Diário de Bordo

O primeiro pedaço de bolo

George Wachsmann

7 nov 2019, 10:08 (Atualizado em 7 nov 2019, 10:08)

Como de costume, em todo primeiro Diário de Bordo do mês faço um panorama do que aconteceu no mês anterior. Tudo que aconteceu nos mercados, nos nossos fundos ou na Vitreo.

Este não seria diferente. E posso dizer? Outubro foi especial. No final do mês a Vitreo completou seu 1º ano de vida.

Claro que a nossa história começou muito antes de outubro de 2018. É como se fosse uma gestação: é preciso passar meses em desenvolvimento. Dias e meses de muita expectativa até chegar o dia mais esperado: em 22 de outubro do ano passado nasceu a Vitreo.

Há um ano lançamos o nosso primeiro produto – que revolucionou o mercado da Previdência – e em menos de 6 meses de operações eu já sabia que estávamos no caminho certo.

Não me enganei.

Fazendo aqui o balanço desses últimos 365 dias, não me faltam motivos para celebrar. Há um ano nos comprometemos a melhorar a relação que você tem com os seus investimentos. E este segue sendo o nosso lema diário.

Comemoramos o nosso 1º primeiro aniversário ganhando um presente mais do que especial: a sua confiança por nos escolher a trilhar o caminho dos investimentos lado a lado.

Você, junto com os nossos mais de 40 mil investidores, você ajudou a construir o que somos hoje e a fazer parte da nossa história. E que ainda está só começando.

Hoje, aproveito – também – para agradecer o time da Vitreo que trabalha o tempo todo para atender, criar, melhorar e cuidar dos seus investimentos.

Em meu nome e em nome de todo nosso time: muito obrigado pela sua confiança!

Na nossa festa de aniversário, é claro que o primeiro pedaço de bolo é seu.

O que aconteceu em outubro

O mês começou tumultuado com apreensão sobre as negociações entre os EUA e a China; atraso, dificuldades e descontos na reforma da Previdência. Mas a poeira logo abaixou e os mercados seguiram a inevitável tendência dos últimos meses.

No exterior, a indicação de um acordo (ainda que parcial) na guerra comercial e a prorrogação do capítulo final do Brexit, acalmaram os mercados. Os números positivos de PIB e criação de empregos nos EUA aliviaram o risco de uma recessão imediata.

No Brasil, a aprovação definitiva da reforma da Previdência pavimentou o caminho para novas reformas. E, junto com a melhoria nas perspectivas de crescimento, contribuiu para a boa performance dos mercados locais no mês.

Pelo lado negativo, tivemos a eleição na Argentina e distúrbios no Chile, mostrando que o mundo tem instabilidades dormentes em todos os lugares. Além dos fantasmas permanentes do Brexit, guerra comercial, risco de recessão global e contínuo “barulho” político em torno da família Bolsonaro.

Parece até que os agentes do mercado estão com viés de confirmação: incorporam as notícias positivas às suas projeções ao mesmo tempo que ignoram os dados negativos. Ou, talvez, os efeitos negativos de alguns acontecimentos serão postergados indefinidamente para não estragarem o belo momento do presente.

Depois de 10 dias de penitência no início do mês, a Bolsa brasileira subiu 2,36% em outubro, atingindo sua máxima histórica de 108.407 pontos no penúltimo dia do mês – antes de fechar levemente abaixo disso no dia seguinte. A bolsa norte-americana não ficou atrás e subiu mais que 2%, batendo recordes por lá também.

Os juros locais continuaram seu movimento de fechamento de taxa, com o Copom cortando a taxa Selic para 5% e quase garantindo que baixarão para 4,5% na próxima reunião em dezembro. Movimento quase sincronizado com o Fed (Banco Central Americano) que baixou os juros básicos para 1,75% por lá.

Destaque também para o câmbio. Vimos o Real se valorizar frente ao Dólar americano, fechando o mês em 4,00.

Dado o ambiente de juros baixíssimos, não tem para onde o dinheiro ir. Fica claro que a bolsa brasileira é a melhor aposta no momento, com bastante espaço de alta nos próximos dois anos.

