Diário de Bordo

Uísque com gelo, por favor

George Wachsmann

21 nov 2019, 10:54 (Atualizado em 21 nov 2019, 10:54)

– Uísque com o quê?

– Só com gelo, por favor.

A história conta que o primeiro uísque era uma bebida bastante revigorante, destilada quase que exclusivamente por monges. No início, era muito usado como medicamento para o tratamento de quase todas as doenças, da varíola até a paralisia. Mais tarde, Henrique VIII fechou os mosteiros, afastou os monges, e, depois disso, a produção de uísque seguiu sendo feita nas casas e chácaras de escoceses comuns.

Com o tempo, essas “destilarias caseiras” aprimoraram o processo e descobriram que o uísque poderia ser uma experiência de degustação. Foi quando um jovem chamado John Walker, proprietário de uma mercearia em Kilmarnock decidiu que queria uísque marcantes, com qualidade e sabor consistentes. Ele começou a misturá-los até conseguir produzir um uísque que o deixou feliz de nele colocar seu nome. Assim nasceu a lendária Johnnie Walker, com seus vários rótulos.

Não há uma maneira certa ou errada de beber uísque. Alguns bebem puro – o famoso caubói. Outros preferem só com gelo – também chamado de on the rocks. Lembro quando minha mãe me ensinou a saborear o autêntico rye whisky. Antes de descobrir que é celíaca, ela gostava de tomar uma dose do Canadian Club, diluída com água mineral e bastante gelo.

A principal diferença entre o uísque escocês e o bourbon é a geografia, embora eles também possuam alguns ingredientes distintos. O escocês é um destilado feito na Escócia, enquanto o bourbon é produzido nos Estados Unidos, mais precisamente em Kentucky.

As regras que regem o bourbon são menos rígidas que as do uísque escocês, mas para ser qualificado como tal, a bebida alcoólica precisa atingir uma série de parâmetros técnicos e seguir critérios muito específicos. Foi aí que aprendi que existem “tipos de bourbon“. A organização Federal Standards of Identity for Bourbon, nos EUA, determina que o líquido deve ter pelo menos 51% de milho – o restante da mistura pode ser composto de cevada maltada, centeio ou trigo.

Além disso, o uísque deve ser destilado a não mais que 80% de álcool por volume e armazenado em barris novos de carvalho, sem nenhum tipo de aditivo. Com o tempo, criaram-se “tipos de bourbon“. O Straight Bourbon é um bourbon puro, envelhecido por no mínimo 2 anos e sem aditivos. Já o blended bourbon pode incluir outras bebidas alcoólicas e sabores, contando que tenha pelo menos 51% da versão pura (straight).

Desde que lançamos o primeiro fundo de Canabidiol do Brasil, recebemos uma enxurrada de e-mails. Como um bourbon puro (com 100% dos investimentos no exterior), por questões regulatórias, ele é exclusivamente para investidores qualificados. Atendendo a pedidos, agora conseguimos ter um “blended bourbon” deste fundo, uma espécie de versão aguada, com personalidade própria.

Agora sim, todos os investidores podem ter acesso a um dos setores mais quentes da atualidade (dessa vez, diluído em um copo alto com gelo).

Canabidiol Light: o fundo Canabidiol, agora para todos os investidores

Vitreo Canabidiol Light FIC FIM é o primeiro fundo de canabidiol no Brasil acessível a todos os investidores.

Atendendo a pedidos dos nossos clientes, foi possível montar uma carteira que combina o fundo Canabidiol FIA IE com um fundo DI de taxa zero.

Digamos que o Canabidiol Light é uma versão “on the rocks” do Vitreo Canabidiol. Ele permite investir nas empresas que estão explorando as oportunidades da indústria de cannabis (medicamentos, cosméticos, alimentos e bebidas entre outros produtos), enquanto mantém parte da carteira em uma aplicação totalmente segura.

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Como você pode ver acima, ele é um fundo que investe 20% no primeiro fundo de Canabidiol e 80% em um fundo simples DI, com taxa zero – semelhante ao que você usaria na sua reserva de emergência.

Esses percentuais foram definidos respeitando o limite máximo de alocação no exterior que a CVM permite para investimentos para o público geral.

