Diário de Bordo

Resumão “sem firula” do primeiro semestre de 2021

George Wachsmann

1 jul 2021, 10:24 (Atualizado em 1 jul 2021, 10:24)

Naturalmente, nesse dia primeiro de julho, eu decidi escrever sobre o fechamento do semestre deste desafiador ano de 2021, que tem sido uma espécie de prolongamento do ano de 2020, porque ainda todo o planeta — não só na esfera econômica — tem lidado com os desdobramentos da pandemia do coronavírus.

Tem vezes que não podemos escapar do que se impõe. Então não vou inventar: farei um Diário de Bordo mais “diretão”. Ah, mas antes de ir mais a fundo na parte factual, venho aqui avisar que os próximos dois Diários de Bordo serão escritos por ninguém mais, ninguém menos que Rodrigo “Kiki” Knudsen.

Eu vou tirar (necessárias) férias. Vocês ficarão em boas mãos.

O próprio Kiki brinca que eu já criei raízes aqui na minha cadeira da área de gestão da Vitreo, já que nem me lembro da última vez que saí pra descansar. Pois bem, Kiki. Agora a bola é toda sua. Vamos ao semestre:

O primeiro semestre de 2021 terminou positivo para o mercado brasileiro. “Positivo, mas não espetacular”, como disse o Felipe Miranda na live mensal do Carteira Universa, ontem.

A Bolsa chegou a bater novos recordes, ultrapassando os 130 mil pontos, e fechou os primeiros seis meses do ano com alta de 6,54%, enquanto as Small Caps se valorizaram 11,42%.

Ao mesmo tempo, o real se valorizou frente ao dólar, que rompeu a barreira abaixo dos R$ 5 pela primeira vez desde 10/06/2020, e ao euro. O primeiro teve queda de 3,74% no ano e o segundo de 7,06%, de acordo com a Economática.

Com esse cenário, ficou um pouco difícil encontrar “jogo”. Com a Bolsa subindo um pouco mais de 6% e o dólar caindo próximo de 4%, não foi fácil achar espaço pra conseguir boas chances de ganho na renda variável. E o mesmo ocorreu com a Renda Fixa, com a curva de juros sempre abrindo, com FIIs (ainda mais agora com essa perspectiva de taxação da proposta da reforma tributária) e, claro, com cripto, que sofreu uma grande queda, especialmente no 2º trimestre de 2021.

Mas esse movimento todo de mercado não aconteceu em linha reta, claro. Eu brinquei que, lá para o começo de março, a gente poderia ter “fechado a casinha” e tirado férias, como farei agora. O dólar chegou a 5,80, Bitcoin estava quase no seu recorde histórico (64 mil), ações de cannabis idem … mas infelizmente, o mercado não funciona assim. Então temos que lidar com todos esses cenários.

Vamos seguir com a análise.

Liderando a recuperação mundial e um dos destaques na campanha de vacinação, os Estados Unidos também apresentaram bons resultados. O país, que cada vez mais se aproxima de um cenário de ‘vida normal’, viu o S&P 500 subir 14,41% no ano e o Nasdaq 100, 12,54%, mesmo com o movimento de rotação setorial que existiu entre março e maio. Quem também desempenhou bem foi o MSCI World, com alta de 13,49% em 2021.

(Ah, importante, as informações sobre dólar, euro, MSCI World, S&P 500, Nasdaq 100, Ibovespa e Small Caps que estou disponibilizando neste Diário de Bordo foram retirados do Economatica e da Bloomberg, em consulta realizada hoje, dia 01 de julho).

Ainda no cenário internacional, o principal tópico de discussão nos mercados foi a inflação nos Estados Unidos. O Fed vem mantendo inalterada a taxa de juros no país e, paulatinamente, vem afirmando que este é um movimento transitório.

Com a projeção de juros de 2% ao ano no longo prazo, o Banco Central americano sinalizou que os juros podem voltar a subir a partir de 2023. Com Joe Biden na presidência, o país ainda aprovou diversos estímulos fiscais e desfez algumas decisões tomadas por Donald Trump, como retornar ao Acordo de Paris.