Como os nossos fundos se comportaram

Em um mês de recordes, nossos fundos também fizeram seu papel. Aproveitaram a alta do mercado de ações, do fechamento dos juros e da valorização do Real.

Antes de falar dos resultados dos nossos fundos, vale a pena citar a performance abaixo do esperado dos fundos de crédito nos últimos meses, causada por uma pressão vendedora na migração destes papéis para ativos de maior risco (e rentabilidade esperada).

Não necessariamente os ativos perderam qualidade, nem seu risco de crédito (ou a perspectiva de que essas dívidas serão pagas) mudou. Entendemos que nossos gestores estão bem posicionados para aproveitar essa oportunidade (ativos de crédito com prêmios mais altos) e atravessar esses períodos de mais nervosismo dos clientes.

Já fizemos ajustes importantes em setembro na alocação de Renda Fixa Crédito, diversificando em vários gestores e reduzindo uma parte da exposição.

Comentários feitos, vamos aos resultados.

O nosso primogênito, FoF SuperPrevidência, fechou o mês com alta de 1,06% contra 0,48% do CDI (ou 222,12% do CDI) e fechou seu primeiro ano acumulando 180,27% do CDI.

Como os outros fundos de previdência não completaram 6 meses, ainda não podemos divulgar sua rentabilidade. Mas posso adiantar que o FoF SuperPrevidência 2 e FoF Prev Arrojado estão com excelente rentabilidade também.

Destaque negativo para o FoF Prev Conservador que sofreu com o movimento de pressão no mercado de crédito privado (citado acima).

FoF Melhores Fundos também se beneficiou do movimento do mercado e fechou o mês com alta de 1,21% (ou 252,26% do CDI) e acumulado 201,21%, desde o seu início. Destaque para o Ibiuna Hedge STH com rentabilidade de 342% CDI, desde o início do nosso fundo. Dentre os fundos de renda variável, o fundo Brasil Capital teve a melhor performance, com rentabilidade de 23,9% (ganho de 12,7% sobre o Ibovespa) também desde o início de abril.

Destaque para o Carteira Universa que completou 4 meses em alto estilo. A performance segue bem forte, assim como a do PRP.

Destaque negativo para o MAB Plus que fechou o mês em queda, apesar da alta do Ibovespa e do índice de Small Caps. As ações do fundo performaram coletivamente pior o que o mercado no mês. As teses de investimento continuam sólidas e com o tempo devem maturar e gerar retornos acima do mercado para o fundo. Devemos sempre olhar para o longo prazo, principalmente para fundos de ações.

Vitreo Ouro fechou o mês em queda, em linha com o Ouro negociado na B3 (contrato OZ1D) que caiu 0,45%. Importante entender que esse fundo combina o movimento do Ouro lá fora com a variação cambial.

Últimas mudanças nas carteiras dos fundos

No início de mês, reduzimos a exposição dos fundos imobiliários no Carteira Universa em 2,60% (tirando 1,7% do RBR Rendimento High Grade FII (RBRR11) e 0,15% nos outros 6 FIIs). A alocação nessa classe ficou em 9,80%.

Com os recursos da venda, aumentamos a alocação em Ouro de 5% para 5,85% (agora estamos usando o Vitreo Ouro FIM, taxa zero, para novas alocações). E aumentamos a parcela de Renda Variável para 33,25%, com a compra de 1,75% da Azul (AZUL4).

No meio do mês trocamos Equatorial (EQTL3) por BancoPan (BPAN4). E no final do mês reduzimos a posição de Dólar (de 7% para 5,5%), alocando em Renda Fixa pós-fixada.

No MAB Plus compramos POMO4, diluindo as demais ações da parcela “Microcap”. Depois compramos CYRE3 e PETR4 (essa agora nessa semana), diluindo as demais ações da parcela “MAB”.

No PRP logo no início do mês, compramos 4% em B3 (B3SA3) na parcela de ações “Sistêmica”, diminuindo BOVV11 de 14% para 10%. Nessa semana trocamos Kroton (COGN3) por Eletrobrás (ELET3).

