Carta do Gestor

Ressaca pós-eleições

George Wachsmann

8 dez 2022, 9:50 (Atualizado em 8 dez 2022, 9:50)

Outubro foi um mês positivo para as Bolsas globais, com os principais índices acionários obtendo resultados positivos apesar da volatilidade. Além disso, tanto o Dólar como o Euro se desvalorizaram frente ao Real. As criptomoedas também tiveram um bom desempenho ao longo do mês. 

Com este cenário, nossos fundos, em geral, tiveram um bom desempenho. Os principais destaques foram os dois fundos de cannabis; o fundo de Petróleo, que já soma alta de 35,69% no ano; e nosso fundo de Carbono. No lado negativo, ficou o Tech Ásia e os produtos atrelados a moedas e ao ouro. 

Esta é nossa Carta do Gestor. Nela você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos. Os fundos estão divididos por grupos. No início de cada seção você encontrará uma tabela com os resultados de todos os fundos. 

Por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de 6 meses de histórico. 

Como foram os mercados em novembro  

No cenário local, o mês foi marcado pelo acompanhamento da PEC da Transição e declarações por parte do futuro presidente, Lula, que desagradaram o mercado principalmente por colocar os gastos e a preocupação social acima da preocupação fiscal. 

Já no exterior, novembro começou com o FED, banco central dos Estados Unidos, elevando, pela quarta vez consecutiva, os juros em 0,75% para o intervalo de 3,75% a 4% ao ano. A ata do último encontro dos dirigentes americanos indicou que provavelmente haverá uma redução no ritmo de altas. 

Quem também subiu sua taxa de juros foi o Banco Central da Inglaterra, que acelerou o ritmo e elevou os juros em 0,75% para 3% ao ano. Ainda na Europa, o CPI, índice de inflação, recuou em 0,1% e a marca anualizada ficou em 10,4%. 

Além disso, a China amenizou as medidas tomadas em sua política de Covid Zero após as manifestações realizadas pela população. 

Com isso, o Ibovespa teve queda de 3,06% no mês, enquanto o índice de Small Caps teve desempenho de -11,23%. As Bolsas globais, S&P 500, Nasdaq 100 e MSCI World, todas em suas moedas originais, subiram 5,38%, 5,48% e 6,8%, respectivamente. 

As moedas fortes se valorizaram frente ao Real, com o Dólar e o Euro tendo resultado de 0,7% e 4,91% no mês, respectivamente. O ouro subiu 6,64%. Em criptomoedas, o principal acontecimento foi o problema de liquidez e a quebra sofrida pela FTX, uma das principais Exchanges do mercado. Isso se refletiu na queda de 16,23% do Bitcoin e 17,61% do Ethereum, ambos em Dólar. 

Como foram os nossos fundos   

Você já deve saber, mas não custa lembrar. Só podemos comentar sobre a performance dos fundos que têm mais de 6 meses de histórico. 

Fundos de Fundos Multigestores | Família SuperPrevidência 

O FoF SuperPrevidência e o FoF SuperPrevidência 2 apresentaram quedas mensais de -3,20% e -3,17%, respectivamente, e, no ano, fecham em alta de +1,40% e +1,18%. O mês foi dominado pela queda da Bolsa local, resultado de uma reação do mercado às notícias do novo governo eleito. Esse movimento impactou a parcela alocada em Renda Variável, e afetou principalmente papeis de consumo doméstico, que estavam presentes em muitos fundos Long Only. Os maiores detratores foram os ETF de Small Caps TRIG11 e Moat Icatu Prev II FICFIA, que caíram respectivamente –15,54% e –13,88%. Em contrapartida, a Bolsa americana contribuiu positivamente, e o SPXI11 fechou em alta de +6,50%. Em Renda Dixa, a maior queda veio dos títulos de inflação do Vitreo Inflação Longa FIRF, que se desvalorizaram -1,52% no mês. Com exceção do Capitânia Credprevidência Icatu FICFIRF CrPr, que rendeu +0,42%, os fundos de Crédito superaram o CDI do período, com destaque para o Icatu Vanguarda Absoluto FIFE FIRF Prev CrPr, que rendeu +1,19%. Os fundos Multimercados não conseguiram navegar bem no mês, e apenas o Canvas Vector Icatu Qualificado F2 FICFIM Prev (+4,44%) conseguiu superar o CDI de +1,02% no período.  A dificuldade do mês pode ser observada por meio das diferentes classes de ativos que atuaram como maiores detratores de cada gestora. Enquanto o SPX Lancer Icatu Multiprev FICFIM registrou queda de –3,77%, fruto de perdas nos livros de moedas e juros, o Kinea Atlas Prev FIM sofreu queda de -1,10% pela queda dos livros de ações e commodities

O FoF Prev Conservador teve uma rentabilidade de +0,51% em novembro, ficando abaixo do CDI, de 1,02%, no mesmo período. No ano acumula alta de +10,47%. Os títulos de Inflação curtos foram os grandes detratores de performance, representados Vitreo Inflação Curta, que caiu -0,34%, seguido pelo Itaú Legend Distribuidores FICFIRF LP, que caiu -0,09%. 

O FoF Prev Arrojado caiu -6,82%, enquanto o FoF SP Ações amargou queda de -9,30% no mês de novembro. No ano, acumulam queda de -5,19% e -8,91%, respectivamente. Os papeis de consumo doméstico apresentaram quedas significativas, explicadas por uma combinação de fatores macroeconômicos e questões setoriais, como no caso de empresas de e-commerce, construtoras, educação e saúde. Esse movimento impactou significativamente fundos como Velt Prev Icatu FF FICFIA (-10,70%), Pátria PIPE 100 Prev Qualificado FIE 2 FICFIM (-12,54%) e Moat Icatu Prev II FICFIA (-13,88%). O fundo Alaska 100 Icatu Prev FIFE FIM foi o único que superou o índice Ibovespa, mas ainda em queda de –2,96%, capturando as altas de papeis como Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4). 

