Diário de Bordo

Quando as ações estão mais ‘dóceis’ do que a renda fixa

Kiki Knudsen

17 out 2023, 15:29 (Atualizado em 17 out 2023, 15:29)

diário de bordo

Olá, pessoal. Aqui é o João Piccioni novamente. Vim complementar nesta semana o que escrevi no DB passado, portanto assumo novamente o timão para comentar um pouco mais sobre as dinâmicas dos mercados neste momento de incertezas e conflito entre Israel e Hamas.

O início da guerra entre Israel e o Hamas trouxe os nervos de volta à flor da pele. Os mercados globais voltaram a carregar consigo o peso dos conflitos armados e a volatilidade voltou à tona. O VIX retornou à casa dos 20 pontos e levou os ativos de risco para baixo.

Definitivamente, este poderia ser o resumo da dinâmica dos mercados. Entretanto, até ontem (16), o índice S&P 500 avançava 2% no mês. A recuperação das bolsas americanas em outubro se deve ao fluxo de recursos direcionado ao dólar e a dificuldade de se encontrar ativos com baixo risco, além dos Treasury Bills de curtíssimo prazo. Na dúvida, os investidores correram para as “Magnificent Seven” (MM7): AAPL, AMZN, GOOGL, META, MSFT, NVDA e TSLA.

A alta das bolsas americanas no ano está bastante ligada ao comportamento da renda fixa. Por lá, os títulos de longo prazo se tornaram indomáveis e deixaram as carteiras dos investidores extremamente ariscas. A similaridade do seu comportamento com a renda variável tem levado muitos a optar pelas ações na hora de alocar seus recursos. Por ora, adquiri-las ainda é visto como fundamental para o retorno de longo prazo dos portfólios.

Gráfico 1 — Desempenho em 2023 do índice S&P 500 contra os ETFs de renda fixa dos títulos de 7-10 anos (IEF) e de 20-30 anos (TLT). Fonte: Koyfin.

Entretanto, parece que esses dias chegarão ao final.

Durante o feriado da semana passada, além de brincar com as crianças, me deparei com a releitura de uma das cartas escritas por Howard Marks no final de 2022. No texto intitulado “Sea Change” (que pode ser traduzido como mudança substancial), Marks ponderava que a hora dos juros (renda fixa e crédito) chegaria para valer. Antevendo o que aconteceria com a matriz de probabilidades de retornos, o renomado gestor pontuava naquele momento que a mudança nas taxas de juros implicaria o renascimento da indústria de ativos de renda fixa capazes de prover remuneração acima da média aos investidores.

De fato, ao longo de 2023, a resiliência da economia americana fez com que as taxas de juros reais de longo prazo voltassem a subir, abrindo uma janela ampla para que Marks acerte novamente na mosca. Pressupondo que o aperto monetário promovido pelo Federal Reserve não colocará a economia de joelhos e que os juros se manterão em níveis elevados, dado o patamar atual de valuation do mercado, os ativos de renda fixa de crédito privado entregarão taxas de retorno mais elevadas que as ações nos próximos anos.

Gráfico 2 — Earnings Yield do índice S&P 500 versus a taxa real de 10 anos. Note a queda brusca do diferencial de remuneração do índice contra a taxa real. Os Bonds estão ficando ainda mais atrativos. Fonte: Empiricus Gestão e Bloomberg.

Entretanto, explorar o risco de crédito na sua plenitude é difícil para investidores pessoa física. Mesmo lá fora. Em primeiro, porque os spreads de remuneração ainda são gordos (deixa-se muito dinheiro na mão dos corretores). Em segundo lugar, normalmente, os tickets iniciais são elevados o suficiente para se montar uma carteira totalmente diversificada. Os ETFs de renda fixa de crédito disponíveis na Bolsa, por sua vez, parecem fornecer algum equilíbrio entre risco e retorno, mas também podem se ver armadilhados, ao passo que bastam apenas alguns ovos podres dentro da cesta para que ela se deteriore por completo. 

A saída para realizar este tipo de investimento é buscar um gestor, capaz de selecionar cuidadosamente os ativos e equilibrar o portfólio ao longo da vida útil dos títulos. O diferencial da capacidade de monitoramento nestes casos é relevante e precisa ser aproveitada na construção da poupança de longo prazo. Se o cenário para os próximos anos caminhar em direção à visão de Marks, a combinação risco e retorno promovida por esta classe de ativos não pode ser desperdiçada. Mantenha seus olhos e ouvidos atentos.

Já está na hora de turbinar a sua restituição de IR de 2023

Estamos na reta final de 2023. Sempre que chegamos a este período do ano, acende o alerta: são os instantes finais para turbinar a sua restituição de Imposto de Renda do ano que vem e reduzir em até 12% a sua base tributável na declaração de IR.

Para isso, tudo o que você precisa fazer é investir em uma previdência PGBL. A Empiricus Investimentos é expert em fazer produtos de previdência bem sofisticados. É o caso do nosso, o FoF Prev Arrojado, fundo com foco em renda variável. Ele tem FoF no nome porque é um fundo de fundos.

O FoF SuperPrev Arrojado reúne os melhores fundos de previdência de ações do Brasil de forma diversificada e acessível. O caráter arrojado está fazendo com que o fundo supere o Ibovespa este ano. Enquanto rende 9,55%, o Ibovespa rende 4,06%. 

Este fundo se inspira na série Os Melhores Fundos de Investimento, da Empiricus Research, comandada pelo Mérola.

Essa é uma chance de você buscar potencializar a sua parcela de investimentos dedicada a aposentadoria ALÉM DE receber uma maior restituição de IR do Governo.

Para investir, você precisa clicar no link e acessar a sua conta Empiricus Investimentos. Em seguida, clique em “Investir > Previdência > Aplicar”. Selecione “Contratação Icatu” e procure pelo fundo “VITREO FOF SUPERPREV ARROJADO ICATU FIM”.

Um abraço,

Kiki Knudsen

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