No FoF Melhores Fundos, como escrevi aqui no último Diário de Bordo de setembro, adicionamos o Kinea Atlas II FIM na carteira de Multimercados.

Nessa semana, a turma da Empiricus que assina o relatório “Os Melhores Fundos de Investimento” indicou a substituição do JGP Corporate Plus FICFIM CrPr pelo JGP Select FICFIM CrPr.

Eu gosto da mudança porque, assim, o Alexandre Muller, gestor do fundo, (reveja nosso bate papo) tem mais liberdade para alocar em títulos de renda fixa crédito no exterior (o limite de 10% passa para 40%). Como o fundo já está aprovado pela nossa Due Diligence, devemos começar a alocar já na semana que vem e fazer a troca do saldo alocado lá na próxima janela de resgate na virada do ano.

Fechamento do Carteira Universa

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Carteira Universa já está com R$ 600 milhões de patrimônio líquido e muito próximo de fechar.

Assim como fizemos no início de agosto, estamos nos preparando para nossa segunda parada técnica quando o fundo atingir R$ 700 milhões. Como da primeira vez, a ideia é parar para avaliar as condições de liquidez nas quais os ativos da carteira – em especial o ouro – as ações e fundos imobiliários, negociam na bolsa de valores.

Não queremos ter um tamanho que atrapalhe as transações que fazemos todos os dias. Queremos manter nossa agilidade para nos “movimentarmos” sem impactar os preços de mercado.

Assim que completarmos essa adaptação ao novo patamar – e desde que as condições de mercado o permitam – poderemos retomar nossa escalada e voltar a aceitar o aporte de novos recursos dos atuais ou novos investidores no fundo.

Não temos como controlar a velocidade dos aportes no fundo. Então, se você tem interesse no Carteira Universa, não deixe para depois. Lembrando que o fundo fecha inclusive para aqueles que já investiram no fundo anteriormente.Quero investir

Pergunte ao Jojo

Abri este espaço para responder algumas das várias perguntas que tenho recebido por e-mail. Ah, só lembrando que o espaço aqui é destinado para dúvidas gerais de produtos, críticas e sugestões dos produtos Vitreo. Para as demais perguntas, criamos uma central de atendimento onde é possível encontrar os diversos caminhos para tirar dúvidas ou resolver problemas: clique aqui.

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Excelente pergunta. Não é a primeira vez que recebo ela. Estamos trabalhando na ideia de um FoF de fundos imobiliários sim. Um FoF assim precisa de um pouco mais de planejamento por ter características diferentes dos outros FoFs que já temos. Enquanto ele não vem, temos hoje exposição a alguns fundos imobiliários (FIIs) tanto no Carteira Universa como no PRP.

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Super obrigado pelo depoimento e pela confiança! Você não é a primeira pessoa que me escreve pedindo ajuda! Nem vou enrolar, só lê aqui embaixo.

Vem aí … Canabidiol para o público geral

De fato, tenho recebido muitas queixas de investidores que gostaram da tese de investimento do Canabidiol, mas que não conseguiram investir por não serem Investidores Qualificados.

Lembro aqui que essa não é uma decisão comercial da Vitreo e sim uma exigência da regulamentação da CVM.

Estamos trabalhando para trazer uma alternativa para que o investidor geral também possa participar dessa tese de investimento.

Acredito que na semana que vem já trago novidades!

Lado a lado com o Gestor: Velt Partners

Esta semana você vai assistir a mais uma estreia!

Convenci o Maurício Bittencourt, da Velt Partners, a perder o medo das câmeras. Mas, claro, que tive a ajuda da Flavia e do Roberto nesse processo.

A conversa foi ótima.

Maurício contou sobre a filosofia de investimento que tornaram a Velt Partners (você vai ver que o “Partners” está intimamente ligado a isso) uma das gestoras mais respeitadas do Brasil – tanto pelos investidores locais como pelos investidores estrangeiros.

Está imperdível!

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