Com taxa de apenas 0,056% ao ano de Taxa de Administração e sem taxa de performance, o Canabidiol Light é um fundo composto majoritariamente de LFTs (renda fixa pós-fixada), combinado com ETFs e ações do setor de cannabis nos Estados Unidos e Canadá. Essa taxa remunera apenas o Santander, administrador do fundo. A Vitreo é remunerada pela taxa cobrada no Canabidiol FIA IE.

O fundo tem prazo de 12 dias no resgate (10 dias corridos até a cotização, mais 2 dias úteis até o pagamento).

Tem riscos, Jojo?

Como tudo na vida, sim. Mas também tem um alto potencial de valorização.

Apesar de parecer uma exposição bastante diluída, é fundamental analisar com cuidado se essa alocação está de acordo com o seu perfil de investidor e com seus objetivos e horizonte de investimento.

Afinal, 20% da carteira estarão:

  • Investidos em ações (renda variável) no exterior;
  • Em moeda estrangeira, diretamente impactado pelo câmbio (afinal, o fundo investe lá fora, em dólares americanos e canadenses);
  • Em um mercado ainda “em maturação”, sujeito aos altos e baixos do processo de regulamentação em vários países.

Um bom exemplo de como esse investimento pode balançar é o movimento que temos acompanhado este ano no mercado de cannabis.

Usando como referência o índice de ações Prime Alternative Harvest Index (HARVEST), principal indicador do setor de cannabis, que contempla 36 ações, vemos que o mercado registrou uma forte alta (quase +49%) no 1º trimestre do ano.

O humor virou completamente, influenciado pelo resultado ruim das empresas do setor e com as incertezas com relação a aprovação do uso medicinal em âmbito federal nos Estados Unidos (hoje mais de 30 estados americanos já regulamentam o uso medicinal, mas são regulamentações estaduais). Das máximas no final de março até 18/nov, o HARVEST apresentou queda de 56%.

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Fonte: Prime Alternative Harvest Index (HARVEST), Prime Indexes, Base 100 em 15/12/2017.

No dia 19/11, o Comitê de Justiça do congresso americano aprovou a lei “Marijuana Opportunity, Reinvestment and Expungement (MORE) Act”, que agora deverá seguir para a votação no plenário, abrindo caminho para encerrar definitivamente a proibição do uso da cannabis nos Estados Unidos. O HARVEST já subiu mais de 15% nos últimos 2 dias.

Alta variação de preços (alta volatilidade) nos ativos de um setor com alto potencial de valorização. Isso sem esquecer da combinação com a exposição cambial dos nossos fundos (que são negociados em reais e investem em ativos negociados em dólares americanos e canadenses).

Então, não deixe de avaliar essas características antes de decidir quanto você pode investir nesse produto.

Últimas mudanças no Melhores Fundos

Para quem ainda não viu, tem novidade saindo do forno no relatório “Melhores Fundos” da Empiricus.

A leitura da história contada pela Ana Luisa dá – literalmente – água na boca.

A “pizza” (como normalmente nos referimos ao gráfico que mostra a alocação da carteira) ganha novos ingredientes para incrementar seu sabor (ou a consistência dos retornos do FoF). Recebemos com satisfação a indicação de incluir 3 novos fundos sistemáticos dentro da carteira teórica do FoF Melhores Fundos.

Fundos sistemáticos seguem regras pré-estabelecidas de gestão, sem influência humana no dia a dia. Usam algoritmos para tomada de decisão, não sofrendo os vieses comportamentais que afligem os gestores. A entrada deles na carteira deve trazer ainda mais estrutura e diversificação para nossa carteira.

A ideia é reduzir a alocação em “Caixa” (renda fixa pós-fixada) de 8,75% para 5,5%, também reduzir pontualmente a alocação em 2 fundos multimercados (Adam de 6% para 5,5% e Paineiras de 5,25% para 4,5%) e alocar 4,5% divididos no Pandhora Feeder, Canvas Vector e Giant Zarathustra II.

A tabela abaixo ajuda a visualizar as mudanças pretendidas:

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Como sempre, faremos nossa análise desses gestores, que já acompanhamos há bastante tempo. E assim que estivermos com tudo pronto vamos começar a realocar a carteira do FoF Melhores Fundos.

