Diário de Bordo

2021 será um ano muito especial – e as estrelas não me deixam mentir

George Wachsmann

24 out 2020, 10:00 (Atualizado em 24 out 2020, 10:00)

Se você, assim como eu, sempre gostou de olhar para o céu e para as estrelas, tenho certeza de que vai aproveitar muito a história que vim contar no Diário de Bordo de hoje, e que terá uma reflexão muito especial ao final.

Mas, para que você possa me acompanhar, primeiro faremos algumas viagens ao passado, ao meu passado.

Máquina do Tempo e Telescópio imaginário a postos? Vamos juntos nessa aventura.

1986 é o ano em que estamos agora. Um ano especial para mim, que ainda sou menino.

Nele, milhares de mapas, artigos e revistas estão colados na parede de cortiça do meu quarto para eu estudar sobre o cometa Halley, que poderia ser visto da Terra a olho nu no dia 09 de fevereiro daquele ano.

Também tenho um Telescópio que ganhei justamente para acompanhar o Halley com mais riqueza de detalhes.

Como a passagem desse cometa é algo raro, eu me apronto há meses para não perder a oportunidade de observá-lo passar próximo à Terra, o que só se repetiria daquela maneira em 28 de julho de 2061 – 75 anos depois!

1986 é um ano muito especial para mim por esse motivo, um ano que guardarei em meu coração com muito carinho e que, como você pode perceber, lembrarei por muitos anos ainda (mesmo tendo ficado um pouco frustrado com o que consegui ver naquela madrugada, em um canteiro da estrada para Atibaia).

Primeira viagem concluída, vamos agora para a nossa segunda aventura, no mês de julho de 2020.

Nela, estou caminhando, de novo de madrugada, pelas ruas de um condomínio na cidade de Itu, interior de São Paulo, junto com a minha enteada, Manoela.

Nós estamos buscando um lugar que nos permita ver, a olho nu, mais um evento astronômico incomum: o alinhamento de 5 planetas, que são Júpiter, Saturno, Marte, Vênus e Mercúrio.

Um verdadeiro “show” de astros, também inesquecível (mesmo que a sensação era que estávamos vendo apenas umas estrelas mais brilhantes).

A última viagem que faremos agora nos levará a um passado bem mais recente: o dia 21 de dezembro de 2020, esta segunda-feira última.

Neste dia, o fenômeno conhecido como “Estrela de Belém” nos dá o ar de sua graça.

Esse evento ocorre a cada 20 anos devido à aproximação entre os planetas Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do sistema solar. Mas este ano o que acontece é muito mais especial.

A conjunção desses dois planetas em 2020 é tão perceptível a olho nu na Terra que os cálculos astronômicos mostram que um alinhamento assim havia acontecido pela última vez no ano de 1.623, ou seja, há 397 anos!

Infelizmente não consegui visualizar o fenômeno pois o céu estava muito nublado na hora, mas pelas fotos disponibilizadas por quem conseguiu capturar o momento, dá para perceber que este foi um presente de final de ano como poucos.

Agora que fizemos juntos essas três viagens ao passado, voltemos ao presente.

Eu gosto muito de olhar para o céu e para as estrelas, como você pode perceber. E foi por esse motivo que pesquisei mais notícias interessantes sobre o último grande evento astronômico que tivemos, que foi a Estrela de Belém, também conhecida como “Estrela do Natal”.

O fenômeno se chama assim pois a conjunção dos dois planetas faz parecer se tratar de um único – e gigantesco – corpo celeste. Além disso, como seu surgimento sempre ocorre nesta época de final de ano, existe a vinculação do fenômeno à época natalina e à cidade de Belém, onde, segundo o Novo Testamento, Jesus nasceu sob a luz da Estrela de Belém.

Também tem-se falado que a conjunção desses dois planetas anuncia a aproximação da Era de Aquário, igualmente chamada de Nova Era, época propícia para renovação de ciclos, com novas percepções sobre a vida.

Sem entrar no mérito religioso ou astrológico, a oportunidade de estar presente para um evento astronômico tão raro é algo muito especial.

E é justamente a percepção sobre a raridade de momentos como esse o que nos faz refletir ainda mais sobre a nossa vida e sobre o futuro que escolhemos dar para ela.

Nossa vida é o momento mais raro que contemplamos, ela é o fenômeno mais especial que presenciamos durante todo o tempo em que estamos nessa jornada. E seria uma grande pena não apreciar o melhor presente que poderíamos receber: nossa própria existência.

Se você olhar para o céu e então olhar para você, vai perceber como esse fenômeno é real e grandioso, digno da observação mais importante de todas.

A aproximação de todos esses corpos celestes foi o grande motivo para que eu fizesse esse Diário de Bordo de hoje, para lhe mostrar o quanto o próximo ano será raro.

Este ano não foi fácil, mas olhar para o céu e para os fenômenos que continuam acontecendo, indiferentes às nossas dificuldades, me faz ter certeza de que a vida continua. As estrelas de Belém continuam aparecendo, a natureza continua insondável, ainda temos muito a aprender. E só nos resta continuar, assim como os planetas e as estrelas.

É por isso que eu digo e repito aqui: 2021 será um ano muito especial – e as estrelas não me deixam mentir.

Voltamos com o Diário de Bordo dia 07 de janeiro de 2021.

Agradeço mais uma vez a sua confiança no nosso trabalho. E desejo Boas Festas, uma ótima virada de ano para você e sua família!

Um abraço,

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