Diário de Bordo

Cisne Negro

George Wachsmann

4 jul 2019, 10:25 (Atualizado em 4 jul 2019, 10:25)

cisne negro

Talvez você conheça a expressão “Cisne Negro”, do filme estrelado por Natalie Portman. Mas A lógica do Cisne Negro é também o título do livro de Nassim Taleb, um americano-libanês, matemático de formação, que também é analista de riscos.

Antes da descoberta da Austrália, as pessoas do Velho Mundo estavam convencidas de que todos os cisnes existentes na face da terra eram brancos. Ora, mas é claro, elas só viam cisnes brancos. Alimentaram por anos essa crença inquestionável, que sempre era absolutamente confirmada por suas experiências. Bastou que um cisne negro aparecesse para que isso fosse desconstruído. Ou seja, um evento (até então improvável) foi o suficiente para causar um impacto enorme e fragilizar (para não dizer invalidar) a teoria existente até então.

Os livros de Taleb tratam justamente disso: das incertezas e eventos imprevisíveis. Ele chama de “cisnes negros” grandes acontecimentos que são inesperados e que trazem consigo grandes consequências, boas ou ruins. Como exemplos, ele cita os ataques de 11 de setembro de 2001, a Primeira Guerra Mundial e a internet.

Pensando sobre a ótica da construção de patrimônio, precisamos montar um portfólio que tenha as proteções necessárias para qualquer cenário, dado que Cisnes Negros acontecem – e adivinhem, eles não avisam quando chegarão.

Carteira Universa vem aí

Comecei a contar sobre os Cisnes Negros – e sobre o pensamento de Nassim Taleb – para apresentar e explicar a você em primeira mão o novo produto da Vitreo, que já está disponível para investimento.

Baseado na “Carteira Empiricus” (carteira teórica do CEO e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda) o fundo põe em prática uma filosofia de investimento:  buscar retornos assimétricos. Em outras palavras, se ganho muito no cenário positivo e perco pouco no caso negativo, a aposta vale a pena.

Combinamos, neste fundo, vários ativos em um só lugar. Esses ativos estão agrupados em diferentes “caixinhas”: Renda Fixa, Renda Variável (divididas entre posições estratégicas, táticas e opções), Fundos Imobiliários e Proteções (moedas como Ouro e Dólar, além de opções).

O fundo foi batizado com esse nome em homenagem à nova empresa de Nassim Taleb e Mark Spitzniegel, a Universa Investments. Taleb é o grande defensor de perseguirmos as assimetrias convidativas. Essa pode ser uma das definições de sua famosa “antifragilidade”, exatamente o racional que embasa o Carteira Universa.

Como isso é feito na prática?

A Vitreo assina a publicação “Carteira Empiricus”. Importantíssimo dizer que esta é nossa única forma de acesso às informações sobre a carteira teórica. Recebemos as ideias de investimento e suas atualizações simultaneamente a milhares de assinantes. Via de regra, todo o conteúdo é sempre atualizado enquanto os mercados estão fechados.  

Sempre que algo novo é publicado, avaliamos todas as sugestões à luz das condições de mercado (cenário, preços e liquidez dos ativos). Com base em nossa avaliação, decidimos se vamos ou não seguir o que está lá indicado. Esse é o nosso dever como gestora do fundo.

É a partir desse momento que conseguimos tomar nossas decisões de seguir ou não as indicações da publicação. Dessa forma, não há qualquer chance disso configurar uma situação de “front running”, quando um investidor “corre na frente” dos demais e compra (ou vende) um ativo, sabendo que outros investidores farão a mesma coisa na sequência.

Quanto é preciso para investir?

Você pode investir no Carteira Universa a partir de R$ 10 mil. O fundo cobra uma taxa de administração de 1,5% ao ano e taxa de performance de 20% sobre o resultado do fundo que exceder 100% do CDI.

Posso resgatar?

ocê pode resgatar a qualquer momento. O resgate é cotizado em 60 dias corridos e o pagamento ocorre no dia útil seguinte à cotização.

Por que escolhemos dar vida a esse produto?

Eu teria vários motivos, mas hoje fico com esses três:

Primeiro, porque a “Carteira Empiricus” apresentava um desempenho histórico muito interessante, desde seu começo, há 5 anos. Suas ideias eram pertinentes e, aparentemente, quem as seguia, alcançava bons resultados.

Segundo, porque dada a natureza dos ativos, a diversificação da carteira e a dinâmica das indicações, essa era uma carteira de difícil implementação. Muitos clientes nos escreviam sugerindo que isso fosse facilitado – pedindo ajuda para chegarmos a uma solução para isso.

