Diário de Bordo

Para todos os cenários

George Wachsmann

20 fev 2020, 17:34 (Atualizado em 20 fev 2020, 17:34)

Durante séculos, Stonehenge foi cenário de reuniões de camponeses para celebrar o solstício de verão. O monumento localizado a 130 km a oeste de Londres, na planície de Salisbury, também era chamado pelos saxões de “Hanging Stones” ou pedras suspensas. O local tinha vista privilegiada para apreciar os dias que, nessa época do ano, são mais longos que as noites.

Realizei um sonho de criança quando, durante uma viagem a Londres para visitar gestores em 2018, fiz uma excursão a Stonehenge.

Solstício e equinócio são fenômenos astronômicos relacionados à incidência dos raios solares e à inclinação da Terra e dão início às estações do ano. Quando “bate mais sol” em um dos hemisférios, ocorre o solstício de verão. Enquanto isso, no outro, é solstício de inverno. Já o equinócio, que é quando “bate sol” igualmente em ambos os hemisférios, dá início à primavera e ao outono e faz com que os dias e as noites tenham a mesma duração.

O clima muda drasticamente dependendo de onde você está no planeta. Por mais que consultemos religiosamente a previsão do tempo antes de sair de casa ou antes de uma viagem, nunca saberemos qual vai ser o tempo nos dias seguintes. Melhor levar o guarda-chuva e o casaco. “Vai que…”.

Foi pensando em todos os tipos de “climas” que um dos maiores gestores do mundo montou um racional de investimento.

Que tipo de portifólio de investimentos conseguimos manter com bom desempenho, em qualquer cenário?

Esta foi a pergunta que Ray Dalio, Bob, Dan e outros estavam tentando responder.

Depois de muito estudo, foi assim que chegaram no portifólio que Ray e seus colaboradores próximos poderiam construir, sem que – pra isso – precisassem prever condições de mercado futuras: o All Weather Portfolio, da Bridgewater.

Essa carteira é resultado de como uma série de conversas se transformou em princípios que são a base de uma filosofia de investimento coerente e prática.

Com muito orgulho, por meio de um instrumento exclusivo, estamos trazendo a oportunidade para que alguns investidores tenham exposição ao que há de mais sofisticado no exterior: o melhor fundo do mundo.

O que faz esse ser o melhor fundo do mundo?

Como, exatamente, alguém consegue montar uma carteira que serve para os vários momentos de mercado? Quais são os ativos que, combinados, podem oferecer uma relação vantajosa não importa quais as variáveis externas?

O fundo reúne commodities, renda fixa, renda variável, moedas e crédito corporativo, em vários países do mundo. Todos devidamente balanceados na proporção pensada pelo grande Dalio e sua equipe.

Vitreo AWP FIM IE vai investir em um veículo que lhe dá acesso a tudo isso. A volatilidade alvo de 12% já antecipa: é um fundo com riscos consideráveis, então ajuste o tamanho da sua alocação de acordo com o seu estômago.

A proposta do All Weather Portfolio é combinar ativos descorrelacionados utilizando uma estratégia chamada de “risk parity” (paridade de risco), também conhecido como “risk premia parity” (paridade de prêmio de risco).

Essa estratégia tem como base o fato de que todos os ativos de risco têm um “prêmio” a ser capturado. Por exemplo, um investimento em ações, dado seu risco, tem que ter um retorno esperado maior do que investimentos em ativos seguros. Se combinarmos esses ativos de risco de forma descorrelacionada, conseguimos diminuir fortemente o risco do portifólio como um todo.

Diferentemente de outras formas de investimento, no “risk parity” a montagem da carteira é feita com foco na alocação de risco, como a volatilidade. Todas as classes de ativos, descorrelacionadas, são ajustadas de forma que todas tenham a mesma contribuição de risco para a carteira e, consequentemente, uma diversificação maior nos momentos ruins de mercado.

Resumindo, a extração do prêmio das classes é otimizada para uma volatilidade alvo. Isso deixa a carteira com um índice de Sharpe (relação retorno por risco) mais alto.

O All Weather Portfolio leva essa estratégia para um outro patamar. Ao invés de todas as classes terem o mesmo risco, a paridade é feita de modo a dividir o risco igualmente em 4 cenários: crescimento da atividade, diminuição da atividade, aumento da inflação e diminuição da inflação. Assim, a carteira fica preparada para qualquer ciclo econômico: quente, frio, chuvoso ou ensolarado. E, mais importante, resistente a movimentos negativos do mercado.

A tabela abaixo mostra como os diferentes tipos de ativos estão divididos nesses 4 cenários.

Esse fundo é para todo mundo?

