Entre Inflação, Juros e Tarifas: O Que Esperar do Mercado?

Janeiro ficou para trás, e fevereiro já começa com novos dados econômicos nos EUA, discursos do Powell e mais anúncios sobre tarifas.

O Payroll de sexta (07), que mede a criação de empregos formais nos EUA, registrou 143 mil novas vagas, abaixo das 170 mil esperadas. A taxa de desemprego seguiu em 4,0%, indicando um mercado de trabalho menos aquecido. Já o relatório JOLTS, que acompanha o número de vagas abertas e a rotatividade no emprego, mostrou uma queda de 8,2 milhões em novembro para 7,6 milhões em dezembro, abaixo da projeção de 8 milhões. O resultado sugere um mercado de trabalho menos apertado, com menor número de posições abertas à espera de contratação.

Powell reforçou no Congresso que o Fed não tem pressa para cortar juros e que as decisões seguirão baseadas nos dados. Destacou que a inflação ainda exige cautela e reafirmou a independência do banco central diante de pressões políticas. Sobre o balanço patrimonial, indicou que a redução continuará de forma gradual para evitar instabilidade no mercado.

A inflação ao consumidor americana (CPI) de janeiro subiu 0,5%, acima da projeção de 0,3%, enquanto o núcleo avançou 0,4%, acima da expectativa. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento nos custos de moradia e nos preços dos alimentos. O dado reforça a cautela do mercado em relação ao corte de juros pelo Fed, indicando que a inflação segue resiliente.

No quesito tarifas, Trump anunciou tarifas sobre alumínio e aço, reacendendo tensões comerciais. O governo americano oficializou a imposição de 25% sobre o aço e o alumínio, atingindo alguns parceiros comerciais, incluindo o Brasil. A justificativa apresentada foi a necessidade de proteger a indústria local contra práticas desleais e evitar a saturação do mercado doméstico. A decisão gerou preocupações sobre impactos nos preços e nas cadeias globais de suprimentos, especialmente para setores que dependem dessas matérias-primas.

No Brasil, o IPCA de janeiro veio em 0,16%, levemente abaixo da expectativa de 0,17%. No acumulado de 12 meses, caiu para 4,56%, puxado por energia elétrica, mas a composição do índice ainda preocupa. Os juros futuros recuaram levemente, enquanto o Boletim Focus (07/02) elevou a projeção do IPCA para 2025, agora em 5,58%, bem acima da meta. Janeiro foi forte para os ativos locais, mas fevereiro tem andado de lado, até o dia 11/02 o Ibovespa acumula alta de 0,31%, enquanto o dólar fechou a R$5,76.

Com a nossa Bússola do Mercado calibrada, como ficaram os resultados dos fundos?

Agora é hora de conferir como algumas estratégias Empiricus Gestão enfrentaram as turbulências recentes.

Com a bolsa local com uma leve alta, os fundos de ações seguem registrando ganhos nessas duas primeiras semanas de fevereiro. O Empiricus FoF Melhores Fundos Ações subiu +0,65%, as versões de previdência também acompanham o desempenho, o Empiricus FoF SuperPrevidência Arrojado (+0,89%), voltado para investidores geral com 70% de exposição em renda variável, e o Empiricus FoF SuperPrevidência Ações (+0,69%), para investidores qualificados.

Na parcela de renda fixa, o Empiricus Atrium acumula +0,39%. O fundo investe em mais de 14 FIDCs, uma classe que teve um crescimento expressivo no ano passado e segue com um cenário favorável.

Com metade do mês pela frente, ainda há muitos fatores para acompanhar de perto. Seguimos atentos aos movimentos do mercado para entender como essas variáveis evoluem e quais novas oportunidades — ou riscos — podem surgir.

Abraços,
Yasmin Orozimbo