Terceiro, para implementar a carteira, um investidor precisaria de tempo, dedicação e valores altos de investimento. Da forma como a Carteira foi montada, demos vida a um produto bem mais simples, com um valor mínimo bem mais acessível. Isso está totalmente alinhado à nossa missão de democratizar o acesso às melhores oportunidades de investimento para nossos clientes.

Confira todas as informações do novo produto aqui e veja se ele é adequado para o seu perfil de investidor.

Junho: quase tranquilo

Depois dos sufocos de abril e maio, junho foi um mês quase tranquilo. Os ingredientes para fortes emoções estavam todos presentes, mas no final prevaleceu um certo grau de otimismo.

A pauta da reforma da Previdência avançou mesmo e agora estamos bem perto de uma aprovação, buscando a economia perto de R$1 tri, talvez ainda antes das férias parlamentares que começam em 2 semanas.

Também há a expectativa que o Banco Central reduza a taxa de juros (dos 6,5% atuais para 5,5% ou menos) de forma a incentivar a recuperação do crescimento da economia. Outra luz verde para os investidores.

De quebra, ainda ganhamos de brinde a notícia do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, após 20 anos de negociação. Isso deve ajudar o Brasil a se abrir mais para o comércio exterior e pode dar um bom empurrão na economia do país.

Os resultados disso? Ganhos expressivos na renda fixa e renda variável (com o Ibovespa atingindo um novo recorde de pontos), capturados pela maioria dos gestores que temos em carteira.

Sobre Vaza-Jato e Guerra comercial

Nem o vazamento de conversas hackeadas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e os procuradores que cuidam das investigações da Lava-Jato, conseguiram tirar o ânimo dos investidores. E a população legitimou isso ao sair às ruas em defesa do ministro e seus pares.

No cenário externo, Estados Unidos e China aparentemente deram uma trégua na guerra comercial. Os bancos centrais também animaram os investidores sinalizando que cortaram os juros para sustentar o crescimento das suas economias.

Os resultados disso? Ganhos importantes na renda fixa e renda variável (com o S&P 500 por exemplo, atingindo novo recorde de pontos).

Mais detalhes na Carta semestral que sai em breve.

Mal acostumado

Quem tem acompanhado o desempenho do FoF SuperPrevidência e do FoF Melhores Fundos, deve ter percebido que os resultados das carteiras em junho foram “fora de série”.
Quase um “primo” do Cisne Negro lá de cima.

Importante lembrar que esse “alinhamento dos planetas” não acontece sempre. Esses resultados não devem de forma alguma distorcer nossas expectativas, e nem mal acostumar ninguém. Foi um teste importantes para validarmos a noção de que os portfolios são capazes de capturar esse tipo de “rally” (alta forte) nos mercados. De todo jeito, seguimos de olho ao que vem pela frente.

Ingressos esgotados!

No último Diário de Bordo, explicamos por que os fundos fecham, fazendo uma analogia com o “burn out“. Explicamos que no mundo financeiro, os fundos de investimento também têm seus limites e eles precisam ser administrados.

Recebemos um feedback interessante dizendo que talvez o “burn out” não fosse a melhor maneira de ilustrar isso – soa como algo ruim, quando, na verdade, é um ato de responsabilidade da gestão, para preservar os cotistas.

Vamos por outro caminho, então…

Sabe a tal turnê com vários shows da dupla Sandy & Júnior? (Me desculpe, eu tenho filhos e duas enteadas – é impossível passar ileso). Os ingressos para os shows são limitados (e pelo que soube esgotaram muito rápido).  Podemos pensar o capacity dessa forma. O gestor tem um determinado “número de ingressos”. Só vai no show quem “comprou enquanto estavam à venda”, ou, em outras palavras, quem entrou enquanto o fundo estava aberto.

Quando esgotar, esgotou!

Quando o FoF Melhores Fundos se encerrar, não será permitido investir mais – nem a quem já está dentro.

Ingressos esgotados! (Mas você tem passe livre…)

No caso do FoF SuperPrevidência (que está fechado para novos entrantes), a banda toca de um jeito diferente. Por ele ser plano de previdência, temos uma particularidade. Quem já investe e, portanto, tem um certificado ativo, tem uma espécie de ingresso válido (passe livre) para um show que já esgotou. Melhor ainda, não!?

Fique ligado pois estamos com outras opções de previdência no forno. Quem quiser saber em primeira mão, cadastre-se aqui(ou envie para aquele amigo que jurou que ia fazer, mas perdeu o timing).

Um abraço,

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