No Brasil, a principal preocupação vem sendo a inflação. A prévia do IPCA divulgada em 25 de junho aponta uma inflação de 4,13% no ano e 8,13% em 12 meses. O Copom já indicou que irá fazer o necessário para manter o indicador dentro da meta e vem elevando a Selic, que começou o ano em 2% e já está em 4,25% com previsão de seguir subindo.

Duas das promessas de campanha do governo Bolsonaro, que segue convivendo com manifestações pró e contra cada vez mais raivosas, a reforma administrativa e tributária, vêm andando a passos lentos no Congresso. Uma das mudanças sugeridas foi a alteração da tributação dos investimentos, o que chacoalhou o mercado nos últimos dias do semestre.

Ainda na política, o STF decidiu a suspeição do ex-ministro da justiça Sergio Moro nos julgamentos envolvendo Lula, que voltou a ficar elegível. Com a decisão, os casos contra o ex-presidente voltaram à estaca zero, e ele surge como o principal opositor a Bolsonaro em 2022. Tudo isso dentro de um contexto em que os números de mortes causados pelo coronavírus pioraram de forma significativa no Brasil. Ultrapassamos a marca trágica de 500 mil mortes. E, por mais que estejamos vacinando a população, ainda temos um grande caminho pela frente para podermos fazer como os ingleses na Eurocopa, que estão lotando estádios sem precisar usar máscara (que inveja!).

Também foi implementada a CPI da Pandemia. Dentre diversas declarações, a principal suspeita até o momento é a de irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. Funcionários do alto escalão do governo teriam superfaturado e até pedido propina para negociar vacinas. Isso tem potencial para causar volatilidade nos ativos de risco. A ver.

Por fim, o semestre terminou com o aumento da possibilidade de uma crise hídrica. Vivendo o pior regime de chuvas em 90 anos, o país pode ter que ativar as termelétricas de emergência, e a preocupação é a possibilidade de um blackout ou da necessidade do racionamento.

Ainda houve bastante tensão na América Latina. A Colômbia viveu diversos confrontos entre a população e a polícia; e a Argentina viu os números de casos de Covid no país aumentarem. Assim, a Copa América foi transferida para o Brasil. Além disso, com maioria da esquerda nos órgãos legislativos, o Chile aprovou a votação a favor de uma nova Constituição. Já na China a principal incerteza é relativa a como o governo irá regular os mercados. Inclusive, uma das polêmicas que acabou em janeiro foi o paradeiro de Jack Ma. O fundador da Alibaba passou três meses fora dos holofotes após críticas ao governo chinês. A gente acompanhou isso de perto, por conta das importantes posições que o fundo Tech Asia tem no continente.

Por fim, vou resumir o primeiro semestre com uma analogia que li no Telegram do Felipe. Esse primeiro semestre foi “aquele primeiro tempo de um jogo difícil, com gramado pesado e o adversário veio com aquela retranca”. Aquele jogo em que os jogadores precisam estar muito concentrados para – com o perdão da expressão — não fazerem cagada.

E, no meio desse contexto, é possível dizer que os fundos e produtos mais importantes da Vitreo – como o Carteira Universa (fechou o semestre com 4,41% ou 350% do CDI, bruto de impostos) e o FoF Melhores Fundos (fechou o semestre com 4,78% ou 377% do CDI, também bruto de impostos) — conseguiram marcar um golzinho chorado que deu uma ótima chance para conseguirmos os três pontos no final do jogo. Gol de placa mesmo ficou com o Oportunidades de uma Vida, que fechou o semestre com 22,72% bruto de impostos, bem à frente do Ibovespa que terminou com 6,54%…

RadioCash – episódio #22

No início da semana, o governo mostrou a parte 2 da sua proposta de reforma tributária. Muda tabela de IR, propõe imposto sobre dividendos, quer taxar os rendimentos dos FIIs, muda o come-cotas de semestral para anual e acaba com a escadinha do imposto em fundos de longo prazo. Enfim, uma proposta que já está dando o que falar.

Parece que a gente estava adivinhando, pois no episódio #22 do nosso RadioCash, a conversa foi justamente sobre tributação e a reforma tributária no Brasil com o grande economista e tributarista Bernard Appy.

“Quão ruim é, de fato, o sistema tributário nacional?”