O fundo investe em um veículo no exterior, nas Ilhas Cayman, e, por questões regulatórias, por enquanto é restrito aos Investidores Profissionais, que são aqueles com mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras ou devidamente registrados na CVM como administrador de carteira, consultor de investimentos ou agente autônomo.

Por quanto tempo esse fundo ficará aberto?

A janela de entrada no AWP é mensal, como muitos hedge funds no exterior. Assim, o fundo ficará aberto por uma janela específica, perto do final de cada mês.

Este mês, como foi o primeiro, a janela foi mais cedo, de apenas 4 dias, de 17 até 20 de fevereiro (hoje!). Vamos divulgar o cronograma das próximas janelas no site. Mas, anote aí: a próxima janela será de 23 a 26 de março.

E por falar em cenários altamente improváveis…

Journey RDVT11: uma solução melhor para os debenturistas

Debenturistas, uni-vos!

Na semana passada lançamos o fundo Journey Capital Vitreo RDVT11 FI-Infra.

Caso tenha passado despercebido pelo seu radar, explico rapidamente do que se trata: em 2015, a empresa Rodovias do Tietê emitiu uma série de títulos de dívida – conhecidos como debêntures, para financiar os investimentos que precisava fazer por conta da concessão para explorar algumas rodovias no interior do Estado de São Paulo.

A empresa subestimou o tamanho dos investimentos necessários e superestimou sua projeção de receita. O crescimento do Brasil não correspondeu às expectativas e, desde então, a empresa tem tido dificuldade em arcar com as suas obrigações financeiras. A situação se agravou e a empresa entrou em um processo de Recuperação Judicial (RJ) no final do ano passado.

Em parceria com a gestora Journey Capital, queremos buscar uma solução melhor do que a que parece estar nos planos da RJ da empresa.

O objetivo do fundo é reunir os debenturistas e conseguir representação nas assembleias e nos demais fóruns, para lutarem juntos pelos interesses dos credores. O cenário que se instalou nos últimos anos é uma mistura de desorganização e burocracia, deixando o debenturista, “à mercê” desse imbróglio.

Até agora, mais de 1.650 debenturistas mostraram interesse em nossa proposta. Boa parte deles já iniciou o processo de investimento. Estes receberão até o final desta semana o formulário (STVM) para seguirem com a integralização das debêntures.

Se você tem (ou conhece alguém que tenha) as debêntures das Rodovias do Tietê, precisa ver isso.

Pergunte ao Jojo

Abri este espaço para responder algumas das várias perguntas que tenho recebido por e-mail. Ah, só lembrando que o espaço aqui é destinado para dúvidas gerais de produtos, críticas e sugestões dos produtos Vitreo. Para as demais perguntas, criamos uma central de atendimento onde é possível encontrar os diversos caminhos para tirar dúvidas ou resolver problemas: clique aqui.

20200220-db-02

É inegável o resultado impressionante que o Carteira Universa vem apresentando. O fundo subiu 1,52% este mês, até ontem (19/fev), e acumula 18,73% (ou 548% do CDI) desde o seu início. (Fonte: Carteira do fundo de 28/06/2019 até 19/02/2020).

Com isso, tenho recebido algumas dúvidas sobre a sua próxima parada técnica, como esta que trago no Diário de Bordo de hoje.

O Carteira Universa acabou de ultrapassar a marca de 20 mil cotistas! O fundo já está com quase R$ 1,15 bilhão de patrimônio líquido e se aproxima cada vez mais do seu próximo limite.

Por isso, é importante ficar de olho: uma vez que atingir R$ 1,5 bilhão, ele fechará para novas captações. Isso significa que não será possível fazer novos aportes, mesmo quem já investiu anteriormente.

Como já venho falando aqui no Diário de Bordo, esta é uma carteira montada e pensada para ir em busca do maior retorno possível, sem abrir mão da segurança e da responsabilidade.

Se você entender que ele é para o seu perfil e tem intenção de investir ou, que já investiu e pretende fazer novos aportes no fundo, é preciso ter agilidade. Nossos fundos têm tido uma captação rápida e esta pode ser a última oportunidade para acessá-lo.

Lado a Lado com o Gestor: Itajubá

Este Lado a Lado está imperdível!

Conversei longamente (foram 45 minutos, mas acredite em mim: vale a pena!) com o Agnaldo Andrade e Bernardo Queima, sócios da Itajubá.

Falamos da Itajubá, que representa na América Latina mais de 20 gestores globais renomados, como Oaktree, Bridgewater e Acadian. Eles contaram sobre as mudanças que estão acontecendo no perfil de investimento dos brasileiros com relação à diversificação global nos últimos anos.

Depois falamos sobre a Bridgewater e finalmente sobre o All Weather Portfolio, a oportunidade que estamos trazendo agora!

Vale muito a pena!

Um abraço,

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