 Fundos de Fundos Multigestores | Familia Melhores Fundos 

O FoF Melhores Fundos registrou queda de -2,56%, no mês, e acumula alta de +4,16%, no ano. A parcela alocada em Renda Variável corresponde a uma das maiores classes dentro do portfólio (cerca de 30%), e foi a maior detratora de desempenho do mês. Poucos gestores carregaram posições em papeis como Vale3 (VALE3) e Gerdau (GGBR4), que se beneficiaram dos desdobramentos na China, tanto sobre a política de zero-COVID, quanto do apoio ao setor imobiliário, e fecharam o mês em patamares positivos. Diversos outros setores da Bolsa foram significativamente impactados, e o reflexo pôde ser visto pela queda de -12,49% do Bogari Value D FICFIA, devido a posições que carregava em Hapvida (HAPV3) e Americanas (AMER3); ou no caso da queda de -12,76% do Pátria PIPE Feeder Institucional FICFIA, pelas posições em Localiza (RENT3) e CVC (CVCB3).  Ainda em ativos de risco, os criptoativos sofreram no mês após o colapso da Exchange FTX, que retoma temores sobre uma crise de liquidez no setor, e ocasiona em uma visão negativa sobre os ativos, com quedas superiores a 19% em todos os ETFs alocados, em especial o WEB311, que sofreu queda de -31,69%, no mês. Os fundos multimercados também sofreram de modo geral, seja pela posição em Bolsa local, seja pela posição em Juros. Perdas nestas classes foram observadas nos fundos VTR SR IE FICFIM CrPr (-10,92%), Kinea Atlas II FICFIM (-1,12%) e Ibiuna Hedge STH FICFIM (-0,59%). No caso do time da Ibiuna, a equipe tem reduzido a posição vendida em ouro, metal que tem parcela estrutural na carteira do FoF, e que foi destaque no mês, avançando 7,20% impulsionado pela força do Dólar frente ao Real. 

O FoF MF Ações fechou o mês com queda de -6,89% e acumula queda de -7,71%, no ano. Com uma contribuição positiva do setor de mineração e siderurgia, o Ibovespa amenizou a queda da primeira quinzena do mês, ao contrário de muitos gestores, que estavam posicionados em ações domésticas e acabaram enfrentando quedas superiores a 10%. Nomes como Equitas Selection FICFIA (-14,90%), HIX Capital Institucional FICFIA (-10,67%) e Moat Capital FICFIA (-14,22%) foram os grandes detratores de performance. O time da Moat, por exemplo, carregava posições em BRF SA (BRFS3) e Americanas (AMER3), que sofreram quedas de -25% e -32% respectivamente, no mês. 

O FoF MF Multimercados apresentou um resultado de -0,26%, no mês, acumulando alta de +13,47%, no ano. Posições em Bolsa local e Commodities impactaram negativamente diversos fundos alocados, e foram os maiores detratores do Kinea Atlas II FIM (-1,12%). Essas classes também foram detratoras no fundo Nimitz SPX FICFIM (-5,51%), mas em menor magnitude. As principais quedas do time da SPX vieram das posições em juros e moedas. Do lado positivo, o Canvas Vector FICFIM (+3,76%) contribuiu positivamente a partir dos livros de Renda Variável global e Juros de países desenvolvidos.  

O FoF MF Conservador obteve retorno de +1,10% no mês de outubro e acumula alta de +8,25% desde seu início, em março. Os fundos com grande exposição ao crédito no exterior foram os maiores destaques, principalmente o Quasar Latam Bonds BRL IE FIM CrPr (+4,59%). O Ibiuna Credit FICFIM CrPr (+1,48%) também extraiu retorno das posições internacionais, com destaque para o setor de óleo e gás. O principal detrator do mês foi a posição em IRFM11, que registrou queda de -0,97% no período. 

O FoF MF Retorno Absoluto encerrou o mês de novembro com queda de -2,15%, no mês, e acumula alta de 17,18%, no ano. Apesar de atuarem como destaques no ano, os fundos Vista Multiestratégia D60 FICFIM (-10,53%) e VTR SR IE FICFIM CrPr (SPX Raptor) (-10,92%) tiveram quedas expressivas quando comparados aos demais fundos multimercados da carteira. Ambos tiveram perdas nas posições em Commodities, com maior peso para o time da Vista. No caso da SPX, as maiores quedas vieram dos livros de juros e moedas. Já entre os Long Biased, o Reach Total Return FICFIA amargou queda de -8,90%, com perdas de posições como 3R (RRRP3), Mills (MILS3) e Yduqs (YDUQ3). 

O FoF MF Novas Ideias fechou o mês em queda de -1,90%, e, no ano, acumula alta de +8,63%. Enquanto os Multimercados tiveram retornos próximo de zero, no mês, os fundos Long Biased foram os grandes detratores de desempenho. O movimento do Ibovespa com o anúncio da equipe de transição reverberou nestes portfólios, com grandes impactos para os fundos Alpha Key FICFIA (-11,14%) e Encore Long Bias (-9,09%). O maior destaque positivo foi o fundo Grimper Blanc FICFIM (+1,20%), com ganhos em posições tomadas em Juros locais e em posições Long & Short, comprado em alguns ativos e vendidos em índice. 

O FoF MF Global obteve retorno de +5,50% no mês, mas acumula queda de -20,46% no ano. Dentre os fundos de Renda Fixa, o Pimco GIS Emerging Markets Bonds (+7,46% em Dólar) e Franklin Emerging Markets Debt Opportunities Hard Currency (7,38% em Dólar) foram os grandes destaques positivos. As Commodities metálicas foram positivas no mês, impactando o portfólio pela posição em ouro, que teve alta de 8,46%, em Dólar, no ETF Ishares Gold Trust. Contribuição positiva também do Vitreo AWP FIM IE pela parcela alocada em ativos alternativos, com alta de +10,37% em Dólar. Os criptoativos atuaram como detratores, e a alocação no ETF CRPT11 amargou queda de -13,71%. 

