Diário de Bordo
Sardinhas enlatadas
Voltando a falar de rock, tenho que relatar aqui a minha experiência no The Town para assistir ao show do Foo Fighters. Já fui em muitos (muitos mesmo), mas posso dizer que essa foi a pior experiência que tive, apesar da grande performance da banda.
Acho que já está bem divulgado na mídia a péssima estrutura do evento, o que foi uma surpresa, dado que a organização foi feita pelo pessoal do Rock in Rio, onde sempre tive uma excelente experiência.
Da localização e acesso aos palcos para a qualidade (e quantidade) dos banheiros, foi uma grande bagunça.
No final fiquei parado esperando o último show, com medo em ficar (novamente) preso na muvuca dos acessos. Afinal, estou quase nos 50 anos e não aguento mais o pique do pessoal mais novo.
Sem falar no péssimo line-up do dia antes do headliner, salvo apenas por uma boa performance do Barão Vermelho e seu convidado Samuel Rosa, ex-vocalista do Skank.
Agora, o Foo Fighters, apesar de não estar entre minhas bandas favoritas, teve uma performance impecável, cantando todos os hits e encantando a plateia cheia de fãs.
O Foo Fighters era para ter tocado aqui no Brasil no festival Lollapalooza em 2022, mas seu baterista, o excelente Taylor Hawkins, morreu de overdose na Colômbia dois dias antes; obviamente, o show foi cancelado.
No entanto, fiquei impressionado com Josh Freese, o novo baterista. A substituição foi à altura.
Para mim, faltou apenas a música Arlandria, favorita do meu filho mais novo, que estava no perrengue comigo.
Mas com certeza teria sido melhor um show solo deles em vez de um festival mal organizado.
Sorte que ninguém se machucou gravemente enquanto tentava passar de um lado para outro como sardinhas em lata, dado que os palcos estavam muito próximos.
Essa situação me lembra um efeito muito comum que acontece nos fundos de investimento, mas que não recebe a devida importância:
A porta de saída é sempre mais estreita do que a porta de entrada.
Tudo está ótimo quando o dinheiro está entrando. Mas muitas vezes a captação é feita indiscriminadamente e o passivo fica ruim para o prazo de resgate do fundo.
Quando chega um momento difícil de mercado (posso garantir que ele sempre chega), o fundo pode entrar em apuros.
Tivemos recentemente uma proliferação assustadora de fundos de crédito que estão fechando para resgate por problema de liquidez.
Pelos menos 3 assets já entraram nessa. Fico perplexo que algumas pessoas achem “normal” fechar um fundo para resgate.
A narrativa é de que está fechando para proteger o cotista. Minha leitura é de que está fechando porque errou feio.
Aprendi nas minhas andanças que liquidez é sagrada. O planejamento dos fundos deveria ser melhor (ou a ganância deveria ser menor).
Se o fundo me informa que seu prazo de resgate é de 90 dias, eu planejo minha vida levando em conta o acesso a este dinheiro – ou parte dele.
Isso é muito grave. Em 2008, perdi a confiança com os hedge funds lá de fora, que na Great Financial Crisis não tinham a devida liquidez para pagar resgates e inventaram de tudo para demorar a devolver o dinheiro dos investidores (gates, side–pockets etc).
Você perde a confiança não só no gestor, mas também no produto. É um desserviço ao mercado financeiro.
E a confiança, uma vez perdida, demora muito para ser reconquistada. Ou nunca o é. Quinze anos depois, eu ainda não gosto de investir nesses hedge funds internacionais.
Portanto, a recomendação é sempre a mesma. Entenda os riscos dos produtos investidos e não esqueça do risco de liquidez!
Como gestor, tomo muito cuidado com isso.
Vou tirar umas férias, portanto não poderei assinar os próximos 2 Diários de Bordo. Mas tudo já foi planejado e você estará em boas mãos, com tópicos quentes do momento.
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Até a volta!
Um abraço,
Rodrigo Knudsen
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