e que são de interesse de muitos, pensei em criar esse espaço aqui para responder semanalmente alguns questionamentos.
Lembrando que o espaço é destinado para dúvidas gerais de produtos, críticas e sugestões.
Aqui, na verdade, são duas perguntas. Então, vou separá-la em duas respostas. Recebi a pergunta na tarde da última sexta 11/10.
O Vitreo FoF Melhores Fundos rendeu 5,16% (170,9% do CDI) entre os dias 12/04 e 10/10. Então, não sei ao certo como se chegou a 3,55%.
Desconheço que o fundo da CEF está sendo considerado no questionamento, pois não conheço um fundo semelhante (FoF multiestratégia) lá que tenha rendido tanto. O fundo mais parecido é o Caixa Multigestor FIC MM, que rendeu 4,70% (155,6% do CDI) no mesmo período.
Para responder sobre o Ouro, é importante fazer uma explicação mais demorada sobre a cotação aqui e lá fora. O Ouro lá fora (cotado em dólares na Comex) rendeu -1,53% e o câmbio (BRL/USD) rendeu -2,48%. Se usássemos esses dados para calcular o retorno, o preço do Ouro em reais, teríamos -3,89%. Porém, o Ouro negociado no Brasil (na B3, em reais, contrato OZ1D) rendeu no mesmo período -5,89%.
Por que essa diferença? Simples. Porque no curto prazo existe uma discrepância de preço entre os contratos – aqui e lá fora – por conta da diferença de liquidez dos mercados. Esse é um dos motivos pelos quais compramos parte da carteira lá fora em ETFs. No longo prazo, entretanto, os retornos deveriam convergir.
Quanto ao Vitreo Ouro – sim – o fundo é bastante volátil. Ou seja, ele balança mesmo. O período analisado (que corresponde a duas semanas) é muito curto para qualquer avaliação. Além disso, o fundo deve ser considerado como uma proteção para o seu portfólio e não como uma fonte de retorno isolada.
No período analisado (24/09 a 07/10) o fundo, de fato, rendeu -5,75%. Ele deve ser comparado com o Ouro negociado em reais no Brasil (-5,89%) e não com o Ouro negociado em dólares lá fora.
Para elaboração de todos os cálculos utilizados neste Diário de Bordo, utilizamos dados obtidos no sistema da Quantum Axis. As rentabilidades apresentadas são líquidas de taxa de administração, custódia e performance e brutas de imposto de renda. Esse é o padrão de mercado para apresentação desse tipo de informação.
Lado a lado com o Gestor: Alaska
Na conversa desta semana recebi o Henrique Bredda, gestor do Alaska.
Mais do que um bate papo, foi uma verdadeira aula de como levar educação financeira para todos.
Alaska tem hoje mais de 175 mil cotistas e estão nas carteiras do FoF SuperPrevidência, FoF SuperPrevidência 2 e do FoF Prev Arrojado.
Confira a entrevista:
https://www.youtube.com/embed/q_NoVyoGm9w?enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fwww.empiricusinvestimentos.com.br
Um abraço,
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