O FoF MF Global Equities encerrou com alta de +6,80%, no mês, mas acumula queda de -33,15%, no ano. O fortalecimento do Dólar contra o Real foi um dos fatores que beneficiou o portfólio como um todo. Em termos geográficos, as alocações em ativos asiáticos foram os grandes destaques, com alta de 25,33% em Dólar, no mês, do fundo Morgan Stanley Asia Opportunity Fund , e do ETF  iShares MSCI Emerging Markets ETF, que conta com mais de 40% alocados em países como China, Hong Kiong, Taiwan e Coreia do Sul, e obteve alta de +14,45%, em Dólar. Outro destaque foi o fundo MAN GLG Pan-European – I USD, com alta de +11,71%, no mês. Do lado negativo, o fundo Morgan Stanley US Advantage Fund registrou queda de -2,02%, em Dólar. 

O FoF Melhores Fundos Blend obteve ganhos na exposição global, mas encerrou o mês em queda de -1,23%. No ano acumula alta de +1,02%. 

O FoF ESG Carbono Neutro encerrou o mês de novembro com queda de -8,18%, interrompendo a recuperação do fundo ao longo do ano, que acumula queda de -8,97%. O humor do mercado com as notícias sobre a transição do governo reverberou nos ativos locais, principalmente naqueles que não possuem ligação com Commodities, que têm grande peso no índice Ibovespa. Isso afetou principalmente o portfólio do FAMA FICFIA, que amargou queda de -14,61%, e fez com que papeis relevantes e que já estão há muito tempo na carteira, como Lojas Renner (LREN3) e Localiza (RENT3), atuassem como grandes detratores, registrando perdas de -25,05% e -14,80%, respectivamente. Em contrapartida, as notícias sobre o novo governo também impulsionaram o Dólar, que chegou a subir mais de 4% em um único dia, e contribuíram para os portfólios Schroder Sustentabilidade Ações Globais IE FICFIA, que avançou +8,16% no período. O time da Schroder está atento à escalada de inflação, problemas na cadeia de suprimento global e preços elevados de energia, e tem mantido um viés na direção de qualidade. Apesar da grande parte da alocação estar situada em outras geografias, o time de gestão recentemente aumentou posição em Raia Drogasil. O fundo será incorporado no fechamento do dia 21/12 pelo fundo FoF MF Ações. 

 Multiestratégias 

O Carteira Universa, após 4 meses de recuperação, teve um desempenho ruim em novembro, com –3,83%, acumulando queda de –8,31% no ano. A carteira do fundo hoje está composta por 49,5% em Renda Fixa, 35,75% em Ações Brasileiras com posições estratégicas, -22,75% pelo book de “Ideias”, que é composto, em sua maior parte, por posições vendidas no S&P 500 e em ações locais, de caráter mais tático, além de 20,5% em Moedas, 6,6% pelo book de “Proventos”, composto por Fundos Imobiliários, 4,9% em Metais, 2,5% em ações no mercado internacional e 3% em um portfólio de Venda Coberta de Opções. O destaque negativo para o mês foi o book de Ações, que caiu –11,43%, e, por compor 35,75% da posição total do fundo, impactou a cota em –4,09%. As ações com maior impacto negativo foram Lojas Quero Quero (LJQQ3), que caiu -24,50% no período, 3R Petroleum (RRRP3), -20,45%, Itaú Unibanco (ITUB4), -14,43%, e Banco BTG Pactual (BPAC11), com –13,03%. As alterações no período se deram pelo vencimento da opção que compunha o Portfólio de Opções (uma put BOVAW102; preço de exercício 102,00 em BOVA11). Houve a abertura de um book de Venda Coberta de Opções, em que Opções de Compra foram vendidas para cobrir as posições à vista compradas em Weg (WEGEL443, call com preço de exercício 44,33) e Metalúrgica Gerdau (GOAUL150, call com preço de exercício 14,53). Além disso foram zeradas as posições compradas em Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), e vendida em Alpargatas (ALPA4). Outro movimento foi a montagem da posição comprada em Chevron (CHVX34). 

O Carteira Universa Prev rendeu –4,21%, em novembro, e, no acumulado do ano, ainda cai –7,82%. A performance levemente inferior ao fundo principal se deu pela ausência, em sua carteira, das posições vendidas em ações locais que compõem o book de Ideias. No fundo Prev, foram feitas as mesmas alterações do Carteira Universa, com exceção da zeragem da posição vendida em Alpargatas (ALPA4), que este fundo não tinha. 

O Renda Extra em novembro caiu –2,71%. No ano o fundo rende +7,19%. Após dois meses de excelentes resultados, o fundo passou por uma correção considerável, impactada principalmente pelo book de Renda Fixa, que sofreu bastante com a rápida alta na curva de juros local. Apesar disso, no book de ações tivemos ganhos relevantes com os papéis de Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4), que subiram +27,68% e +22,60%, respectivamente. 

O Kit Brasil rendeu -1,88%, em novembro, e acumula -0,56% de queda desde sua criação, em 31/03/22. Atualmente a carteira do fundo é composta por 40% comprado em Ibovespa Futuro (INDF), 5% vendido em Dólar futuro (DOLF), 30% em RF atrelada à inflação (NTN-B 2030), 15% em RF Pré-fixado para 2.025 (NTN-F 25) e 10% em RF pós-fixado (LFT), e não teve nenhuma alteração no último mês. 