“O sistema de tributação do Brasil é justo ou injusto?”

“O que seria um bom sistema tributário?”

“Quais seriam os impactos de uma reforma tributária no país?”

Você vai ter acesso à resposta dessas e de muitas outras questões clicando no botão abaixo. Como sempre, vale muito a pena acompanhar o conteúdo, ele está bastante informativo e atualizado, como não poderia deixar de ser.

Essa é para quem sempre quis investir no Agronegócio

Ontem, a Vitreo inovou mais uma vez e lançou o Vitreo Agro: o primeiro fundo multimercado de Agronegócio do Brasil, disponível para o público geral.

A tese, que conta com a nossa gestão ativa, aloca o seu patrimônio em ações, ETFs de commodities agrícolas e contratos futuros de maneira muito dinâmica, para você investir no segmento responsável por quase 27% do PIB do país de maneira muito segura e prática.

Poder vir aqui falar isso para você me deixa muito feliz, já que essa era uma necessidade antiga do brasileiro, que em pleno 2021 não podia contar com uma solução como essa.

Agora que a realidade é outra, você pode começar a expor o seu patrimônio ao agronegócio hoje mesmo se o fundo Vitreo Agro fizer sentido para o seu perfil de investimento e objetivos financeiros.

Caso o investimento nesse setor trilionário — que na nossa opinião tem tudo para entregar grandes lucros para a sua carteira — tenha te interessado, clique no botão abaixo e assista ao vídeo completo que eu gravei com todos os detalhes sobre o fundo.

Conhecer o Vitreo Agro

Live Carteira Universa

Ontem, aconteceu a live mensal Carteira Universa para prestarmos contas aos cotistas do fundo que é o carro-chefe da nossa casa e respondermos às principais perguntas de quem estava nos acompanhando ao vivo. Não existe nada parecido no mercado de capitais, não posso deixar de lembrar. E ela acontece em todas as primeiras quartas-feiras de cada mês. Na live de ontem, eu conversei com o Kiki, meu colega de gestão aqui na Vitreo, com o Felipe Miranda, a Larissa Quaresma, o João Piccioni e o Fernando Ferrer, da Empiricus, sobre os principais acontecimentos do primeiro semestre do ano.

Como o Felipe disse ontem, foi um bom semestre, não um semestre espetacular. No período, o Carteira Universa rendeu 4,41% (contra um CDI de 1,26%). Se a gente anualizar esses resultados, o lucro fica próximo de 9%. Ambos os resultados são brutos de impostos, naturalmente.

Dentre os principais pontos que abordamos, acho válido ressaltar que, nesse primeiro semestre, houve muito evento e fator de risco, com muita movimentação.

Inclusive, com a Bolsa “subindo” 6% e o dólar caindo 4%, só quem soube fazer um stock picking muito específico conseguiu ganhar dinheiro nesse cenário. E foi esse o nosso caso, o que impactou positivamente o resultado do nosso fundo.

Por outro lado, falando de modo geral e considerando a abertura da curva de juros e a consequente queda dos preços dos títulos, praticamente ninguém ganhou dinheiro com a renda fixa. Fundo imobiliário também foi mal nesse semestre ruim de jogo, e, quando a gente achou que a coisa ia começar a mudar e o cenário ia virar, surgiu essa reforma tributária com a proposta de começar a taxar os FIIs, que foram para a lona outra vez.

Metais andaram mal e as criptos também, mas, mesmo com tantas adversidades, deu para considerar que caminhamos bem com o Carteira.

Mas acho válido também a gente olhar para o longo prazo, porque é nisso que a gente acredita aqui na Vitreo. Por isso eu acho importante falar sobre a performance nos últimos 12 meses também. Olha só como o Carteira se comportou nesse período.db_img_01

Fonte: Vitreo – Carteira em 30 de junho de 2021

Desde o lançamento do produto, em 28 de junho de 2019, até 30 de junho de 2021, o fundo sobe 16,54% bruto de impostos, contra 6,86% do CDI, seu benchmark.

