Diário de Bordo
Passagem e permanência
Uma das obras de arte mais famosas e reconhecidas no mundo é “A Grande Onda de Kanagawa”, uma xilogravura do mestre japonês Katsushika Hokusai. Produzida em 1830, retrata a fragilidade humana em comparação com as forças da natureza.
A crista da onda, em seu ápice, está prestes a esmagar os barcos e a espuma tem o formato de garras.
Não importa se a onda foi produzida por um tsunami oriundo de um terremoto, ou é simplesmente uma onda gigante aleatória e traiçoeira (vagalhão), ou ainda uma onda sobrenatural, monstruosa e fantasmagórica. O que importa é que o desastre é iminente.
Lá no fundo, inabalável, está o monte Fuji. Contrastando com toda a tensão do movimento das águas, há a tranquilidade de uma das montanhas mais famosas do mundo, que calmamente observa, sabendo o que é eterno e o que é passageiro.
Aqui na Vitreo pensamos nossos fundos com “a cabeça do Monte Fuji”. Buscamos estratégias que sobrevivem às ondas mais tempestuosas (ainda que passageiras), em alocações para todas as estações.
Começo de mês conturbado?
“If you believe in nothing else
Just keep believing in yourself
There will be times of trouble,
It’s gonna hurt like hell
This much I know, all ends well
It all ends well”
– Alter Bridge
Mesmo com a retomada do índice Bovespa, que subiu mais de 2% nestes primeiros dias do mês, recuperando a perda de agosto, nossas carteiras não performaram tão bem neste começo de mês, apesar de todas terem alocações estruturais em bolsa.
Como se compõe o índice Bovespa?
O Ibovespa é um índice que replica o desempenho de algumas empresas. Atualmente 50% do índice é composto por 5 grupos econômicos: Itaú, Bradesco, Petrobrás, Vale e Ambev. Ou seja, ele varia de acordo com o quanto a média dessas empresas rendeu, com as oscilações da Bolsa. Por muito tempo, o Ibovespa foi concentrado em empresas estatais e exportadoras de commodities.. Portanto, é sempre bom saber o que o índice é e entender que ele, de fato, não representa muito bem a economia.
Em setembro, o índice foi impulsionado apenas por suas “Blue Chips”, isto é, apenas carteiras concentradas nestas empresas se deram bem. Não foi o caso das nossas alocações diretas nem dos fundos que compramos. Devemos vender tudo e concentrar nessas empresas? É claro que não. Como sempre dizemos, nossos investimentos são pensados para o longo prazo. Neste horizonte, batemos tranquilamente o Ibovespa.
No mês, o índice de Small-caps (ações menores da bolsa) cai mais de 1%, enquanto o Ibovespa sobe mais que 2%. Entretanto, no ano, o índice de Small-caps rende acima de 26%, batendo o Ibovespa por mais de 8%. Portanto não é hora de se assustar.
Pense no longo prazo. Se a empresa é boa, o fundamento irá prevalecer. Quando as ondas o assustarem, lembre-se do Monte Fuji.
Evolução da alocação do Carteira Universa
“A moment of glory called evolution”
– Scorpions
Apesar de focarmos e insistirmos em investir para o longo prazo, ajustes constantes são sempre feitos para adaptar a trajetória de nossos barcos e desviar das maiores ondas (ou aproveitá-las para nos impulsionar).
O fundo Vitreo Carteira Universa, inspirado na publicação “Carteira Empiricus”, é nosso fundo mais ativo, com vários ajustes em seus pouco mais de 2 meses de vida.
O gráfico abaixo mostra o % que o fundo tinha em cada classe de ativo, desde seu início. Vale lembrar que o “Caixa” não significa que seu dinheiro está parado, desaplicado. Chamamos de Caixa a parcela investida preponderante em títulos públicos pós-fixados (como LFTs e fundo DI simples).
Nota-se claramente uma tendência no tempo de diminuição do “Caixa” e aumento da parcela em renda variável/ações, com um condizente aumento em proteções. Inclusive, a última alteração feita no dia 11 de setembro foi a adição de mais 2 ações em Renda Variável elevando a alocação total em Renda Variável + Ações Tático para 39,5% da carteira.
Mudanças importantes na alocação dos FoFs
“I’m going through changes”
– Ozzy Osbourne
Da mesma maneira que o Carteira Universa, os fundos Vitreo FoF SuperPrevidência, Vitreo FoF SuperPrevidência 2 e Vitreo FoF Melhores Fundos também sofreram importantes modificações nesta semana.
Eles replicam, após devida validação e due-diligence pela equipe de gestão da Vitreo, as recomendações da equipe da Empiricus responsável pela publicação “Melhores Fundos de Investimento”.
Menos crédito privado, mais ações
Baseado na premissa de um cenário construtivo para o Brasil, com juros baixos por um tempo prolongado (e empresas mais saudáveis), foi recomendada uma diminuição na parcela de crédito privado e subsequente aumento na alocação em fundos de renda variável.
No caso dos dois fundos Fof SuperPrevidência:A alocação em crédito privado foi diminuida em 3%, sendo 1% de cada um dos fundos (Capitânia, Brasil Plural e CA Indosuez)
A alocação em renda variável foi aumentada em 3%, sendo 1,25% na Velt e 1,75% na Athena
No caso dos FoF Melhores Fundos:A alocação em crédito privado foi diminuída em 2%, sendo 0,5% de cada um dos fundos (Capitânia, Brasil Plural, JGP e CA Indosuez)
A alocação em renda variável foi aumentada em 2%, sendo 1% na Bogari e 1% na Brasil Capital
A tabela abaixo mostra um comparativo atualizado dos nossos fundos:
O que vem por aí…
“There’s a lady who’s sure”
– Led Zeppelin
O fundo Vitreo FoF Melhores Fundos já atinge R$ 500 milhões de patrimônio em 5 meses de idade. No começo de outubro já poderemos divulgar sua rentabilidade. E que rentabilidade!
Também estamos maquinando uma maneira de oferecer proteções diretamente para nossos clientes, com a mesma qualidade e transparência de nossos outros produtos. Algo de brilhar os olhos! Teremos mais novidades no próximo Diário de Bordo.
Pimco Global – Lado a lado com o gestor: Luís Oliveira
https://youtube.com/watch?v=oh5nBFmac4k%3Futm_source%3Dsendgrid%26utm_medium%3Demail%26utm_campaign%3DDiario_de_Bordo_120919%26enablejsapi%3D1%26origin%3Dhttps%253A%252F%252Fwww.empiricusinvestimentos.com.br
A parte de Renda Fixa internacional do nosso FoF SuperPrevidência está sob os cuidados da Pimco, através do fundo Pimco Income Dolar, por meio de um feeder fund (um fundo que alimenta outro. No caso, a Pimco montou um fundo aqui no Brasil que investe no fundo global deles).
Por meio do FoF, conseguimos acessar uma das principais estratégias da gigante que ajuda milhares de pessoas a investirem melhor e a diversificarem seu risco.
Com 17 escritórios no mundo, em 13 países, a Pimco tem mais de US$1.8 trilhão sob gestão – Maior que o PIB brasileiro e 40% maior que todos os gestores de fundos (indústria de fundos brasileira inteira).
Assista agora!
Um abraço,
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