O Money Rider Hedge Fund subiu +1,57% este mês e, no ano, cai –22,21%. O resultado abaixo do S&P500 (que subiu 5,60%, em dólares) resulta da manutenção de nossas posições defensivas, que naturalmente em um mês de alta trouxeram performance negativa à carteira. Entendemos que ainda não alcançamos um ponto de inflexão no mercado, e isso parece corroborado, mais uma vez, pelos dados desta semana, principalmente quando olhamos o payroll que veio, mais uma vez, acima do esperado pelo mercado. Olhando os ativos individualmente, os melhores resultados foram de United States Steel (X) e o ETF VanEck Gold Miners (GDX), que subiram +31,18% e +22,15%, respectivamente.  

O Universa Rider Blend fechou novembro com um retorno de -3,13%. No ano, o fundo cai –9,84%. 

O AWP se beneficiou das altas globais e do Dólar e se valorizou +12,12%, no mês, mas ainda acumula queda de -27,47%, no ano. 

O Global Real Return Prev fechou novembro em alta de +2,49%, e acumula queda de -2,36%, desde seu início. O grande destaque foi o ETF WLRD11, que obteve alta de +7,9%, beneficiado pela alta do Dólar e da alta das Bolsas americanas, que compõe grande parte do índice. Os títulos de Inflação tiveram pequena recuperação nos últimos dias e fecharam o mês com alta de -1,5%. 

O mês foi de queda para o Essencial Moderado, com rentabilidade de -2,43%, no mês, e acumula perda de -5,92%, no ano. Alocações de menor peso e maior risco sofreram com as condições conjunturais da classe, como no caso do Vitreo Criptomoedas IE FICFIM (-9,55%) e do Vitreo MAB FIA (-4,71%). As alocações de maior peso também fecharam em patamares negativos, em um mês muito difícil para a indústria, como um todo, como no caso do FoF Melhores Fundos Retorno Absoluto, que registrou -2,15% no mês. Do lado positivo, o Empiricus Money Rider Ações Dinâmico FIA BDR Nível I (+4,14%) foi a maior contribuição do mês.  

O Essencial Arrojado sofreu menos com as condições de mercado, e apresentou queda de -1,56%, no mês, e queda de -7,25%, no ano. A diferença de desempenho com a versão moderada é explicada pela parcela alocada em Commodities, que se beneficiaram com as condições macroeconômicas e um Dólar mais forte, no mês. Posições como Vitreo Ouro (+6,97%) e Vitreo Prata (+13,11%) foram grandes destaques positivos. Do lado negativo, além das quedas de cripto e das ações locais, o fundo Vitreo Special Situations também teve queda de -14,41%. 

                                                                                                                           * * * 

Renda Variável | Local 

O Oportunidades de Uma Vida encerrou o mês de novembro com queda de –9,09%. No ano, o fundo está negativo em –6,63%. Dentre os destaques temos Lojas Quero Quero (LJQQ3), que caiu -24,50% no período, 3R Petroleum (RRRP3), -20,45%, e Iguatemi (IGTI11), com –13,69%. Do lado positivo, Vale (VALE3), que subiu +27,68% no mês, e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), com +26,52%. As alterações realizadas neste fundo foram as zeragens das posições compradas em Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR4), com consequente aumento das posições em Itaú Unibanco (ITUB4) e 3R Petroleum (RRRP3), mantendo o percentual das exposições do fundo aos setores financeiro e de Commodities, respectivamente. 

O Oportunidades de Uma Vida Prev rendeu –9,44% em novembro e, no acumulado dos 8 meses, desde que foi criado, cai –14,60%. A performance levemente diferente do fundo principal se deu pela ausência, em sua carteira, das posições vendidas, além da ausência das posições em ações de empresas controladas e coligadas do grupo BTG, que são Eneva (ENEV3) e Banco Pan (BPAN4), além das próprias ações do Banco BTG Pactual (BPAC11). No fundo Prev, foram feitas as mesmas alterações do Oportunidades de Uma Vida. 

O Microcap Alert teve um mês negativo, em novembro, com queda de –14,62%. No acumulado do ano, o fundo está com –22,05%. Num cenário de incerteza no âmbito fiscal do novo governo e consequente impacto negativo no mercado de juros, as empresas deste segmento sofrem mais do que a média do mercado. Das 10 ações que compõem a carteira, somente Irani Papel e Embalagem (RANI3) teve performance positiva no período, subindo +1,87%. Do lado negativo, os destaques foram Multilaser (MLAS3), que caiu –28,98% e Lojas Quero Quero, com –24,50%. Neste período não houve alterações na composição da carteira. 

O Special Situations fechou o mês de novembro com retorno negativo de –14,41%. No acumulado do ano o fundo está negativo em –13,53%. Este fundo está em processo de incorporação pelo Microcap Alert, que segue o relatório de mesmo nome. Sendo assim, sua carteira foi adequada a este relatório. 

O MAB fechou o mês de novembro com performance negativo de –4,71%. No ano, o fundo acumula rentabilidade negativa de –7,57%. Os destaques ficaram por conta de Hapvida (HAPV3), que caiu –33,33% no período, Grupo SBF (SBFG3), -22,97%, e Iguatemi (IGTI11), com –13,69%. Por outro lado, as ações de Vale (VALE3), com +27,68%, e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), com +26,52%, tiveram impacto positivo relevante na cota do fundo. As alterações na composição da carteira se deram pela zeragem das posições de Weg (WEGE3) e Banco Santander (SANB11) e montagem da posição em Itaú Unibanco (ITUB4). 

 O Dividendos teve uma performance negativa no mês de novembro, com –3,25%, mas ainda tem uma alta robusta no ano, com +13,61%, bem à frente do Índice Bovespa, que acumula +7,31% no mesmo período. As maiores contribuições negativas vieram das ações de Cyrela (CYRE3), que caiu –22,80%, Itaú Unibanco (ITUB4), com –14,47%, e Iguatemi (IGTI11), com –13,69%. Já do lado positivo, os destaques ficaram por conta de Gerdau (GGBR4), com +31,93% e Vale (VALE3), com +27,68%. Nenhuma alteração foi feita na carteira, este mês. 