Com tudo o que eu falei aqui hoje, considerando o cenário desse primeiro semestre de 2021, mas também dos últimos 12 meses, nossas expectativas para o futuro do produto seguem sendo positivas, sempre lembrando que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Se você já é cotista do fundo ou se você deseja começar a investir no produto, clique no botão abaixo e assista na íntegra a nossa conversa de ontem, com todos os principais detalhes dessa prestação de contas para o Carteira Universa.

Tenho certeza de que você vai gostar.

E o spoiler da semana tem a ver com… commodities!

Hoje eu já falei sobre um lançamento inovador da Vitreo, que foi o fundo Vitreo Agro. Mas, como você já sabe, a gente adora inovar e trazer mais opções de investimento para você. Foi por isso que a gente decidiu lançar um outro fundo muito especial, ligado à tese de crescimento mundial neste momento de recuperação pós-pandemia.

Esse novo produto é o FoF Commodities. Por meio da nossa gestão ativa e dinâmica, você vai ter em sua carteira todas as teses de commodities da Vitreo em um único produto, que é o veículo definitivo para você aumentar suas chances de multiplicação de capital com as principais commodities disponíveis no mercado.

Estamos falando aqui sobre o petróleo, agronegócio, metais e créditos de carbono. Diversificação máxima para o seu portfólio quando o assunto é commodities.

Eu posso te garantir que não há nada remotamente parecido no mercado. Inclusive, já vou aproveitar este Diário de Bordo para te mostrar a alocação teórica do fundo neste momento, considerando o potencial de lucros vislumbrado no mercado das commodities pela nossa equipe:db_img_02

Fonte: Vitreo – Carteira teórica em 30 de junho de 2021

Com a nossa gestão ativa e alocação dinâmica, naturalmente isso poderá mudar com o tempo, conforme novas ondas de lucros se apresentarem.

Gostou do nosso mais novo lançamento? Eu espero sinceramente que sim, pois ele foi criado com muito cuidado para você.

Caso a solução faça sentido para o seu perfil de investidor e objetivos financeiros do futuro, clique no botão abaixo e conheça o regulamento completo, bem como todos os riscos do FoF Commodities.

Conhecer o FoF Commodities

#umfundopordia

A prateleira segue a todo vapor e ganhou mais oito integrantes nesta semana, sendo que cinco casas estrearam na nossa plataforma. A maioria das novidades possuem cashback.

Me acompanhe para conhecê-las agora:

Quando Roberto Justus, sócio-investidor da Nest, perguntou para a Integral “você topa ou não topa?”, a asset especializada em crédito privado não teve dúvida e montou um Power Couple, dando vida ao fundo co-gerido Nest Integral FICFIM.

Também focada em crédito privado, a Riza chega na prateleira com o Riza Lotus, o Riza Daikon e o Riza Meyenii 180. O último, inclusive, tem previsão para fechar em agosto. A gestora é capitaneada por Daniel Lemos, ex-Banco Pactual e ex-diretor da XP.

Outra opção de investimento em crédito privado é o Solis Capital Antares Light. Focado no mercado de direitos creditórios, o fundo possui como responsáveis pela gestão Delano Macedo, que trabalhou no Banorte, e Ricardo Binelli, que começou sua carreira na Integral.

Em renda variável, temos o Grou Absoluto, fundo com resgate em três dias que investe em empresas que sigam tendências de longo prazo, estejam subavaliadas ou em processo de turnaround. Uma das teses da asset é o lítio, commodity utilizada para fazer bateria de carros. A casa, fundada em 2017, é um spin-off da BRZ Investimentos, e o time de gestão é o mesmo que gere o produto desde 2014.

Subimos também os famosos Skopos Blue Birds e o Skopos BZ+ como novidades nos fundos de ações. Os fundos são da gestora dos irmãos Marcelo e Pedro Cerize, que são sócios da casa de análise Inversa (a Empiricus chegou a ser sócia da Inversa no passado).

Vale lembrar que a Vitreo possui o programa Cashback sem conflitos. Caso você já possua algum desses e outros produtos custodiados em outras casas, você pode pedir a portabilidade para a Vitreo. Assim, você investe nos seus fundos favoritos e ainda aproveita o benefício do cashback. Não deixe de ler os regulamentos dos fundos e seus fatores de risco antes de investir. Também é sempre importante verificar se o apetite de risco do fundo está em linha com o seu perfil de investidor.

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