Quando fizermos isso, traremos mais detalhes sobre os novos ingredientes, suas estratégias, seus gestores e histórias.

Carteira Universa

Como adiantei no último Diário de Bordo, o Carteira Universa já está muito próximo de fechar para mais uma parada técnica, que não deve passar do final deste mês. Lembrando que o fundo fechará inclusive para aqueles que já investiram no fundo anteriormente.

O fundo combina investimentos em várias classes de ativos, de títulos públicos na Renda Fixa, até ações, passando por fundos imobiliários e proteções como Ouro e Dólar.

Então, se você tem interesse no Carteira Universa, minha dica é não deixar para depois!

Minhas Movimentações: melhorias para você

Dentro da área logada do site, você encontra o menu “Minhas Movimentações”, que serve como um relatório completo e bem detalhado das suas movimentações (como o próprio nome já diz).

Agora, você conta com um novo recurso, com a nova coluna “Pagamento”, que informa a data em que será pago o seu resgate.

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App Vitreo: atualizações a todo vapor

Nosso time de Tecnologia e Inovação não para e o app da Vitreo está ficando cada dia mais completo para melhorar – ainda mais – a sua experiência com a gente.

Agora, na área logada da Previdência, você pode realizar a portabilidade entre os planos Vitreo – recurso que até então, estava disponível somente no site.

Ah, uma dica de ouro: não esqueça de atualizar o seu app para versão mais recente (2.2.22), seja IOS ou Android.

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Baixe agora nosso app

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Pergunte ao Jojo

Abri este espaço para responder algumas das várias perguntas que tenho recebido por e-mail. Ah, só lembrando que o espaço aqui é destinado para dúvidas gerais de produtos, críticas e sugestões dos produtos Vitreo. Para as demais perguntas, criamos uma central de atendimento onde é possível encontrar os diversos caminhos para tirar dúvidas ou resolver problemas: clique aqui.

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Essa é uma pergunta que muitos têm feito para o nosso time de Atendimento. Inclusive, falei um pouco sobre isso no Lado a Lado com o Editor (que você já confere mais abaixo). Afinal, a parcela de renda fixa do Canabidiol Light serve ou não serve como uma reserva de emergência?

Eu brinco dizendo que parece, mas não é! Começando do princípio básico de se ter uma “reserva de emergência”: é justamente poder usá-la a qualquer momento ou, como o nome já diz: em uma emergência.

Parece: o fundo que escolhemos para formar os 80% de caixa do Canabidiol Light, o Pi Selic FIRF Simples, fundo DI com taxa zero, é uma das melhores opções do mercado para ser usado como reserva de emergência.

Mas não é: pelo fato do fundo Canabidiol Light ter 12 dias para resgate, (sendo 10 dias corridos até a cotização, mais 2 dias úteis até o pagamento), eu entendo que ele não serve como reserva de emergências.

Como comento no Lado a Lado, o fundo da PI acaba servindo como uma espécie de colchão de segurança (para diluir o risco de investimento em ações no exterior), mas perde a liquidez diária dentro do fundo.

Além disso, o retorno das duas partes (20% no Canabidiol FIA IE e os 80% no Pi Selic FIRF Simples) aparecerá misturado na cota do Canabidiol Light, o que pode causar confusão para quem, ainda assim, tentar usar os 80% como reserva de emergência.

Por fim, não custa repetir: o Canabidiol Light é para diversificar o risco da sua carteira e o meu conselho é não colocar 100% do seu capital nele.

Lado a Lado com os Editores: Money Rider

O Lado a Lado desta semana é uma edição especial. Tive o prazer de conversar João Piccioni Jr e Enzo Pacheco, editores do relatório Money Rider, da Empiricus, para sanarmos todas as possíveis dúvidas sobre o Canabidiol Light e, ainda, falar um pouco sobre os mitos e verdades do mercado de cannabis.

No bate-papo, os autores da carteira teórica também explicaram um pouco mais sobre o mercado dos derivados da cannabis pelo mundo – em especial no Canadá e Estados Unidos – onde estão listadas as ações das empresas presentes nos nossos fundos Canabidiol FIA IE e Canabidiol Light.

Um abraço,

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