O Long Biased teve uma performance negativa em novembro, com –11,49%, acumulando uma rentabilidade no ano de –7,81%. Os destaques negativos foram Lojas Marisa (AMAR3), que caiu –28,50%, Ecorodovias (ECOR3), –19,85%, e Hypera (HYPE3), com –12,54%. Na ponta positiva, Vale (VALE3) teve o maior impacto, com +27,68% de alta. As alterações na carteira foram a compra de Tegma (TGMA3) e a zeragem da posição vendida no ETF de Ibovespa (BOVA11). Houve também uma movimentação de caráter tático, que foi a venda de Petrobras (PETR4), que já foi zerada alguns dias depois. 

O Deep Value fechou o mês de novembro com rentabilidade, de +2,40%. Com isso o acumulado no ano passou a ser de +8,98%, ganhando em performance do Índice Bovespa, que acumula +7,31% no mesmo período. O fundo tem como objetivo de investimento as empresas de valor que negociam com múltiplos descontados, buscando forte retorno da economia tradicional. Os grandes destaques positivos ficaram com ações de Gerdau (GGBR4), com +31,93% e Vale (VALE3), com +27,68%. Já do lado negativo, ficaram as ações de Bradesco (BBDC4), com –21,48%. Nenhuma alteração foi feita na carteira, este mês. 

O Vitreo Ibovespa Index fechou o mês de novembro com uma rentabilidade negativa de –2,98% e, no ano, acumula alta de +7,95%. Em um mês que o Índice Bovespa não acompanhou os mercados mundiais (Ibovespa –3,06%, S&P500 +7,05%, Euro Stoxx +13,14%, FTSE 100 +6,74%, todos convertidos para o Real brasileiro), 80% das ações que compõem o índice tiveram performance negativa. Os destaques ficaram por conta do setor financeiro, tendo em Banco Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e B3 (B3SA3) as maiores contribuições. Do outro lado, o destaque positivo ficou para o setor de Commodities, com Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) na dianteira do índice. 

Renda Variável | Exterior 

O MRHF Ações Dinâmico subiu +4,14%, em novembro, e, no ano cai –22,41%. A alta acentuada em relação ao Money Rider Hedge Fund é resultado de sua alocação maior em Renda Variável, classe de ativo que se recuperou bastante no mês. Os ativos que mais impactaram o fundo, no mês, foram United States Steel (X) e o ETF TSLS Direxion Daily TSLA Bear 1X Shares (TSLS), que subiram +29,01% e +14,76%, respectivamente.  

O WB90 subiu +5,38%, em novembro, acumulando queda de –10,99%, no ano. O desempenho ficou abaixo do índice S&P 500, que subiu +7,20% em Reais, e com revés ante a própria ação da Berkshire Hathaway (BRK/B), que subiu +9,68% em Reais. Seguimos à frente do índice S&P 500, que, no ano, acumula queda de –18,48%, mas perdendo para a ação da Berkshire Hathaway (BRK/B), que sobe +0,42% no ano, todos em Reais. Neste mês fizemos alteração no portfólio, zeramos Snowflake (S2NW34) e compramos Taiwan Semiconductor (TSMC34). O motivo principal da compra de TSMC34 foi por uma aquisição realizada pela Berkshire Hathaway e anunciada no dia 15/11, com participação de mais de $4 bilhões. Os principais detratores foram empresas tech Amazon (AMZN US), Apple (AAPL US) e, a posição de Occidental Petroleum, caindo respectivamente –9,44%, -4,26% e –2,76%, em Reais. As ações que contribuíram positivamente ao portfólio foram as ações japonesas, mais por conta do câmbio do que de fato pelos resultados das empresas. A variação das ações Itochu Corp (8001 JP), Mitsubishi Corp (8058 JP) e Mitsui & Co (8031 JP), foram respectivamente +20,66%, +23,76% e +31,03%, em Reais. Importante destacar a variação do JPY (Iene japonês) no mês foi de +21,71% ante o Real. 

O Franklin W-ESG também aproveitou a recuperação no mercado internacional durante novembro, subindo +7,38%, no mês. No ano, o fundo ainda cai –22,49%. A alta está em linha com o S&P500, que subiu +7,20% em Reais, no mês. Dentro da carteira do fundo as principais altas foram de META (M1TA34) e Mitsubishi (M1UF34), que subiram +26,24% e +23,42%, respectivamente.   

O Emerging Markets fechou o mês com alta de +15,84%. No ano, o fundo acumula queda de –13,89%. O fundo foi o nosso grande destaque de rentabilidade em novembro, sendo que o resultado excepcional veio principalmente de sua alocação em ativos asiáticos, que se valorizaram fortemente com as notícias de reabertura da economia chinesa (comentarei mais sobre o tema na introdução da seção de Commodities). Dentre esses ativos os que mais impactaram a carteira foram Bilibili (B1IL34) e Pinduoduo (P1DD34), que subiram +83,25% e +51,37%, respectivamente.  

O Exponencial fechou novembro em queda de –3,48%. No ano, o fundo cai –41,67%. O resultado no mês foi em linha com o Ibovespa, que caiu –3,06%, e reflete as incertezas do cenário local. O Exponencial Light rendeu +0,14%, no mês e, no ano, sobe 0,01%. 

Temáticos | Tech 

Novembro foi um mês bastante positivo, no exterior. O mês que terminou com Jerome Powell (Presidente do Federal Reserve) anunciando que o ritmo de aumento na taxa de juros americana será reduzido, trouxe bastante otimismo para o mercado internacional. Além disso, as notícias de reabertura da economia chinesa (comentarei mais sobre o assunto na parte de Commodities) ajudaram no bom humor no exterior. No mês índice Nasdaq 100 subiu +5,6% em Dólar, enquanto o setor de tecnologia americano, como um todo, subiu +6,0%. 

O Tech Select subiu, no mês,  +2,87%. No ano, o fundo acumula queda de –40,12%. Olhando para a carteira, os principais impactos vieram das ações de Meta (M1TA34) e Nvidia (NVDC34), que subiram +26,24% e +25,03%, respectivamente. Vale mencionar que os fundos Biotech, Energia Limpa e Tech Games foram incorporados ao Tech Select no início do mês, reforçando nossa convicção na estratégia do fundo no longo prazo. 

O Tech Brasil, devolveu parte dos ganhos obtidos a partir do segundo semestre e caiu –12,25%, em novembro. No ano, o fundo acumula –37,30%, como consequência de um primeiro semestre ruim para as Bolsas e, sobretudo, para o setor. As posições que mais oneraram o fundo foram Multilaser (MLAS3), que caiu -28,98%, Intelbras (INTB3), -11,91%, e o ETF BTG Tech Brasil (TECB11), com –10,08%, que são as 3 maiores posições do fundo, com 12% do PL para cada ativo. 

O Tech Asia caiu +28,07% em novembro. No ano, o fundo cai –37,87%. A forte alta no mercado chinês e seus arredores veio principalmente após a notícia da reabertura da economia chinesa (Comento mais sobre o assunto no texto introdutório de Commodities, abaixo). Com o resultado espetacular, o fundo foi a melhor carteira da Empiricus Gestão, no mês, reforçando nossa visão positiva sobre a China, que, apesar de apresentar bastante volatilidade, oferece um grande potencial de ganhos e diversificação, principalmente em relação ao mercado ocidental, naturalmente mais explorado. As principais altas nas carteiras foram de Alibaba (BABA34) e Taiwan Semiconductors (TSMC34), que subiram +37,36% e +35,66%, respectivamente.  

O Blockchain Ações subiu +1,75% em novembro. No ano, o fundo cai –44,48%. Vale mencionar que este mês o principal impacto no portfólio veio das empresas como Nvidia (NVDC34) e Block Inc, antiga Square Inc (S2QU34), que valorizaram +24,60% e +18,79%, respectivamente. Os destaques negativos no mês foram MicroStrategy (M2ST34) e Tesla (TSLA34), que caíram -22,89% e –15,10%, respectivamente.  

O MoneyBets subiu +4,40% em novembro. No ano, o fundo cai –40,53%. A alta está em linha com o cenário internacional de alta, mas o resultado inferior ao Nasdaq ainda mostra uma recuperação mais lenta de teses mais “exóticas”, como as que investimos pelo fundo. As empresas que mais impactaram a carteira, no mês, foram Taiwan Semiconductors (TSM), que subiu +36,96%, e Advanced Micro Devices (AMD), que subiu +31,31%.  

O Metaverso subiu +14,85% em novembro. No ano, o fundo cai –53,80%. O resultado engloba a recuperação das principais teses de empresa de crescimento e tecnologia. Dentro do nosso portfólio, as ações que mais subiram foram Take-Two (U2ST34) e Keywords Studios  (KWS), com alta de +32,15% e +29,50%, respectivamente.  

O mês foi alívio para as Bolsas globais e o FoF Tech se beneficiou do movimento, registrando alta de +2,33%, no mês, com uma queda de -37,68%, no ano. A maior contribuição positiva veio do fundo Vitreo Tech Ásia (28,07%), enquanto o Vitreo Tech Brasil FIA fechou em queda de -12,25%. 

Temáticos | Cannabis 

O Canabidiol subiu +6,13%, em novembro. No ano, o fundo cai –54,26%. A alta reflete a permanência do otimismo em relação a possibilidade de legalização a nível federal, permitindo que a carteira surfasse a melhora no humor do mercado, como um todo, no período. As ações que mais subiram na carteira durante o mês foram as de Curaleaf (CURFL) e Valens Company (VLNS), que subiram +24,54% e +17,07%, respectivamente.  

O Cannabis Ativo (versão para público geral) fechou o mês de novembro com alta de +4,95%. No ano, o fundo cai -54,26%.  

Temáticos | Cripto 

O mês de novembro foi marcado pelo colapso de uma das maiores Exchanges centralizadas do mercado de cripto, a FTX, que, basicamente, fraudou deus dados financeiros e declarou falência, gerando uma crise de liquidez em diversas plataformas, como Geneis Global Trading e Blockfi, que consequentemente também interromperam seus resgates. Foi um dos eventos mais marcantes na história do mercado de cripto, se não o mais marcante. Olhando para o curto prazo, acreditamos que pode haver mais quedas pela frente, uma vez que as questões macroeconômicas ainda pressionam o mercado para ativos de risco, como um todo, e jogam contra o mercado de criptoativos, principalmente. Resta a questão de quanto o mercado já precificou o que vem pela frente e quanto os ativos de risco já estão descontados.  

Possivelmente, fomos os únicos players da indústria brasileira de criptoativos  sem qualquer exposição à FTX, seja por meio do investimento direto na Exchange, por investimento em seu token (FTT) ou até mesmo por realizar custódia na plataforma. Claro que nossos fundos tiveram impacto indireto, por conta da desvalorização dos criptoativos, como um todo, uma vez que esse colapso impactou o preço de todos os criptoativos. Porém não custa lembrar que realizamos um processo de Due Dilligence longo e intenso para escolhermos os ativos, as plataformas de negociação e nossos custodiantes.  

O Criptomoedas, nossa carteira principal, encerrou novembro com –9,55%, e acumula queda de –64,38%, no ano. Por sua vez, o Coin Cripto (versão para público geral) fechou com rentabilidade de –11,87% e um acumulado de –62,13% no ano. O Bitcoin (BTC) chegou a desvalorizar aproximadamente –16,5%, no mês, e percorreu mínima do ano na casa dos US$ 15.660, e ainda apresenta uma rentabilidade acumulada no ano de –63%. A última vez em que o Bitcoin percorreu esse preço, foi em meados de 2020. Por sua vez, o Ether (ETH) desvalorizou aproximadamente -19,42% e percorreu a casa dos US$ 1.100, e conta com um acumulado de –67% de rentabilidade, no ano. Devido a todo o colapso da FTX, que impactou o mercado cripto inteiro, em novembro não tivemos destaque positivo. Por sua vez, os destaques negativos do mês foram Avalanche (AVAX) e Cosmos (ATOM), com rentabilidades de –30,2% e –25,3%, respectivamente. 

O Cripto Metals Blend encerrou o mês com valorização de +4,10% e acumula queda de –23,22%, no ano. A parcela em criptoativos se desvalorizou –8,09%. Todavia, o mês de novembro foi um mês positivo para o setor de Commodities, que compensou a queda na parcela de Criptoativos. A parcela em Urânio valorizou 8,81%, a parcela em Prata valorizou +12,23%, a em Ouro valorizou 6,88% e a em Cobre valorizou 18,85%.  

O Cripto DeFi fechou novembro com performance de -17,88% e um acumulado de –74,02%, no ano. O Coin DeFi (versão para público geral), desvalorizou –21,36%, no mês, e ainda cai –70,99%, no ano. O destaque negativo do mês foram Serum (SRM) e Synthetix (SNX), com rentabilidades de –69,65% e –30,76%, respectivamente. Por sua vez, em meio a todo o caos no mercado, o destaque positivo do mês vai para DyDx (DYDX), com rentabilidade +5,80%, uma vez que o número de usuários, volume de negociações dentro de sua plataforma e a receita do protocolo vêm crescendo cada vez mais. Com todo o ocorrido envolvendo a fraude na FTX, que é uma corretora centralizada, a tese de protocolos descentralizados vem ganhando cada vez mais força no mercado de cripto. Vale lembrar que, com a saída de liquidez do mercado, principalmente com as liquidações de institucionais, esse setor sofreu bastante, todavia os protocolos continuam robustos e isso corrobora nossa tese de que os protocolos que sobreviverem sairão mais fortes desse bear market que estamos vivendo. 

O Cripto NFT desvalorizou –24,97%, no mês e acumula queda de –83,95%, no ano. O Coin NFT (versão para o público geral) encerrou o mês com –24,34% e ainda acumula queda de –80,94%, no ano. Os destaques negativos foram os ativos The Sandbox (SAND), com rentabilidade de –32,5%, e Decentraland (MANA), com rentabilidade de –37%. Vale lembrar que o mercado de NFTs ainda está em desenvolvimento e é muito embrionário; e o volume da negociação de NFTs ainda está aquém do final do ano passado, quando vimos uma adoção muito grande.   

O Cripto Smart encerrou o mês com baixa de –19,49% e acumula queda de –70,04%, no ano. Por sua vez, o Coin Smart (versão para o público geral) encerrou novembro com rentabilidade de -19,97% e ainda cai –69,52%, no ano. Podemos destacar Polygon (MATIC) com rentabilidade de +5,4%, uma vez que o protocolo anunciou novas parcerias com empresas para trazer novidades dentro de sua blockchain. Além do Ether (ETH) como já citado anteriormente, o destaque negativo foi Cosmos (ATOM), com rentabilidade de –25,3%.  

O nosso fundo de criptomoedas destinado à Previdência, o Cripto Prev 20, obteve rentabilidade mensal de –2,85% e um acumulado de –11% desde seu início. Novembro foi um mês ruim para o mercado cripto, e também não foi positivo para o mercado brasileiro, especialmente para a Renda Fixa, que contribuiu com a parcela de criptoativos do fundo para diminuir a sua rentabilidade.  

O Empiricus Teva Criptomoedas Top 20 rastreia o índice Teva Criptomoedas Top 20, administrado e elaborado pela Teva índices. Estar entre os 20 maiores protocolos com capitalização de mercado, não ser uma stablecoin, não ser um fork e não ser uma shitcoin determinam os critérios para um ativo entrar no índice, lembrando que o seu rebalanceamento é feito mensalmente. Ele é negociado na B3 através do ticker “CRPT11” e possui a menor taxa de administração do mercado (0,75%). O fundo teve queda de–12,34%, no mês, e acumula queda de –37,02%, nos últimos 6 meses.  

Outro ponto importante a ser mencionado é a respeito das incorporações dos nossos fundos. As incorporações dos fundos “Coins”, que são os destinados aos investidores gerais, foram aprovados pela assembleia. O Coin DEFI, Coin Smart e Coin NFT serão incorporados no dia 8 de dezembro de 2022 no Coin Cripto. Os fundos “Criptos”, que são os fundos destinados aos investidores qualificados, ainda não possuem data para incorporação. 

Temáticos | Commodities 

Em se tratando de Commodities, novembro foi um mês extremamente positivo. O setor, que vinha sofrendo lentamente nos últimos meses, subiu fortemente com as notícias de que a China está finalmente planejando relaxar sua política de Covid Zero, com meta de terminar a campanha até março do próximo ano. A notícia da possível reabertura da economia chinesa trouxe ânimo para o mercado internacional, como um todo, mas as principais beneficiadas foram as Commodities fortemente ligadas ao país, como o ferro, que subiu 30,75% em Dólares, e o carvão, que subiu 11,67%. Além das duas matérias primas, todo os principais metais e combustíveis fosseis subiram bastante no mês. 

O Vitreo Ouro fechou novembro com uma alta de +6,97%. No ano, o fundo cai –12,01%. Com a desvalorização do Dólar frente as outras moedas fortes, o Ouro voltou a se valorizar e teve um ótimo mês. 

O Vitreo Prata teve um ótimo mês e fechou com alta de +13,11%. No ano, o fundo acumula uma queda de -14,70%. A possibilidade de diminuições das restrições de Covid na China agitou o mercado de Commodities, em novembro, e a Prata se aproveitou muito disso, uma vez que a Commodity é vista mais como um material industrial do que como um metal precioso. 

O Vitreo Cobre encerrou novembro com uma alta de +21,34%. No ano, o fundo acumula uma queda de -13,72%. Os motivos da alta são os mesmos citados no parágrafo acima. 

O Vitreo Urânio rendeu +7,16%, em novembro. No ano, o fundo apresenta uma queda –13,32%. Assim como as outras Commodities, o urânio voltou a ter um ótimo mês, se solidificando cada vez mais como uma Commodity essencial para encontrarmos fontes de energia limpa. 

O Vitreo Petróleo apresentou queda de -1,60% e acumula alta de +33,52%, no mês. O mês foi marcado pela dúvida de demanda no mundo, combinado pela expectativa dos próximos movimentos geopolíticos. Do lado da demanda, a política de combate ao COVID na China permanece como uma incerteza, à medida que os movimentos de afrouxamento resultam em um aumento de número de casos. Isso provocou uma onda de protestos que tem tomado as ruas do país, e que, consequentemente, traz volatilidade ao mercado de petróleo sobre os possíveis desdobramentos políticos. Além disso, há o embargo sobre o petróleo russo, impondo um limite de preço ao petróleo dessa procedência estabelecido pelo G7, e a próxima reunião da OPEP, que terá como pauta a decisão sobre novos cortes de produção de petróleo, o que afeta diretamente a oferta do produto. No mês, a 3R Petroleum atuou como grande detratora de performance do fundo, apresentando queda superior a -20%, no mês. 

O Vitreo Carbono terminou novembro com uma rentabilidade de +11,39%. No ano, o fundo cai –6,97%. Com a realização do COP-27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022), em novembro, o crédito de carbono voltou a ser uma pauta essencial para o futuro, mostrando cada vez mais o potencial desse ativo. 

O Vitreo Água fechou novembro com uma alta de +6,05%. No ano, o fundo cai –19,26%. O desempenho do fundo foi em linha com a Bolsa americana, que viu um mês bom depois de um ano muito ruim, até o momento. Os destaques foram Aalberts Industries NV (AALB), que subiu +13,85%, e Evoqua Water Technologies (AQUA), que, por sua vez, subiu +12,29%. 

O Vitreo Agro terminou novembro com uma queda de -0,10%. No ano, o fundo acumula uma alta de +0,96%. Os trades de Commodities realizados no fundo foram muito bem e ajudaram o fundo a não ter um mês tão ruim quanto se esperava por conta do péssimo desempenho da Bolsa brasileira em novembro, o que mostra que estamos no caminho certo. Os destaques foram Jalles Machado (JALL3), que subiu +14,80%, e São Martinho (SMTO3), que subiu +6,27%. 

O FoF Commodities teve alta de +1,91%, no mês, e +6,04%, no ano. As Commodities metálicas neste mês foram os grandes destaques, e o Vitreo Cobre FIM, que sofreu no primeiro semestre do ano, obteve alta de +21,34%. Em seguida vem o fundo Vitreo Prata FIM, que teve alta de +13,11%. Do lado negativo, o maior detrator foi o fundo Vitreo Petróleo, que obteve queda de -1,60% no mês. 

 Renda Fixa e Cambiais 

Para a Renda Fixa e o Câmbio locais, o mês de novembro foi negativo. O mês, que começou com otimismo com o fim das eleições, rapidamente foi piorando com a demora do Presidente Lula em definir seus ministros. Além da demora na nomeação, Lula também apresentou um plano de Governo bastante irresponsável do ponto de fiscal, característica que foi ressaltada em diversas falas suas ao longo do mês. Com a guinada populista do seu discurso, o mercado mostrou sinais de forte descontentamento e tanto a curva de juros como o câmbio rapidamente estressaram. 

O Vitreo Selic Simples, que se consolidou como um dos melhores fundos de sua categoria ao longo de 2022, subiu +1,02% em novembro. No ano, o fundo rende +11,35%, equivalente a 102,02% do CDI. 

O Vitreo Dólar rendeu em +1,49%, em novembro. No ano o fundo rende –5,25%. 

O Vitreo Moedas Life terminou novembro com uma alta de +7,16%, acumulando no ano queda de –11,84%. O fundo se beneficiou da desvalorização do Real frente as moedas fortes. A Libra subiu +5,42%, o Iene +8,38%, o Franco +6,25% e o Euro +5,61%. 

O Vitreo Inflação Longa fechou novembro com uma queda de -1,52%. No ano, o fundo sobe +3,27%. 

O Empiricus Inflação Curta teve uma rentabilidade de –0,34% e, nos últimos 6 meses, acumula +2,23%. 

O Vitreo RF Ativo encerrou novembro com uma queda de -0,54%. No ano, o fundo acumula alta de +10,03%, que equivale a 90,17% do CDI. O principal detrator do fundo foi a abertura da curva de juros, que reflete s preocupação do mercado em relação à economia brasileira, nos próximos anos. 

O Vitreo Bonds USD terminou novembro com uma valorização de +4,14%. No ano, o fundo acumula queda de –7,80%. A valorização do Dólar somada a um otimismo crescente de uma não recessão fez com que o fundo voltasse a performar bem. O Bonds USD Light, fechou o mês com uma alta de +1,97% e, no ano, o acumulado é de –4,86%. 

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